Chile autoriza vacinação de crianças a partir dos três anos

por Lusa

O Chile determinou na quinta-feira a vacinação contra a covid-19 para crianças a partir dos três anos, que vão receber a vacina chinesa Coronavac, divulgou o Instituto de Saúde Pública (ISP).

Em setembro, o ISP já tinha autorizado a administração daquela vacina, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em crianças dos seis aos 15 anos.

Para a faixa etária entre os 16 e 18 anos é aconselhada a vacina desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, noticia a agência AFP.

A `luz verde` da autoridade de saúde chilena surge na sequência de estudos realizados pela Sinovac na China que "demonstram que a vacina teve um maior número de efeitos colaterais em crianças entre os 12 e 17 anos e que nenhum efeito colateral grave surgiu na faixa etária entre os três e cinco anos".

"Estes dados são extremamente importantes", salientou o diretor do ISP, Heriberto Garcia, citado no comunicado.

O Chile está, desta forma, a alinhar-se com outros países da região, como a Argentina, Colômbia ou Venezuela, que já aprovaram a vacinação de crianças a partir dos três anos.

Cuba e Nicarágua reduziram a idade mínima para os dois anos.

O Chile está entre os países com uma maior taxa de vacinação no mundo, com cerca de 16 dos 19 milhões de habitantes com o esquema vacinal completo (83,6%) e mais de 42 milhões de doses administradas.

Segundo dados oficiais, desde março de 2020 registaram-se no país 1.751.769 casos de infeção e 38.218 mortes.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou na quinta-feira a administração da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer a crianças dos 5 aos 11 anos, sendo a primeira na União Europeia (UE) para esta faixa etária.

Fora da Europa continental, a vacina da Pfizer já foi aprovada para crianças entre os cinco e 11 anos em países como os Estados Unidos, Israel ou Canadá.

A covid-19 provocou pelo menos 5.173.915 mortes em todo o mundo, entre mais de 258,92 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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