António Costa agradece trabalho da task-force da vacinação que termina funções

por Mariana Ribeiro Soares - RTP
Rodrigo Antunes - Lusa

No dia em que o gabinete coordenador da vacinação anuncia o fim da missão, António Costa elogiou a capacidade de comando e de planeamento e deixou uma palavra de agradecimento a toda a equipa, especialmente ao coordenador Gouveia e Melo.

“O contributo das Forças Armadas foi essencial. E é justo aqui referir que o vice-almirante e toda a sua equipa, com elementos dos três ramos, reforçou a ideia fundamental de que o país reconheça o quanto é fundamental o investimento nas Forças Armadas”, declarou António Costa.

O líder do executivo despediu-se, de seguida, do vice-almirante Gouveia e Melo, desejando-lhe as maiores felicidades na vida pessoal e profissional. “Que agora tenha águas mais calmas e de feição, do que aquelas que teve de enfrentar nesta espinhosa missão que foi indiscutivelmente de sucesso”, disse Costa. “Isto reforça a auto-estima do país, o orgulho do país nas suas Forças Armadas. É sempre bom saber que neste processo fomos os melhores do mundo”, acrescentou.

António Costa afirmou, de seguida, que este "foi um enorme esforço nacional e todos tiveram um contributo decisivo para que isto fosse possível”. O líder do executivo deixou ainda uma palavra de agradecimento às autarquias locais e aos profissionais de saúde, em particular os enfermeiros. “Eles foram essenciais. Porque na ponta da agulha está o enfermeiro ou enfermeira”.

O primeiro-ministro lembra que os “os últimos metros da escalada são sempre os mais difíceis” e considera que a “fase mais decisiva” vai ser romper a distância entre os 84 por cento e os 85 por cento de vacinados. Neste momento, Portugal tem 84,03 por cento da população com o esquema vacinal completo.
Portugal tem vacinas suficientes para administrar eventual terceira dose a toda a população
Durante a reunião na sede da task-force, António Costa garantiu ainda que Portugal tem vacinas suficientes para administrar a terceira dose a toda a população, se for necessário.

O primeiro-ministro anunciou que Portugal está a aguardar por uma decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e, por sua vez, da Direção-Geral da Saúde, para decidir sobre a administração de uma eventual terceira dose de reforço.

“O país tem toda a margem de liberdade para tomar a decisão que tecnicamente seja mais aconselhada”, disse António Costa, acrescentando que “se essa decisão for vacinar, nós temos já contratadas vacinas suficientes para vacinar toda a população com a terceira dose”.

“Se não for tomada essa decisão, Portugal não destruirá vacinas e reforçará o seu esforço de cooperação internacional, em particular com os países da CPLP”, esclareceu Costa, sublinhando que Portugal tem sido dos países que mais tem contribuído para o esforço internacional de vacinação.

A EMA disse esperar emitir no início de outubro uma decisão sobre a eventual terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19, a administrar seis meses depois da segunda dose nomeadamente a vulneráveis, como solicitado pela Pfizer/BioNTech.

Apesar de ainda não existir uma decisão do regulador europeu, certos países começaram já a administrar terceiras doses da vacina aos grupos mais vulneráveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem vindo a criticar duramente esta decisão, apelando aos países ricos para a doação de vacinas aos países onde há escassez de vacinas.
Desconfinamento avança no próximo dia 1 mesmo não atingindo os 85% de vacinação
À saída da reunião, António Costa assegurou que o desconfinamento previsto para dia 1 de outubro avançará, mesmo que Portugal não tenha atingido os 85 por cento de vacinação até essa data.

“Nós fixámos o dia 1. Não creio que se justifique novos adiamentos”, disse António Costa, acrescentando que “não estamos nos 85 por cento, mas estamos praticamente lá”.
O primeiro-ministro renovou o apelo às pessoas para que vão tomar a segunda dose “para podermos completar este plano de vacinação o mais rapidamente possível”.

Costa também confirmou que dia 1 entrarão em vigor as novas regras, mas não descartou um eventual retrocesso. “Obviamente, se houver retrocessos na pandemia, terá de haver retrocessos nas medidas”, disse Costa, apesar de esperar que não haja novos risco de dar novos passos atrás e de Portugal ter condições para seguir em frente.
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