Coreia do Sul prolonga distanciamento social por mais duas semanas

por Lusa
Reuters

O governo da Coreia do Sul anunciou hoje que vai prolongar por mais duas semanas a recomendação de distanciamento social das populações, devido ao aparecimento de novos casos de infeção por covid-19.

"Não temos outra opção senão continuar com uma intensa campanha de distanciamento social por mais algum tempo", anunciou o primeiro-minstro coreano, Chung Sye-kyun, no final de uma reunião ministerial para discutir a evolução da pandemia no país.

Depois de um pico em fevereiro, o número de contaminados tem vindo a diminuir, mas continuam a surgir, com regularidade, novos casos, num país que não fechou fronteiras ou impôs confinamento aos cidadãos.

Desde o aparecimento do primeiro caso de contaminação, em 20 de janeiro, o governo sul-coreano tem vindo a recomendar que os cidadãos mantenham entre si uma distância de pelo menos dois metros, para evitar o contágio.

Com o prolongamento da recomendação de distanciamento social, as autoridades coreanas esperam evitar alguns dos novos surtos de contágio, que têm ocorrido em locais muito frequentados, como ginásios ou igrejas protestantes.

A política de distanciamento social promovida por Seul "provou ser claramente eficaz e permitiu que o país seja um ambiente mais seguro contra o contágio do que a Europa ou os Estados Unidos", disse Chung citado pela agência local Yonhap.

O país registou 96 novas infeções na sexta-feira, elevando o total para 10.156, de acordo com os últimos dados oficiais divulgados hoje pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas da Coréia (KCDC).

A Coreia do Sul regista menos de 200 infeções por dia desde 12 de março, tendo levado 20 dias para somar as últimas duas mil, a uma média de cerca de 100 casos por dia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.

Dos casos de infeção, mais de 205 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 587 mil infetados e quase 42 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 14.681 óbitos em 119.827 casos confirmados até hoje.

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