Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Pedro Nunes - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações



23h59 - Universidade de Aveiro promove testagem a elementos da comunidade académica

A Universidade de Aveiro (UA) vai proporcionar a realização de testes de rastreio à covid-19 a todos os membros da sua comunidade. Numa nota dirigida à comunidade académica, o reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, refere que o processo vai iniciar-se de forma gradual e em colaboração com o Instituto de Biomedicina (iBiMED).

22h20 - Mais 987 mortos e 32.321 casos no Brasil nas últimas 24 horas

O Brasil somou 987 mortos e 32.321 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 266.398 óbitos e 11.051.665 infeções desde o início da pandemia, informou esta segunda-feira o Ministério da Saúde brasileiro.

Neste momento, a taxa de incidência da doença em território brasileiro é de 127 mortes e 5.259 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o último boletim epidemiológico das autoridades de Saúde.

Os números contabilizados hoje ficaram bem abaixo da média da semana anterior, quando foram batidos novos recordes de mortes e infeções. Contudo, o próprio Ministério da Saúde já explicou que essa diminuição é fruto de uma carência de recursos humanos ao fim de semana para testar e recolher os dados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras.

Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de diagnósticos de infeção são São Paulo (2.117.962), Minas Gerais (924.572), Paraná (727.823) e Bahia (715.418).

São Paulo (61.584), Rio de Janeiro (33.729), Minas Gerais (19.548) e Rio Grande do Sul (13.562) são, por sua vez, os Estados que registam mais vítimas mortais devido à doença causada pelo novo coronavírus.

O total de recuperações no Brasil, um dos países mais afetados pela covid-19 no mundo e que enfrenta agora o seu pior momento da pandemia, aproxima-se dos 9,8 milhões de casos, enquanto que 1.002.947 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico.

21h06 - Escolas já reabriram no Reino Unido

O Governo britânico está confiante nas medidas do desconfinamento uma vez que um terço da população já foi vacinada.


20h41 - Partidos com reservas sobre calendário do desconfinamento

Os partidos querem saber mais sobre o plano de desconfinamento que o Governo vai apresentar na quinta-feira. Depois da sessão no Infarmed, pedem uma aposta forte na testagem e apontam o dedo ao calendário escolhido pelo executivo.


20h30 - Maioria dos casos de Covid em Portugal já é com variante do Reino Unido

A variante do Reino Unido está na origem de 65 por cento dos casos de covid-19 em Portugal. Só na ultima semana cresceu 20 por cento. Quanto às variantes da África do Sul ou Brasil, a situação está controlada em Portugal.

As conclusões foram apresentadas na reunião do Infarmed, onde foi deixado o alerta para que os aeroportos e fronteiras terrestres sejam mais fiscalizados.

20h28 - Governo mantém tabu sobre início do regresso à escola

Foi apresentado no Infarmed um conjunto de critérios e uma base científica mais sólida que permitirá mapear decisões para o desconfinamento e para monitorização futura.

António Costa ouviu os especialistas, depois assumiu no twiter que ficou com uma base mais sólida para decidir sobre o desconfinamento: "Agradeço aos especialistas o trabalho realizado, contribuindo para uma decisão política mais sustentada".

A decisão está marcada para quinta feira o dia em que o Governo vai anunciar o plano para o desconfinamento.

A ministra da Saúde recusou revelar se a abertura do país pode começar com o regresso à escola já na próxima semana das crianças dos primeiros níveis de de escolaridade.

20h23 - Especialistas debatem condições para o desconfinamento

Nos planos para o desconfinamento há um objetivo que põe todos os especialistas de acordo e um número-chave para dar os primeiros passos: o objetivo é atingir 60 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.

O país tem neste momento cerca de 120 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissão mais baixo da Europa.

A tendência tem sido sempre de descida, e as previsões de Baltazar Nunes apontam para que a pandemia esteja muito próximo de estar controlada, no início da próxima semana, exceção apenas para Lisboa, onde a incidência é mais alta.

E sobre os planos para o futuro, Raquel Duarte, da Administração Regional de Saúde do Norte, delineou as linhas de atuação. O desconfinamento deve começar pelos locais de trabalho onde não haja contacto com o público.

20h05 - Angola regista 22 infetados e um morto nas últimas 24 horas

Angola registou, nas últimas 24 horas, 22 novas infeções, uma morte e dez recuperados, informou esta segunda-feira o secretário de Estado angolano para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

Segundo o governante angolano, os casos foram registados nas províncias de Luanda, com sete casos, e Benguela, com dois casos, com idades que variam dos dois aos 75 anos, 13 homens e nove mulheres.

Franco Mufinda sublinhou que a morte registou-se em Benguela, um homem de 62 anos.

Os dados sublinham que foram recuperadas dez pessoas, das quais sete em Benguela e três em Luanda, com idades entre 18 e 66 anos.

"Temos por agora, um total de 21.108 casos, dos quais 19.657 recuperados, 515 óbitos e 936 ativos", referiu o governante angolano, frisando que, dos casos ativos, três são críticos, oito graves, 35 moderados, 17 ligeiros e 873 assintomáticos.

19h47 - Quase dois milhões de pessoas em França já foram vacinadas com duas doses

Em França 1.988.752 pessoas já receberam as duas doses de vacina contra a covid-19, mas os números continuam da pandemia continuam a degradar-se com 359 mortos registados esta segunda-feira, segundo anunciaram as autoridades francesas de saúde.

No total, a França já vacinou 3.978.421 pessoas com a primeira dose da vacina, o que representa cerca de 5,9% da população total do país. Maioritariamente trata-se de pessoas com mais de 75 anos, muitas delas que vivem em lares e outras instituições de acolhimento.

No entanto, e apesar da progressão do esforço de vacinação, os números em algumas regiões como Île-de-France, onde se situa Paris, ou Hauts-de-Seine, também junto à capital, continuam a degradar-se.

Com a morte de 359 pessoas registada hoje, o número total de óbitos devido à pandemia é de 88.933.

19h32 - Bolsonaro recusa decretar confinamento

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, recusou esta segunda-feira decretar um `lockdown` a nível nacional, frisando que não usará o seu Exército para "obrigar o povo a ficar em casa", naquele que é o pior momento da pandemia no país.

"Alguns querem que eu decrete `lockdown`. Não vou decretar. E podem ter certeza de uma coisa: o meu Exército não vai para a rua para obrigar o povo a ficar em casa. O meu Exército, que é o Exército de vocês. Fiquem tranquilos no que toca a isso. Agora, vamos ver até onde o Brasil aguenta esse estado. Eu quero paz, tranquilidade, democracia, respeito às instituições. Mas alguns estão se excedendo", disse hoje Bolsonaro a apoiantes, em Brasília, citado pela imprensa local.

Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais negacionistas em relação à gravidade da covid-19 e que desde o início da pandemia se tem posicionado contra as medidas de isolamento social, voltou hoje a defender que a população brasileira saia à rua, num momento de recordes diários de mortes e novos casos de infeção.

"Parece que está a voltar a onda, o `lockdown`. Se coloque no lugar do chefe de família que não tem o que levar para casa", criticou o mandatário, referindo-se às novas restrições impostas por vários governadores e prefeitos em todo o país, para travar a disseminação da doença e de novas variantes, como a detetada no Amazonas (P.1), considera pelo próprio Ministério da Saúde brasileiros como "três vezes mais contagiosa" do que a original.

18h48 - Cabo Verde com 24 novos infetados e 93 recuperados

Cabo Verde registou mais 24 novos casos positivos de infeção pelo novo coronavírus e mais 93 pessoas foram dadas como recuperadas da doença no país, segundo informações disponibilizadas esta segunda-feira pelo Ministério da Saúde e da Segurança Social.

Em comunicado de imprensa, aquele ministério cabo-verdiano informou que os laboratórios analisaram 322 amostras desde domingo, das quais 24 deram resultado positivo, numa taxa de positividade de 7,5%.

Os novos casos foram diagnosticados na Praia (4) e São Miguel (1), todos municípios de Santiago, em Ribeira Grande de Santo Antão (1), São Vicente (1), Sal (5), Boa Vista (5), Maio (1) e Tarrafal (1) e Ribeira Brava (5), em São Nicolau.

Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde deram alta a mais 93 pessoas, aumentando para 15.133 casos dados como recuperados da doença no país, representando 95,7% do tal de casos até agora notificados no país.

Cabo Verde chegou a um total de 15.806 casos positivos acumulados desde 19 de março de 2020, mantém 154 óbitos (0,97% taxa de letalidade) e reduziu para 506 casos ativos, que representam 3,2% do total de casos já notificado no país.

18h37 - Angola registou casos das variantes sul-africana e inglesa de SARS-COV-2

A ministra da Saúde angolana anunciou esta segunda-feira que foram registados casos das novas variantes SARS-CoV-2 sul-africana e inglesa.

Em conferência de imprensa, Sílvia Lutucuta explicou que os casos detetados levaram as autoridades angolanas a fazer o rastreio de outras contaminações destas variantes.

18h14 - São Tomé e Príncipe com mais 17 casos positivos nas últimas 24 horas

São Tomé e Príncipe registou esta segunda-feira mais 17 casos positivos, aumentando o total de pessoas infetadas pelo novo coronavírus para 1.961, nas últimas 24 horas, período em que 22 pessoas foram consideradas recuperadas, indicou o Ministério da saúde.

De acordo com o boletim diário Covid-19 de hoje, as 17 novas infeções foram todas registadas em São Tomé, onde se encontram 10 pessoas internadas no hospital de campanha e 331 em isolamento domiciliar.

Na ilha do Príncipe quatro pessoas continuam em isolamento domiciliar.

O total de pessoas recuperadas da doença, desde meados de março do ano passado, totaliza 1.584 e o número de óbitos mantém-se em 32.

17h53 - Espanha regista 11.958 novos casos e 298 mortes durante fim de semana

A Espanha registou desde sexta-feira 11.958 casos de covid-19, mantendo a tendência descendente de novos contágios e elevando para 3.160.970 o total de infetados até agora no país, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 298 mortes durante o fim de semana atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 71.436.

O número de novos casos baixou do fim de semana anterior para este de 15.978 para 11.958 e o de mortes de 467 para 298.

O nível de incidência acumulada (contágios) em Espanha continua a descer, tendo passado de sexta-feira para hoje de 149 para 142 casos diagnosticados por 100.000 habitantes nos 14 dias anteriores.

Espanha está desde a última sexta-feira abaixo da fasquia dos 150 casos o que significa, segundo a Organização Mundial da Saúde, que passa de país em "risco alto" para um em "risco médio".

As regiões com os níveis mais elevados são as de Madrid (236), Astúrias (190), País Basco (187), Catalunha (186), Aragão (163).

17h34 - PCP admite condições para desconfinar, mas quer mais apoios e investimento

O PCP admitiu esta segunda-feira que a redução de casos de covid-19 cria "condições para o desconfinamento tão necessário à vida do país e dos portugueses", mas avisou que é preciso mais apoios e investimento no SNS.

Num comunicado de Jorge Pires, da comissão política dos comunistas, "regista-se positivamente a continuação da descida sustentada do número de incidências por 100.000 habitantes e do número de internamentos" e que "Portugal é hoje o País da União Europeia com o menor índice de transmissibilidade da Europa".

Pelo que estão "criadas as condições para o desconfinamento tão necessário à vida do país e dos portugueses", segundo Jorge Pires, em formato de texto e vídeo.

O PCP reafirma ainda que "o que o país precisa é de reforçar a proteção individual, fazer a pedagogia da proteção e reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), concretizando todas as medidas aprovadas no Orçamento do Estado".

Uma delas é "a contratação dos mais de 500 profissionais em falta na estrutura" de saúde pública, prevista no orçamento.

17h25 - Itália ultrapassa as 100.000 mortes desde o início da pandemia

A Itália ultrapassou esta segunda-feira a marca de 100.000 mortes devido à pandemia de covid-19, um ano após o aparecimento da doença no país, anunciou o Ministério da Saúde.

O país regista agora 100.103 óbitos, mais 318 que na véspera.

As regiões mais afetadas são a Lombardia, o coração económico do país, com quase 30.000 mortes, seguida por Emília-Romanha (quase 11.000), Piemonte e Véneto, com quase 10.000 óbitos cada, com os especialistas a considerarem que o número de vítimas é geralmente subestimado.

"Nestes dias enfrentamos um agravamento da crise de saúde. Todos devem fazer o que puderem para limitar a propagação do vírus. Mas é, acima de tudo, o governo que deve fazer a sua parte", afirmou o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, numa mensagem vídeo por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

"A pandemia não está vencida, mas com a aceleração do plano de vacinação podemos ver que o desfecho não está longe. Quero aproveitar esta oportunidade para enviar a todos um sinal de esperança", acrescentou.

Na semana passada, o grupo de reflexão sobre a saúde relatou um aumento de 33% no número semanal de infeções no período de 24 de fevereiro a 02 de março, com 123.000 casos, o maior número desde dezembro.

"Com esses números, precisamos de medidas mais severas", afirmou no domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio.

16h45 - Reino Unido reduz mortes mas aumento de infeções "inevitável" com reabertura das escolas

O Reino Unido registou 65 mortes e 4.712 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, divulgou esta segunda-feira o Governo britânico, que admitiu ser "inevitável" aumento de casos devido ao regresso às aulas.

"Claro que aceitamos que existe risco de aumento da transmissão, é inevitável, mas pensamos que o podemos fazer agora porque temos a proporção [33%] da população vacinada", respondeu o primeiro-ministro, Boris Johnson, numa conferência de imprensa.

Milhões de crianças, sobretudo do ensino primário, regressaram hoje às escolas pela primeira em três meses, já que a maioria tem estado em ensino remoto durante o confinamento em vigor desde janeiro.

Alunos do secundário e universidades também vão começar a voltar faseadamente às aulas, no âmbito desta primeira etapa de alívio do confinamento em Inglaterra.

No domingo tinham sido notificadas 82 mortes e 6.573 casos, mas os números relativos ao fim de semana são normalmente mais baixos devido ao atraso no processamento.

No total, morreram no Reino Unido 124.566 pessoas entre 4.223.232 casos de contágio confirmados desde o início da pandemia covid-19.

16h43 - Portugal continua alto em números globais por milhão, desce em novos casos e mortes

Portugal desceu a pique no último mês nas listas dos países com mais novos casos de infeção pelo novo coronavírus e novas mortes, mas mantém-se entre os dez com mais casos e mortes totais por milhão de habitantes.

De acordo com o `site` estatístico Our World in Data, Portugal é o sétimo país (com mais de um milhão de habitantes) com mais mortes por milhão de habitantes atribuídas à covid-19: 1.622.

Acima de Portugal neste indicador encontram-se República Checa (2.027 mortes por milhão), Bélgica (1.920), Eslovénia (1.871), Reino Unido (1.837), Itália (1.650) e Hungria (1.643).

Em termos de total de casos por milhão de habitantes, Portugal é o sexto país do mundo, com 79.446 casos, superado pela República Checa (123.385), Eslovénia (94.023), Israel (92.608), Estados Unidos (87.592) e Panamá (79.919).

Há um mês, Portugal era o país com maior número de novas mortes por milhão de habitantes com uma média de 20 óbitos diários nos sete dias anteriores, enquanto hoje é o 26.º país do mundo neste indicador, com 2,7 óbitos por milhão.

16h41 - CDS-PP pede "programação rigorosa" do desconfinamento

O CDS-PP considerou esta segunda-feira que os dados apresentados pelos especialistas quanto à evolução da covid-19 em Portugal permitem um desconfinamento "gradual, ainda que cauteloso", e defendeu uma "programação rigorosa" para o país poder voltar à normalidade.

Num vídeo enviado à comunicação social no final de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a situação epidemiológica de Portugal, o vice-presidente do CDS-PP Paulo Duarte salientou "a existência de um consenso generalizado entre os peritos sobre a necessidade do planear e programar cautelosamente o desconfinamento", como o CDS tem "vindo a indicar há longo tempo".

"Os dados agora apresentados permitem ao Governo tomar decisões com maior conhecimento da situação epidemiológica atual e perspetivar um plano de desconfinamento gradual, ainda que cauteloso tendo em conta o aumento da incidência das novas estirpes", afirmou o dirigente, advertindo que "sem um plano à inglesa, de programação rigorosa, e face à predominância das novas estirpes muito mais contagiosas, não é possível um desconfinamento e uma retoma serena da normalidade".

Para os centristas, "é urgente que o Governo apresente uma estratégia clara, objetiva, percetível por todos para regressar de forma faseada à normalidade, sujeita essa estratégia a um acompanhamento e uma monitorização permanente e em tempo real".

O vice-presidente do CDS-PP considerou ser "fundamental implementar uma testagem massiva e alargada, o que não tem sido feito manifestamente com eficácia por parte do Governo", e defendeu que o plano de vacinação deve "ser implementado com maior celeridade", para permitir alcançar "a imunidade de grupo por todo o território o quanto antes".

15h53 - Portugal com oito concelhos em risco muito elevado e nenhum em risco extremo

Portugal tem oito concelhos em risco muito elevado de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 e nenhum em risco extremo, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) esta segunda-feira divulgados.

O risco extremo de infeção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes, enquanto o risco muito elevado significa uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes.

O número de concelhos neste patamar de infeção tem vindo a decrescer depois de um pico em 1 de fevereiro quando Portugal tinha 234 dos 308 concelhos em risco extremo.

Há uma semana o país tinha três concelhos em risco extremo de infeção e 14 em risco elevado.

15h43 - Como desconfinar?

Raquel Duarte, pneumologista, defendeu no Jornal da Tarde um desconfinamento "com precaução, de forma faseada, controlada a cada duas semanas para percebermos o que vai acontecendo".
15h03 – Chega propõe desconfinamento em duas fases

O Chega acredita que o Governo apenas manteve o país em confinamento total por saber que o Serviço Nacional de Saúde não recebeu investimento suficiente para conseguir lidar com a pandemia. “Estamos todos a ser penalizados pela falta de investimento no setor da saúde”, defendeu André Ventura.

“Neste momento somos os únicos na União Europeia a ter este regime de confinamento e isto não é por prudência nem por precaução. É porque não temos, não fizemos o investimento que devíamos ter feito nos hospitais para absorver eventuais novas infeções e novos internamentos”, acredita o deputado.

“Temos o índice de transmissibilidade mais baixo da Europa e isto é fruto de termos fechado tudo, de termos optado pelo caminho mais duro, mais penoso para as pessoas, para os negócios e para as famílias”, afirmou.

Quanto ao plano de desconfinamento gradual, o Chega defendeu que já se devia ter começado a pensar no mesmo há mais tempo e lançou uma proposta.

“Não é sustentável manter o país neste estado durante muito mais tempo”, frisou Ventura. “Em vez de dividirmos isto em cinco fases prolongadas, devemos fazê-lo em duas fases distintas”.

O Chega propõe a reabertura do pequeno comércio numa primeira fase, assim como da restauração que tenha esplanadas, de serviços de estética e de todos os serviços onde se possam manter condições de segurança, evitando alguns setores onde o índice de contágio possa ser maior, como discotecas ou ginásios.

Na fase 2, os restantes serviços voltariam à normalidade.

14h45 - PAN defende retoma gradual e adequada a regiões

Após a reunião do Infarmed, Inês Sousa Real, deputada do PAN, destacou a importância de um desconfinamento em que haja uma rede adequada de transportes públicos em que se evitem horas de ponta e sobrelotação.

Quanto às escolas, defendeu uma retoma gradual, sendo que o regresso às aulas, para além de exigir uma maior testagem que é prevista pelo Governo, não poderá ocorrer sem que pessoal docente e não docente de risco faça parte das prioridades de vacinação.

Referência ainda às mulheres, neste dia internacional da Mulher, que têm sido muito afetadas ao nível socioeconómico pela pandemia. “A desigualdade de género que persiste não pode ficar para trás”, frisou.

Inês Sousa Real foi ainda crítica em relação ao timing dos planos de desconfinamento apresentados, considerando que as medidas deveriam ter sido pensadas com maior antecedência.

Salientou, no entanto, que o desconfinamento terá de acontece “de forma gradual e adequado a regiões”, de forma a não deitar fora os sacrifícios que foram feitos nas últimas semanas.

A deputada do PAN assumiu que poderá haver setores fechados que irão continuar encerrados, mas que poderiam garantir condições de segurança suficientes para reabrirem.

14h37 – BE pressiona Governo sobre estratégia de massificação dos testes

O Bloco de Esquerda acredita que, “infelizmente, o Governo tem desperdiçado o tempo que é o tempo do confinamento para preparar o desconfinamento” em vez de se apressar a implementar a massificação da testagem.

No final da reunião no Infarmed, o deputado bloquista Moisés Ferreira frisou que “toda a gente defende que é preciso aumentar muito a testagem” e que, no entanto, nos últimos dias esta tem descido.

“Nos últimos dias tem estado abaixo dos 30 mil [testes] por dia” quando já chegou a estar acima dos 70 mil por dia, destacou o BE.

O Bloco disse ter questionado o Governo sobre a ausência de uma estratégia de massificação dos testes e, em resposta, o Executivo disse haver uma proposta de uma task force que trabalhará essa estratégia de testagem.

Quando ao desconfinamento, o partido acredita que está na altura de o iniciar, uma vez que os indicadores melhoraram, mas que o plano já devia ser conhecido para dar tempo à população de se adaptar.

14h35 - Iniciativa Liberal critica decisões "em cima do joelho"

João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, criticou que os planos tenham sido apresentados na reunião do Infarmed “em cima do joelho”, bem como a existência de “vários planos que não são consensuais entre si”.

O deputado da IL salienta que esta discussão sobre o desconfinamento acontece “três dias antes” do suposto anúncio de um plano por parte do Governo, na próxima quinta-feira. “Portugal está atrasado a reagir”, disse.

Cotrim Figueiredo criticou ainda o facto de não ter havido informações sobre o plano de vacinação ou um plano de testagem.

14h21 – PSD frisa que desconfinamento deveria ter sido discutido há mais tempo

O PSD relembrou, no final da reunião do Infarmed, que o partido sempre disse que o plano de desconfinamento devia ter sido discutido com mais tempo para que os vários setores da sociedade se pudessem preparar atempadamente.

“O país, depois de ter perdido o controlo da pandemia, dois meses depois de medidas de confinamento com um enorme custo para as pessoas, para as empresas, do ponto de vista social e económico, hoje começamos a ver a possibilidade de se abrir um pouco a sociedade e de começar a discutir de forma mais séria as medidas de desconfinamento”, referiu o deputado Ricardo Baptista.

“Seja como for, gostaria de deixar uma palavra de elogio” aos especialistas do Infarmed pelas propostas do plano de desconfinamento, incluindo um confinamento futuro por via regional, para que o total do país não seja prejudicado devido a surtos locais, disse o social-democrata.

Para o PSD é também importante acelerar a vacinação. “Portugal tem a presidência do conselho da União Europeia e, nesse sentido, deve ser uma voz ativa junto da Comissão Europeia para, junto da indústria farmacêutica, encontrar soluções”, considerou o deputado.

O partido acredita ainda que a Páscoa deve acontecer sem partilha de agregados e sem circulação entre concelhos.

14h18 - Mais 25 óbitos e 365 novos casos em Portugal

O novo boletim dá conta de mais 365 novas infeções e 25 óbitos em Portugal nas últimas 24 horas. Dos novos casos, a DGS salienta que 60 por cento dos casos registados na Madeira teve um período, entre diagnóstico e notificação, superior a 48 horas.

No total houve 16.565 óbitos e 810.459 casos registados em Portugal desde o início da pandemia.

Registam-se ainda mais 779 casos recuperados (num total de 732.346 pessoas que recuperaram desde o início da pandemia).

Ao nível dos internamentos, houve menos 11 internamentos em enfermarias e menos 12 internados em cuidados intensivos. Nesta altura estão internadas 1.403 pessoas por Covid-19 e 342 estão em cuidados intensivos.

Na distribuição por regiões, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que regista mais casos e óbitos, com 162 novos casos e 15 mortos nas últimas 24 horas. Segue-se a região Norte, com 57 casos e seis óbitos.

A região Centro registou 19 novos casos e quatro óbitos, a região do Alentejo registou 31 novos casos e o Algarve 11 novos casos.

Nas regiões autónomas, a Madeira teve 78 novos casos (com uma possível amplificação dos números devido ao referido atraso de notificação dos casos) e os Açores, com sete novos casos.

14h12 – “Desconfinamento cauteloso e rigoroso”

Maria António Almeida Santos, do PS, sublinha que os dados da reunião no Infarmed indicam que “a situação epidemiológica está em franca melhoria” em Portugal.

A deputada socialista pede um desconfinamento “cauteloso e rigoroso” para que não se perca o que já foi conquistado.

Questionada pelos jornalistas sobre uma eventual diferenciação entre o ensino público e o ensino privado, a deputada salientou que a testagem “não deve ser discriminada”.

14h10 – PEV diz que “é preciso desconfinar”

O PEV acredita que, “a partir daqui, é preciso de desconfinar”. No final da reunião do Infarmed, a deputada Mariana Silva disse ser necessário não só um esforço para que se faça esse desconfinamento, mas também para se façam testes de rastreio.

É também necessário, segundo o PEV, um esforço para a prevenção da saúde mental dos portugueses. “Aquilo que nós sabemos hoje é que as consequências sociais, económicas e de saúde mental ainda não estão avaliadas e, por isso, há uma necessidade de se avaliar a saúde mental dos portugueses”, referiu Mariana Silva.

A deputada frisou a conclusão dos especialistas de que “as escolas poderão abrir mais cedo do que o resto das atividades”, reforçando a ideia de que a distância física tem de continuar a ser estabelecida, pelo que o número de alunos por turma deve ser diminuído.

13h55 - Ministra remete decisões sobre desconfinamento para quinta-feira

No final da reunião do Infarmed, a ministra da Saúde falou aos jornalistas sobre as principais conclusões e dados apresentados pelos especialistas. Marta Temido salientou que se mantém a tendência decrescente da pandemia, com menos infetados, internamentos e óbitos.

No entanto, o valor mínimo de RT foi atingido a 10 de fevereiro e desde então está a subir. Ainda assim, Portugal tem o RT mais baixo da União Europeia.

A ministra indicou ainda que a variante britânica representa hoje 65 por cento dos casos em Portugal, o que foge aos piores cenários desenhados mas implica preocupações.

Marta Temido destacou ainda que, apesar de se manterem as medidas, o índice de confinamento tem vindo a reduzir-se ao longo das últimas semanas.

“Registámos os números mais altos de adesão às medidas de confinamento na última semana de janeiro”, indicou, sendo que se registou “maior mobilidade da população nas últimas semanas”.

Em resposta aos jornalistas, a ministra da Saúde não esclareceu se o desconfinamento poderá começar já na próxima semana, com a abertura das escolas para os alunos mais novos. Marta Temido refere que serão seguidos os “passos habituais”, desde a audição aos vários partidos à reflexão dos dados hoje apresentados.

O Conselho de ministros na próxima quinta-feira “irá analisar todos os elementos”, indicou.

13h28 - Presidente da Síria tem Covid-19

O Presidente da Síria, Bashar al-Assad, testou positivo ao novo coronavírus. Assad e a mulher estão infetados e em isolamento com sintomas ligeiros, indicou esta segunda-feira a presidência do país, citada pela Al Jazeera.

13h35 - Incidência pode estar nos 60 casos por 100 mil habitantes a 15 de março

13h09 - Pandemia matou pelo menos 2,59 milhões de pessoas no mundo

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 2.593.872 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo o levantamento hoje realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais às 11:00.

Mais de 116.768.620 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os números são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país e excluem as revisões posteriores de agências estatísticas, como ocorre na Rússia, Espanha e Reino Unido.

No domingo, 5.034 novas mortes e 360.341 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus mais recentes levantamentos são o Brasil com 1.086 novas mortes, os Estados Unidos (617) e a Rússia (379).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 525.035 mortes para 28.999.266 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

13h05 - Israel começa vacinação de palestinianos que trabalham no país

Israel começou hoje a vacinar os palestinianos que têm autorização de trabalho em território israelita em vários centros inoculação contra a covid-19 instalados nas fronteiras militares junto à Cisjordânia ocupada.

"Hoje abrimos a campanha de vacinação" para trabalhadores palestinianos, anunciou em comunicado Kamil Abu Rukun, coordenador do COGAT, organismo militar israelita que gere os assuntos civis nos territórios palestinianos ocupados.

A imunização contra o SARS CoV-2 é "um interesse sanitário e económico comum" de israelitas e palestinianos que vivem "na mesma região epidemiológica", assinalou.

O processo, realizado por equipas médicas israelitas, vai alargar-se terça-feira às zonas industriais do território da Cisjordânia e prevê-se que sirva para imunizar cerca de 120 mil palestinianos que trabalham nos colonatos de Israel e que contactam diretamente com a população israelita.

12h55 - Todos os funcionários escolares e alunos do secundário vão ser testados

A estratégia de rastreio à covid-19 nas escolas prevê um primeiro teste rápido de antigénio a todos os professores, restantes funcionários e alunos do secundário, que se repete 14 dias depois nos concelhos com mais casos.

Esta é uma das orientações do "Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino" divulgadas hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e Instituto de Segurança Social (ISS).

O reinício das atividades escolares presenciais, suspensas desde o final de janeiro, vai implicar a realização de um teste rápido de antigénio em amostras do trato respiratório superior (exsudado da oro/nasofaringe) a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino - desde creches ao ensino secundário -- assim como aos alunos do ensino secundário.

Depois do primeiro teste, será "adotada uma estratégia de rastreios periódicos, nos concelhos com uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 120/100.000 habitantes" através de testes rápidos de antigénio.

Entre os professores e restantes funcionários será feito um novo teste "14 dias após o primeiro teste", sendo os seguintes realizados "com uma periodicidade inicial de 28/28 dias, ajustada para um intervalo entre 7/7 a 14/14 dias em função do número de casos identificados nos testes realizados".

Entre os alunos do ensino secundário, também haverá um intervalo de 14 dias entre o primeiro e o segundo teste.

12h51 - Açores com seis novos casos na ilha de São Miguel

Os Açores registaram nas últimas 24 horas seis novos casos de covid-19, todos na ilha de São Miguel, em concreto no concelho da Ribeira Grande, decorrentes de 458 análises efetuadas.

Hoje, segundo o boletim diário da Autoridade de Saúde Regional, a vila de Rabo de Peixe, que se encontra parcialmente sob cerca sanitária, volta a ter registo de casos, tendo sido detetados nas últimas 24 horas cinco novos doentes.

12h34 - Itália aprova vacina da AstraZeneca acima dos 65 anos

O Ministério italiano da Saúde anunciou esta segunda-feira que o país passa a recomendar a vacina da AstraZeneca também para quem tem mais de 65 anos.

"As evidências científicas disponíveis indicam que, mesmo para quem tem mais de 65 anos, a vacina será capaz de dar proteção significativa", refere o Ministério.

12h11 – Proposta de redução das medidas restritivas

A professora Raquel Duarte apresentou no Infarmed uma proposta de plano para redução das medidas restritivas.

“O nosso objetivo foi priorizar as medidas de forma a refletir os critérios epidemiológicos mas também os impactos sociais, económicos e mentais”, de modo a permitir que “as medidas com maiores custos” nessas áreas e menor efeito na carga de doença pudessem ser considerados prioritários, explicou.

Depois de revista a literatura existente e as medidas implementadas noutros países, o grupo responsável pela proposta pediu a especialistas que avaliassem em termos de prioridade o levantamento de restrições. Foram auscultados peritos da área da saúde mas também da economia, sociologia, direito ou comunicação.

Como resultado, a proposta inclui medidas gerais a implementar a nível nacional em quatro fases ou “níveis”. “Independentemente do nível de risco na fase inicial do desconfinamento, todos os concelhos devem abrir com as medidas de nível 4”, começou por explicar Raquel Duarte.

A principal preocupação é ter medidas de precaução mas que permitam algum grau de estabilidade, justificou.

Por exemplo, no setor escolar, o nível 4 permitiria a abertura do pré-escolar. A avaliação, passadas duas semanas, com manutenção ou redução do nível de risco, permitiria passar para o nível 3, com a abertura do primeiro e segundo ciclos, e por aí adiante.

11h58 – Níveis de risco calculados com evolução de percentagem de novos casos a cada 14 dias

Óscar Felgueiras, da ARS do Norte e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, participou na reunião do Infarmed por videoconferência, tendo apresentado vários níveis para determinação do risco por concelho, que tem por base a incidência por cada 100 mil habitantes.

Neste modelo, considera-se um concelho de risco “extremamente elevado” aquele que tiver 960 infetados por cada 100 mil habitantes.

Se o número for até 480, considera-se risco “muito elevado” e se for de 240 infeções por cada 100 mil habitantes, o risco é considerado “elevado”. O risco é “moderado” mesmo que haja 0 casos por cada 100 mil habitantes.

A nível nacional, os níveis de risco propostos são:
  • Nível 5: risco elevado (240 infetados por 100 mil habitantes)
  • Nível 4: risco alto (120 infetados/100 mil habitantes)
  • Nível 3: risco médio (60 infetados/100 mil habitantes)
  • Nível 2: risco baixo (30 infetados/100 mil habitantes)
  • Nível 1: risco muito baixo (0 infetados/100 mil habitantes)
O responsável sublinhou que no final de outubro se ultrapassou uma “linha vermelha” no país, ultrapassando o patamar de 960 infeções por cada 100 mil habitantes. No entanto, os valores registados até ao início de março indiciam uma diminuição do risco em praticamente todo o país.

Para o futuro, Óscar Felgueiras propõe que a incidência nível nacional esteja abaixo de 60 casos por cada 100 habitantes para que se possam reduzir as medidas de restrição.

Outra das variáveis para avaliar o confinamento ou desconfinamento no futuro, segundo este modelo, será também a percentagem de crescimento.

O especialista destaca que, a partir dos 120 casos por cada 100 habitantes, um crescimento de 30 por cento de casos (a cada 14 dias) representa um salto de nível de risco, pelo que deve levar a mais restrições. No sentido contrário, se houver um recuo de 30 por cento dos casos, deverá descer-se um patamar de risco e, consequentemente, um aliviar das restrições.

11h38 – Quais os indicadores que permitirão dar a pandemia como controlada?

Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, estabeleceu na conferência no Infarmed o “quadro de indicadores principais que têm de ser monitorizados para assegurar que a epidemia está controlada”.

“Inicialmente foram considerados três objetivos principais para a supressão da epidemia no país”, explicou o responsável do INSA.

O primeiro objetivo era o controlo da infeção na comunidade e nos grupos de risco, como idosos e doentes; o segundo era assegurar a sustentabilidade e a qualidade da resposta dos serviços para os doentes Covid, mas também para os doentes com outras patologias; e, por fim, minimizar o impacto social e económico das medidas.

“Controlando a incidência e a velocidade de transmissão temos a epidemia controlada”, indicou Baltazar Nunes, depois de indicar os indicadores que devem estar assegurados:

  • A incidência acumulada a 14 dias deve estar abaixo dos 70 casos por 100 mil habitantes, devendo ser evitado ao máximo o limite de 240 casos por 100 mil habitantes, pois aí começa a haver pressão sobre os serviços de saúde;
  • O R deve ser menor ou muito próximo de 1;
  • É necessário assegurar o isolamento precoce e o rastreamento de contactos para evitar a transmissão;
  • A taxa de casos positivos deve estar abaixo dos quatro por cento;
  • A taxa de ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos deve ser inferior a 85 por cento da capacidade;
  • As variantes do novo coronavírus devem ser permanentemente vigiadas.

“No fundo, estes valores vão servir-nos, como indicadores de alerta, para a capacidade de decisão e para a intensidade das medidas que terão de ser implementadas”, avançou o especialista.

11h20 – Cinco grupos de medidas para o futuro

Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, salientou na sua intervenção que não existem respostas ou soluções simples ao nível do desconfinamento.

Numa declaração por videoconferência, Henrique de Barros delineou cinco grandes grupos de medidas para o futuro ou graus para futuros confinamentos: 1) sem medidas ou confinamento, apenas os cuidados individuais; 2) não autorizar reuniões com mais de 50 pessoas; 3) encerrar cafés, restaurantes e comércios vários; 4) Interromper o ensino presencial para alunos do ensino secundário e superior e, por fim, 5) interromper o ensino para alunos do ensino básico e encerramento de creches.

Este modelo, assume, é “conservador”, no sentido em que foi desenhado quando havia menor conhecimento da infeção e quando não havia imunizados ou vacinação. Este plano delineado não tem, no entanto, "limites rígidos" e pode ser adaptado a possíveis evoluções, nomeadamente ao nível das variantes.

11h09 – Chamada de atenção para duas variantes “potencialmente transmissíveis”

Ainda falando sobre a vigilância das variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal, João Paulo Gomes explicou que esta tem sido feita da mesma forma há um ano para cá: o Instituto Ricardo Jorge recebe e analisa amostras da rede nacional de laboratórios de todo o país, tenso recebido 1.100 amostras este mês.

Segundo o responsável, a variante espanhola em novembro representava mais de 70 por cento dos casos em Portugal e agora está a perder terreno devido ao aparecimento da variante do Reino Unido, que em fevereiro deste ano já era a prevalente.

João Paulo Gomes chamou a atenção para outras duas variantes já com presença em Portugal: a S477N, “potencialmente transmissível” e que tem estado “mais ou menos estável” no nosso país; e a variante 452, “potencialmente muito transmissível”, associada à perda de ligação dos anticorpos e que está presente em mais de 40 concelhos do país.

A variante da África do Sul conta com apenas 12 casos até hoje em Portugal e a estirpe brasileira de Manaus com 11 casos.

11h05 – Variante britânica representa 65 por cento dos casos em Portugal

A variante britânica do novo coronavírus representava, no domingo, 65 por cento dos casos de infeção em Portugal. Apesar de elevado, este número chegou três semanas depois da previsão inicial.

“Como resultado das medidas de confinamento, houve de facto um desvio muito grande e bom à projeção que tínhamos feito”, avançou no Infarmed João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

“Estamos a falar de uma variante muito mais transmissível do que todas as outras” alertou o responsável.

“Gostaria de salientar que se olharmos para as tendências da evolução da variante do Reino Unido noutras semanas, verificamos que, apesar de ter havido uma estabilização nas últimas semanas à volta dos dez por cento, na última semana houve um crescimento mais acentuado, com 20 por cento”, avançou.

10h56 - Tendência de decréscimo da incidência desacelerou

Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, diz que a evolução da incidência e transmissibilidade apresenta uma tendência de decréscimo, tendo atingido os níveis mais reduzidos a 10 de fevereiro, mas que o ritmo de decréscimo desacelerou nas últimas semanas.

Por comparação ao resto da Europa, o especialista destacou que a Europa Central e Europa de Leste estão em contraciclo com alguns países como Portugal, que apresenta uma redução da transmissibilidade, mas é também um dos países com mais medidas restritivas. Nesta altura, Portugal é o país com o índice de transmissão mais baixo da Europa. A situação mais complicada nos outros países do Continente será algo que deve ser considerado nos próximos meses, destaca o especialista.

A mobilidade é mais reduzida em Portugal por comparação aos restantes países da Europa. No entanto, a tendência é para um aumento da mobilidade dos portugueses, segundo os dados da Google. O máximo de confinamento foi atingido a 28 de janeiro.

Baltazar Nunes sublinhou, no entanto, que Portugal tem o R mais baixo da Europa e que o índice de transmissibilidade abaixo de 1 em todas as regiões de Portugal Continental.

10h53 - "Tendência de descida" de contágio e mortalidade

André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde, sublinhou que há uma "tendência de descida" em todas as idades ao nível de contágio e mortalidade, com números semelhantes aos registados em outubro.

O responsável sublinhou, no entanto, que a variante britânica, mais prevalente em Lisboa e Vale do Tejo, cresceu também nas regiões Norte e Centro.

10h47 - Ministra da Saúde dá início à reunião de hoje no Infarmed

Marta Temido deu início à reunião de especialistas de diversas áreas no Infarmed. A ministra da Saúde apresentou o programa de uma reunião, que deverá decorrer até às 13h00.

10h23 - Centros de Saúde do Porto Ocidental com novo centro da vacinação acessível a pessoas com mobilidade reduzida

10h03 - Um em cada três destinos turísticos está fechado ao turismo internacional

Um em cada três destinos turísticos no mundo estava totalmente fechado ao turismo internacional no início de fevereiro devido à pandemia de covid-19, de acordo com um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial do Turismo.

De acordo com este documento, 32 por cento dos destinos mundiais (69) estavam totalmente fechados ao turismo internacional no início de fevereiro. Entre eles, mais de metade (38 destinos) estava fechado há pelo menos 40 semanas.

9h19 - Denunciados problemas de acesso a locais de vacinação

As dificuldades no acesso à vacina não se ficam pela falta de doses. Estão a ser denunciados problemas no acesso físico a locais de vacinação Covid-19 para pessoas com mobilidade reduzida. É o caso de Paulo, um doente com Esclerose Lateral Amiotrófica, que teve de se deslocar a uma escola sem elevador ou acessos com cadeira de rodas.


9h13 - Alemanha regista 34 mortes em 24 horas

É o número mais baixo de óbitos naquele país desde o início do ano. Houve ainda registo de 5.011 novas infeções.

8h49 - Escolas privadas queixam-se de discriminação

O Governo aprovou no domingo uma verba de quase 20 milhões de euros, que, em parte, vai servir para financiar a testagem nas escolas públicas, através de testes rápidos de antigénio. Mas o setor privado receia ter sido excluído.

Rodrigo Queiroz e Melo, diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, quer que o Ministério da Educação clarifique se estes alunos e professores também vão ser abrangidos pelos testes em larga escala.

As escolas privadas dizem-se surpreendidas pela decisão do Governo de financiar os testes de antigénio no setor público e afirmam que o vírus "não distingue as pessoas em função da opção educativa".

8h22 - Mulheres ganharam menos em 2020

Só no ano passado, as mulheres portuguesas levaram para casa, menos 5,5 mil milhões de euros do que os homens, no desempenho das mesmas funções. É o que revela o Ministério do Trabalho, com base em dados fornecidos por empresas privadas.

8h18 - Crise da pandemia "tem rosto de mulher"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que a pandemia está a aumentar a desigualdade de género e as disparidades salariais. Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, Guterres escreve, num artigo publicado no jornal Público, que a pandemia está a eliminar anos de progresso quanto à igualdade de género.

António Guterres considera, no entanto, que o processo de recuperação será uma oportunidade para reverter a situação.

7h51 - Mais de cinco mil novas infeções na Alemanha

O número de infeções pelo SARS-CoV-2 na Alemanha aumentou, desde domingo, em 5011, para um total de 2.505.193 casos reportados desde o início da pandemia.

Morreram mais 34 pessoas em 24 horas. O total de óbitos associados à Covid-19 em território alemão é agora de 71.934.

7h41 - Vacinação arranca no Vietname

As estruturas de saúde do Vietname lançaram esta segunda-feira o programa de vacinação contra a Covid-19. A prioridade vai para os profissionais do sector.

O primeiro lote de vacinas da AstraZeneca, com 117.600 doses, chegou em fevereiro.

O país do sudeste asiático dá sinais de estar a conseguir conter a quarta vaga da pandemia.

7h36 - Escolas reabrem em Inglaterra

Reabrem esta segunda-feira os estabelecimentos escolares em Inglaterra, ao abrigo do alívio das restrições pandémicas decretado pelo Governo de Boris Johnson.

As escolas secundárias poderão registar alguma lentidão na reabertura, face à testagem em massa que decorrerá ao longo da semana.

7h14 - Escola Portuguesa de Díli suspende aulas presenciais

A direção da Escola Portuguesa de Díli decidiu suspender as atividades durante pelo menos uma semana, face ao confinamento obrigatório e cerca sanitária decretados pelo Governo para a capital timorense.

Numa ordem de serviço, citada pela agência Lusa, a EPD explica que a decisão surge na sequência da decisão do Conselho de Ministros de impor as restrições durante pelo menos uma semana, até 15 de março, com possibilidade de extensão durante mais sete dias.

6h42 - Ponto de situação

Especialistas e politicos analisam esta segunda-feira a situação da pandemia em Portugal. Será a 17ª reunião deste género na sede do Infarmed.

Na próxima quinta-feira, o Governo vai apresentar o plano de desconfinamento, que, segundo o primeiro-ministro, será gradual, progressivo e diferenciado.

Portugal está a cumprir o 12.º período de estado de emergência, que termina a 16 de março.
Testes nas escolas
O Governo aprovou 20 milhões de euros para fazer testes nas escolas em grande escala.

São testes rápidos para preparar a reabertura da atividade escolar.
O Governo explica que pretende preparar a reabertura gradual e sustentada das atividades presenciais, dando continuidade à implementação da Estratégia Nacional de Testes.

A Associação de Diretores de Escolas Públicas concorda com a decisão do Governo de testar em larga escala as comunidades educativas. E diz que as escolas estão prontas a abrir. Já a estrutura representativa do ensino privado queixa-se de discriminação, uma vez que o Governo só vai pagar os testes nas escolas públicas.
Festas ilegais na Caparica
No domingo, decorreram duas festas ilegais privadas na Praia da Saúde, na Costa da Caparica, concelho de Almada. Estavam cerca de duas dezenas de pessoas em cada festa.

A situação foi detetada durante uma ação de fiscalização da Polícia Marítima dirigida ao cumprimento das regulamentações impostas pelo atual estado de emergência.

Foram autuadas 16 pessoas por incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário. Oito foram também autuadas por incumprimento da limitação à circulação entre concelhos.

As restantes acabaram por fugir à polícia.
O quadro em Portugal
Foram registadas mais 28 mortes associadas à Covid-19 em 24 horas, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, conhecido ao início da tarde de domingo.

Desde o início da pandemia foram reportadas 16.540 mortes.

Havia ontem 682 novos casos de infeção.

Dos hospitais saíram dois doentes e continuam internados 1414. O número de pessoas em unidades de cuidados intensivos recuou em nove, para um total de 354.
O quadro internacional
A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 2.588.597 mortes, resultantes de mais de 116,4 milhões de casos de infeção, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse.

Um biólogo norte-americano defendeu que a pandemia poder ter nascido de um "erro honesto" num laboratório chinês.
O professor da universidade de Princeton salientou que certas características do novo coronavirus são raras na natureza e refletem uma técnica molecular usada nos laboratórios.

A posição do biólogo de Princeton junta-se de vários cientistas que exigem que a possibilidade de se ter tratado de uma fuga acidental de um laboratório seja seriamente analisada.