Atividade manufatureira na China recupera após forte contração devido à Covid-19

por Lusa
Amr Abdallah Dalsh, Reuters

A atividade da indústria manufatureira na China voltou a crescer em março, após forte contração no mês passado, à medida que o país suspende as medidas que serviram para conter a epidemia da Covid-19.

O índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês), subiu para 52 pontos, depois de, em fevereiro, ter colapsado para os 35,7 pontos - o nível mais baixo desde que há registo -, refletindo a paralisia da atividade económica, com centenas de milhões de pessoas a cumprirem regime de quarentena.

O número, divulgado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, representa o maior crescimento nos últimos doze meses, e o maior aumento desde setembro de 2017, superando as expetativas dos analistas, que esperavam uma recuperação para 45 pontos, mas sem regressar a níveis de crescimento.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do setor, abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da atividade.

Entre as empresas não manufatureiras, o crescimento fixou-se nos 52,3 pontos, após ter registado 29,6 pontos, em fevereiro passado.

O setor dos serviços, que representa mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) do país, fixou-se nos 51,8 pontos, em março, depois de, em fevereiro, ter registado 27,1 pontos.

O GNE indica que, a maioria dos negócios registou uma recuperação, exceto nos serviços financeiros e monetários ou o mercado de capitais, que permaneceram na zona de expansão mesmo durante o pico do surto.

O índice abrangente de produção do PMI, que combina as indústrias manufatureiras e não manufatureiras, subiu aos 53 pontos, em janeiro passado, depois de cair para 28,9 pontos, em fevereiro.

No entanto, para o GNE, os bons dados deste mês "não significam que o desempenho económico da China tenha retornado ao nível normal", pois ainda existem empresas que não retomaram a atividade, após dois meses de paralisia.

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