Autarca de Ponte da Barca saúda "justa" reabertura da fronteira da Madalena

por Lusa

O presidente da Câmara de Ponte da Barca saudou hoje a decisão da reabertura parcial, na terça-feira, da fronteira da Madalena, no Lindoso, considerando ser a resposta a uma "justa reivindicação dos trabalhadores transfronteiriços".

Em causa está a fronteira da Madalena, no Lindoso, no concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, considerada a "única porta de entrada" do Alto Minho à província de Ourense, na Galiza, em Espanha.

Atualmente, no distrito de Viana do Castelo, o atravessamento da fronteira entre o Alto Minho e a Galiza durante 24 horas apenas está autorizado na ponte nova de Valença. Há também em Monção e Melgaço pontos de passagem que estão disponíveis nos dias úteis, das 07:00 às 09:00 e das 18:00 às 20:00.

Em nota hoje enviada às redações, o presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho (PSD), "saudou o ministro da Administração Interna pela decisão de reabertura da fronteira da Madalena, em Lindoso, já no próximo dia 02 de março", terça-feira.

"Pôs um ponto final no longo período de encerramento do único ponto fronteiriço do Vale do Lima com a Galiza e de grande injustiça para com Ponte da Barca", referiu, citado naquele documento.

Segundo aquela autarquia, a "informação" da reabertura da fronteira surge na sequência de uma conversa de Augusto Marinho com o ministro Eduardo Cabrita "que garantiu a criação de um posto de passagem autorizado à semelhança do que sucede com as fronteiras de Monção e Melgaço, ou seja, com passagem autorizada de manhã e ao final da tarde, nos dias úteis".

Para Augusto Marinho, "o Governo atendeu a uma justa reivindicação dos muitos trabalhadores transfronteiriços que, diariamente, utilizam a fronteira da Madalena, em Lindoso".

O autarca social-democrata "agradeceu ainda a atenção expressa pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa com quem teve oportunidade de falar na passada Segunda-feira".

A reabertura parcial da fronteira da Madalena "consta da renovação do novo período do estado de emergência", acrescenta.

O município "agradeceu o apoio e ajuda de todas as instituições, autarcas, deputados à Assembleia da República e, em particular, à população barquense que em momento algum deixou de estar solidária com esta justa reivindicação de Ponte da Barca".

O controlo de pessoas nas fronteiras entre Portugal e Espanha vai manter-se até 16 de março devido à pandemia e passam a existir mais dois pontos de passagem autorizada em Ponte da Barca e Vinhais, segundo um comunicado de hoje do Ministério da Administração Interna (MAI).

O MAI refere que a decisão de abrir mais dois Pontos de Passagem Autorizada (PPA) foi tomada após reuniões com os autarcas dos municípios raianos.

Assim, Portugal e de Espanha continuam com a circulação limitada nas fronteiras terrestres e fluviais até 16 de março, funcionando, a partir de terça-feira, 18 PPA, permanentes ou com abertura com horários definidos.

O Governo anuncia hoje as medidas para novo período de estado de emergência, a vigorar entre 02 e 16 de março, depois de o Presidente da República ter desaconselhado um desconfinamento antes da Páscoa, por "prudência" e "segurança".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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