Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Violeta Santos Moura - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

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23h59 - Austrália deverá prolongar o confinamento em Sidney, depois do número de novos casos se manter elevado apesar das restrições à circulação aplicadas há um mês.

A cidade de Vitória e o sul do país preparam-se para aligeirar restrições a partir de quarta-feira.

23h54 - Reino Unido. Governo deverá abrir quarta-feira a entrada no país a turistas com vacinação completa oriundos da União Europeia e dos Estados Unidos, sem necessidade de quarentena.

23h50 - Kuwait aperta regras a viajantes

Kuwait vai proibir viagens ao exterior a cidadãos não-vacinados, a partir de 1 de agosto. A excepção à regra aplica-se a crianças abaixo dos 16 anos, às pessoas com certificação médica de que não podem ser vacinadas e a grávidas com certificado de gravidez passado pelas autoridades.

Todas as pessoas que cheguem ao país terão de estar munidas de um teste PCR negativo à Covid-19 antes de embarcar e não podem mostrar quaisquer sintomas, anunciou ainda a Autoridade para a Aviação do Kuwait.

Quem chegue tem de se submeter ainda a um confinamento de sete dias, a menos que se submeta a um teste PCR realizado no Kuwait, com resultado negativo.

Segunda-feira o Governo do Kuwait aligeirou algumas restrições e retomou todas as actividades excepto grandes reuniões como conferências, casamentos e eventos sociais.

23h44 - Angola soma mais de 230 novos casos, três óbitos e 56 recuperações

Angola registou 231 novos casos da covid-19, 56 recuperações e três óbitos associados à doença, totalizando 994, nas últimas 24 horas, anunciou hoje a direção nacional de Saúde Pública angolana.

A província angolana da Lunda Norte reportou o maior número de novos casos nesse período, 142, seguido pelas províncias de Luanda (37), Moxico (25), Benguela (09), Lunda Sul (07), Huíla (04), Huambo (04) e Zaire com três casos.

Segundo boletim epidemiológico do referido órgão, os três óbitos foram registados nas províncias da Huíla, Cunene e Moxico.

23h34 - Guiné-Bissau regista mais 69 novos casos

A Guiné-Bissau registou mais 69 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo dados hoje divulgados pelo Alto Comissariado para a Covid-19.

Segundo os dados, na segunda-feira foram registados mais 69 novos casos para um total acumulado de 4.281 e realizados 357 testes.

Mais 19 pessoas foram dadas como recuperadas da doença para um total acumulado de 3.830 e há 371 casos ativos no país.

23h25 - Itália. Mortes desde fevereiro verificadas quase unicamente em pessoas não vacinadas

A Itália revelou que quase 99% das vítimas mortais de Covid-19 desde fevereiro no país não tinham vacinação completa.

As pessoas com vacinação completa que morreram com Covid-19 eram significativamente mais velhas do que as falecidas sem a vacinação completa, com uma média respetiva de idades de 88,6 anos versus 80, acrescentam as autoridades sanitárias italianas.

23h07 - Brasil regista 1.333 mortes e mais de 41 mil casos em 24 horas

O Brasil registou 1.333 mortes e 41.411 casos de covid-19 em 24 horas, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do país na noite desta terça-feira.

Ao todo, o Brasil já contabiliza 551.835 óbitos e 19.749.073 infeções provocadas pelo vírus SARS-Cov-2, causador da pandemia.

O estado de São Paulo mantém a liderança absoluta em número de mortes e casos no Brasil, com um total de 137.740 vítimas mortais e 4.015.426 casos confirmados da doença.

Em relação às mortes, o segundo lugar fica com o Rio de Janeiro (58.612), seguido por Minas Gerais (49.901), Paraná (34.695) e Rio Grande do Sul (33.147).

22h44 – Autoridades dos EUA endurecem restrições e apelam a vacinação

Os norte-americanos vacinados devem usar máscaras em espaços fechados em zonas de alto risco, devido ao aumento de infeções pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, recomendaram hoje as autoridades de saúde dos Estados Unidos.

"Em áreas onde a transmissão [de covid-19] é alta, o CDC [Centro de Prevenção e Controlo de Doenças] recomenda que as pessoas totalmente vacinadas usem máscaras em locais públicos fechados", disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky, adiantando que a variante Delta fez com que a medida fosse necessária.

De acordo com os dados do CDC, o número de infeções está a aumentar drasticamente em grande parte do Sul dos EUA, mas menos no Nordeste, que é a área do país com mais vacinados.

Se a vacinação permanecer eficaz contra a variante Delta, as novas informações "indicam que, em raras ocasiões, as pessoas vacinadas […] podem ser contagiosas e transmitir o vírus a outras", ressalvou Rochelle Walensky.

"Estas novas descobertas são preocupantes e, infelizmente, justificam uma atualização da nossa recomendação", acrescentou.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, também deverá anunciar quinta-feira um requerimento aplicável a todos os funcionários federais e contratados para que se vacinem contra a Covid-19 ou aceitem submeter-se a testes regulares.

A informação está a ser avançada pela CNN, que cita fontes anónimas mas "com conhecimento da matéria". Joe Biden apenas reconheceu perante um repórter que a ideia está "em estudo".

"Assistimos a um aumento da vacinação nestes últimos dias mas devemos fazer mais", considerou Biden no comunicado em que anunciou novas etapas de combate à pandemia no país. "Quinta-feira irei apresentar novas fases no nosso esforço para que mais americanos se façam vacinar", acrescentou.

A avançar, o requerimento para a vacinação irá afetar cerca de 2.1 milhões de pessoas, se se falar apenas do pessoal civil das agências federais.

"Algo de que tenho a certeza, é que se mais 100 milhões de pessoas se tivessem vacinado, a situação seria muito diferente. Vacinem-se!" apelou Biden.

A vacinação nos EUA conheceu um pico em abril mas tem vindo a abrandar e a estagnar.

O receio leva cada vez mais instituições e empresas norte-americanas a impor aos seus funcionários a obrigatoriedade da vacinação versus testagem semanal, a partir de agosto. Foi o caso do Governo da Califórnia, da edilidade de Nova Iorque ou da agência federal de apoio aos veteranos de guerra, esta segunda-feira.

Esta terça-feira foi a vez da Ford anunciar que os seus empregados que planeiem viagens internacionais terão de ser vacinados contra a Covid-19. A construtora automobilística também voltou a impôr o uso de máscara nas suas instalações no Missouri.

O jornal Washington Post anunciou igualmente que vai exigir a vacinação como condição de contrato laboral e informou jornalistas, funcionários e colaboradores que terão de se vacinar até setembro.

O CDC deverá recomendar nos próximos dias o uso de máscaras para alunos e professores desde a infância até ao 12º ano, seja qual for a vacinação, no regresso às aulas.

22h16 – França regista mais de 26 mil novos casos

Os números da covid-19 em França continuam a subir, tendo sido detetados mais de 26 mil novos casos nas últimas 24 horas, numa altura em que metade da população adulta francesa já está completamente vacinada contra o vírus.

Nas últimas 24 horas foram detetados 26.871 novos casos de covid-19 em França, um número superior à média das últimas semanas, fazendo recear o afluxo de doentes aos hospitais franceses nas próximas semanas.

Já há 7.137 pessoas internadas nos hospitais francesas, uma subida face às últimas semanas, onde o número de doentes era de pouco mais de 6.000 e há 978 pessoas internadas nos cuidados intensivos.

O vírus persiste no país mesmo quando mais de metade da população adulta em França já está completamente vacinada contra o vírus e o Governo tem agora como novo objetivo ter pelo menos 50 milhões de franceses vacinados com a primeira dose nos próximos meses.

21h41 – Madeira regista 30 novos casos e 249 situações ativas

As autoridades madeirenses diagnosticaram 30 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, sendo metade de transmissão local, contabilizando 249 situações ativas, revelou hoje a Direção Regional de Saúde.

“Há a reportar 30 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 na Madeira, pelo que a região passa a contabilizar 10.163 casos confirmados de covid-19”, lê-se no boletim diário relativo à situação epidemiológica no arquipélago.

A DRS refere que os casos importados são do Reino Unido (6), França (4), Espanha (3) e Lisboa e Vale do Tejo (2).

No mesmo documento, é indicada a existência de 249 situações ativas, sendo 150 de transmissão local e 97 importadas.

20h26 – Portugal vai adquirir um milhão de vacinas de parceiros europeus

Portugal vai receber mais um milhão de vacinas graças à negociação com parceiros europeus. Um reforço importante, tendo em conta os atrasos e a perda de quase meio milhão de doses da Astrazeneca.

Um estudo do Instituto Ricardo Jorge demonstra que há uma elevada proteção das vacinas em pessoas acima dos 65 anos.

20h12 – Proposta prevê desconfinamento em quatro níveis de acordo com taxa de vacinação

Os especialistas no Infarmed estão de acordo em começar a aliviar as medidas de desconfinamento e mudar a matriz de risco das infecções.

Com a luz verde dos especialistas, podem terminar já as restrições nos horários de lojas e restaurantes, mas deve manter-se o certificado digital ou o teste para entrar nos estabelecimentos da restauração.

Deve desaparecer também o dever de recolhimento a partir das 23h00.

Estas decisões devem ser anunciadas no Conselho de Ministros de quinta-feira.

Os empresários da restauração são os que mais têm sofrido com os efeitos da pandemia. A exigência do certificado digital covid-19 poderá manter-se na entrada dos estabelecimentos.

20h00 – Mais de 5,3 milhões de pessoas com vacinação completa em Portugal

Neste momento, mais de 5,3 milhões de pessoas em Portugal já têm a vacinação completa contra a covid-19, o que representa 52 por cento da população de todo o país.

Os números foram avançados esta terça-feira pelas autoridades de saúde, segundo as quais mais de 6,8 milhões de pessoas têm já pelo menos uma dose da vacina (67 por cento da população).

19h53 - Incidência em Espanha sobe para 701 casos por 100.000 habitantes

A incidência acumulada de infetados por covid-19 em Espanha subiu para 701 casos por cada 100.000 habitantes diagnosticados nas últimas duas semanas, tendo-se registado 26.399 novos casos e 55 mortes nas últimas 24 horas.

Os dados hoje divulgados pelo Ministério espanhol da Saúde refletem que, embora a incidência acumulada a 14 dias tenha aumentado 1,82 pontos, a relativa a sete dias baixou quase sete pontos, e os casos na faixa etária entre 20 e 29 anos desceram 16,4 pontos, para os 1.859 casos.

A ocupação das unidades de cuidados intensivos subiu ligeiramente, para 16,59%, e o total de casos registados no país desde o início da pandemia foi 4.368.453.

19h42 - Peritos propõem teletrabalho até haver mais de 85% com vacinação completa

Os peritos consultados pelo Governo propõem a manutenção do teletrabalho sempre que possível até que se ultrapasse os 85% de população com vacinação covid-19 completa, altura em que admitem o fim da lotação reduzida no interior dos restaurantes.

Sugerem ainda que, assim que mais de 60% da população tiver o esquema vacinal completo, pode dispensar-se o uso de máscara no exterior, desde que a distância entre pessoas seja mantida.

Na apresentação feita hoje na reunião que decorreu nas instalações do Infarmed, em Lisboa, a pneumologista Raquel Duarte explicou que a proposta da sua equipa vai para a criação de quatro níveis com diferentes medidas restritivas de acordo com a taxa de vacinação.

Em todos os níveis devem vigorar três medidas gerais: ventilação e climatização adequada dos espaços, utilização de certificado digital por rotina nos espaços públicos e a autoavaliação de risco.

De acordo com a proposta, o nível 1, em que o país se encontra atualmente, contempla uma taxa de população com vacinação completa entre os 50% e 60%, no nível 2 até aos 70%, no nível 3 até aos 85% e no nível 4, o último e menos restritivo, acima dos 85%.

Enquanto a taxa de população com vacinação completa for abaixo dos 85% os peritos propõem que se mantenha o desfasamento de horários a nível laboral e o teletrabalho sempre que possível.

18h55 - Governo disponibiliza 6ME para escolas comprarem máscaras

O Ministério da Educação anunciou hoje que disponibilizou cerca de seis milhões de euros para as escolas comprarem máscaras e outros materiais e equipamentos de proteção individual contra a covid-19.

Desde o início da pandemia que o Governo assegura a distribuição de máscaras nas escolas, e vai fazê-lo novamente no próximo ano letivo.

Em comunicado, a tutela revelou que disponibilizou uma verba de cerca de seis milhões de euros para as escolas voltarem a comprar para o 1.º período este e outros equipamentos, incluindo também produtos de limpeza e desinfeção.

Ainda que o uso de máscara não seja obrigatório para os mais novos, este valor prevê a aquisição de máscaras em número suficiente para incluir os alunos do 1.º ciclo, como já tinha acontecido em março deste ano, acompanhando assim a recomendação da Direção-Geral da Saúde.

Na nota da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), que já foi enviada às escolas, são detalhados os materiais a que os seis milhões de euros se destinam: três máscaras para cada aluno, professor e funcionário, luvas e aventais para os assistentes operacionais, e desinfetante.

18h42 - Reino Unido com maior número de mortes desde março

O Reino Unido anunciou hoje 131 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número de óbitos desde março, apesar de ter diminuído, no mesmo período, o total de novos casos diários, 23.511.

Os totais de novos casos têm vindo a diminuir nos últimos sete dias consecutivos (foram registados menos mil novos casos do que na véspera), numa altura em que o Reino Unido levantou praticamente todas as restrições à pandemia numa altura em que o país acumulou mais de 5,72 milhões de infeções e quase 130 mil mortes.

Os especialistas sanitários admitiram que a diminuição de casos pode estar relacionada com o fim do campeonato da Europa de futebol, a 11 deste mês, em Londres, que atraiu multidões aos jogos.

Por outro lado, prosseguem, outra das razões passa pelo facto de o Reino Unido ter já 70% da população imunizada com as duas doses da vacina.

Paradoxalmente, o número de pessoas hospitalizadas devido à covid-19 e de mortes continua a aumentar, embora permaneçam muito menores do que durante os picos anteriores.

A 19 deste mês, o Reino Unido A Grã-Bretanha levantou a maioria das restrições à pandemia, incluindo as regras de uso obrigatório de máscaras, apesar de várias semanas de infeções crescentes causadas pela variante delta do vírus, altamente contagiosa.

18h37 - Ordem dos Enfermeiros diz que vacinação em crianças deve aguardar mais informação

A Ordem dos Enfermeiros (OE) defendeu hoje ser “prudente aguardar” por mais informação científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo sobre a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos.

“Considerando a evidência científica à data e ponderado o facto de que os benefícios para o grupo etário pediátrico saudável parecem ser limitados, entende-se ser prudente aguardar por uma maior e mais robusta evidência científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo, antes de ser tomada uma decisão de vacinação universal deste grupo etário”, refere o parecer da OE enviado à Direção-Geral da Saúde (DGS).

Apesar de defender que se deve aguardar por mais informação científica sobre a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, a Ordem dos Enfermeiros considera que a “prioridade se deve centrar no processo de vacinação de pessoas com mais de 18 anos da forma mais célere possível” face à situação epidemiológica.

Para fundamentar o seu parecer, a Ordem do Enfermeiros recorda ainda que atualmente e face à informação conhecida, “ao vacinar adultos se reduz o risco de exposição das crianças e adolescentes”.

18h27 - Agência do Brasil suspende autorização de importação da vacina Covaxin

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil anunciou hoje que suspendeu cautelarmente a autorização excecional para importação e distribuição de doses vacina indiana contra a covid-19 Covaxin, pedida pelo Ministério da Saúde.

Num comunicado, a agência reguladora frisou que “a medida prevalece até que haja novas informações que permitam concluir pela segurança jurídica e técnica da manutenção da deliberação que autorizou a importação”.

A decisão foi tomada após a Anvisa ter sido informada pela empresa indiana Bharat Biotech de que a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que intermediou a compra de 20 milhões de doses desta vacina pelo Governo brasileiro, já não tinha autorização para representar a fabricante da Covaxin no país.

Deste modo, os técnicos da Anvisa consideraram que a perda de legitimidade da empresa Precisa Medicamentos para representar o Governo perante a agência reguladora pode influenciar no cumprimento dos requisitos e condicionantes da importação.

“A decisão levou em conta ainda notícias de que documentos ilegítimos podem ter sido juntos ao processo de importação, o que pode ter impacto nas conclusões quanto aos aspetos de qualidade, segurança e eficácia da vacina a ser utilizada pela população nacional”, destacou a agência, no comunicado.

18h20 - Costa afirma que Governo está a reunir o máximo de informação antes de decidir

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo está a preparar os próximos passos no processo de abertura do país, procurando obter o máximo possível de informação científica sobre a evolução da covid-19 antes de decidir.

António Costa destacou esta linha de atuação do seu executivo através de uma mensagem que publicou na sua conta oficial na rede social Twiiter, após ter participado na após a 22.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, no Infarmed, em Lisboa.

"Reunimos hoje no Infarmed, ouvindo especialistas, investigadores e técnicos, numa altura em que o processo de vacinação progride em todo o país com sucesso, e em que os portugueses continuam a ser exemplares no cumprimento das medidas de proteção para conter a pandemia", escreveu o primeiro-ministro.


Na alusão ao Conselho de Ministros desta quinta-feira, o líder do executivo acrescentou: "Preparamos os próximos passos procurando o máximo de informação possível para o processo de tomada de decisão".

18h15 - Abaixo-assinado apelida Bolsonaro de genocida após 550.000 mortes no país

Dezenas de personalidades e organizações da sociedade civil portuguesa subscreveram um abaixo-assinado de solidariedade internacional para com o Brasil, no qual apelidam o Presidente, Jair Bolsonaro, de “genocida” após mais de 550.000 mortes devido à covid-19.

“Nós, abaixo-assinados, manifestamos a nossa solidariedade ao povo brasileiro e extrema preocupação com o projeto de destruição nacional realizado pelo Governo de Jair Bolsonaro”, referem os signatários, que acrescentam que a gestão da pandemia de covid-19, responsável por 550.502 mortes no Brasil, é “a face mais visível de um trágico empreendimento”.

Os signatários criticam a postura adotada por Bolsonaro, “que desde o início da pandemia (…) demonstrou o desprezo do Presidente e seus apoiantes para com a gravidade da situação”.

Entre as atitudes criticadas, estão discursos de minimização dos efeitos do vírus, o incitamento a ajuntamentos, o desprezo pelo uso de máscaras de proteção facial, a promoção de “remédios ineficazes” e a “recusa sistemática para a compra de vacinas”.

“É evidente o projeto genocida do Governo Bolsonaro, presente não só em suas declarações, mas também na adoção de medidas que facilitaram a propagação do vírus, em completa desconsideração para com a vida de milhares de brasileiros e brasileiras”, atiram os signatários, entre os quais figuram associações de defesa dos direitos humanos, associações culturais ou políticas portuguesas e brasileiras.

17h48 - Itália regista 4.522 novos casos e mantém tendência de aumento das infeções

A Itália somou 4.522 novos casos de covid-19 e 24 mortes nas últimas 24 horas, indicou hoje o Ministério italiano da Saúde, mostrando que o número de infeções mantém a tendência de aumento no país.

Os mais de 4.500 contágios registados desde segunda-feira representam um aumento de quase 1.000 casos em relação aos valores registados no mesmo período da semana passada, 3.558.

Com estes dados, o número total de infeções no país subiu para 4.325.046 desde fevereiro de 2020, enquanto o número de óbitos é de 127.995.

Atualmente, 189 pacientes estão internados em unidades de cuidados intensivos, mais sete do que na segunda-feira, enquanto 1.611 estão hospitalizados, mais 99.

No total, já foram administradas 65.887.953 vacinas e 30.558.065 pessoas estão totalmente imunizadas, o equivalente a 56,58% da população com mais de 12 anos.

17h30 - BE diz que é tempo de debater regresso à normalidade, reforçando vacinação e SNS

O Bloco de Esquerda defendeu hoje que este “já não é o tempo de discutir restrições às liberdades individuais” mas sim o regresso gradual à normalidade, insistindo no reforço da vacinação e do Serviço Nacional de Saúde.

“Este já não é o tempo de discutir restrições às liberdades individuais, é o tempo de discutir a forma de ganharmos a nossa normalidade na nossa vida, sem colocar em risco o controlo da pandemia”, considerou o deputado bloquista Moisés Ferreira, num vídeo enviado à imprensa, no rescaldo da reunião no Infarmed, que voltou hoje a juntar especialistas de saúde e políticos.

Referindo que o país está a entrar numa “nova fase da pandemia”, o deputado apontou que “certamente há medidas que terão que ser mantidas durante algum tempo”, nomeadamente as de proteção individual e coletiva.

“Mas não nos parece que, por exemplo, restrições horárias ao comércio, à restauração, a existência de recolhimento obrigatório, as limitações horárias a espetáculos culturais, façam já sentido neste momento”, sustentou.

Para o BE, as medidas restritivas devem ser “gradualmente substituídas por medidas de responsabilidade coletiva, de manutenção de medidas de proteção individual, mas também por medidas de reforço da saúde pública e do Serviço Nacional de Saúde”.

17h25 - Supertaça vai ter público

O Estádio Municipal de Aveiro, onde vai realizar-se a Supertaça, terá 33 por cento da lotação destinada a adeptos do Sporting CP e do SC Braga. A informação foi avançada pela Federação Portuguesa de Futebol.

“O Estádio Municipal de Aveiro, que vai receber o jogo entre Sporting CP e SC Braga referente à Supertaça Cândido de Oliveira 2021, terá 33 por cento da sua lotação preenchida por adeptos de ambos os clubes”, anunciou a entidade.

Segundo a FPF, a decisão foi tomada pela Direção-Geral da Saúde em sintonia com o Governo e a Federação Portuguesa de Futebol.

“Os lugares disponíveis no Estádio Municipal de Aveiro estão destinados apenas a adeptos dos dois clubes que ganharam direito a disputar a Supertaça Cândido de Oliveira”, salienta a FPF.

Para além das habituais condições de acesso e permanência em espetáculos desportivos desta natureza, os adeptos que assistirem ao jogo terão de cumprir os requisitos e recomendações da DGS, nomeadamente a apresentação do certificado digital que comprove a vacinação completa ou um teste negativo.

“Além destas condições, é obrigatório o uso permanente da máscara de proteção e a manutenção do distanciamento físico”, acrescenta a Federação.

17h10 - PCP quer que se “liberte a vida das famílias de restrições injustificadas”

O PCP defendeu hoje após a reunião com especialistas que se “liberte a vida das famílias de restrições injustificadas” face à pandemia de covid-19 e sejam tomadas medidas de “dinamização da atividade económica, social, cultural e desportiva”.

“Sem antecipar decisões que o Governo venha a tomar, o que o país precisa é que deixemos de viver em função do horror dos números, se liberte a vida das famílias de restrições injustificadas e se tomem medidas de dinamização da atividade económica, social, cultural e desportiva”, defendeu Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Numa declaração enviada aos jornalistas, o dirigente comunista destacou o que considerou ter sido o reconhecimento hoje na reunião no Infarmed, que voltou a juntar especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica, “da desadequação da fixação de um conjunto de restrições baseada numa matriz de risco e num conjunto de linhas vermelhas, que serviram sobretudo para justificar a aplicação de medidas restritivas”.

“O que a atual situação epidemiológica reclama, mais do que insistência em restrições, é a adoção de medidas que permitam recuperar atrasos na vacinação, a implementação da testagem e o reforço das equipas de saúde pública fundamental ao rastreio dos novos casos e dos contactos por estes realizados”, sustentou.

O PCP sublinhou que “a solução mais sólida e mais eficaz para combater a covid-19, é a vacinação rápida de todos, objetivo que exige a aquisição das vacinas em falta e a contratação de mais profissionais” e alertou que apesar do trabalho dos profissionais de saúde ainda se está “longe das necessidades”, o que imputa ao facto de o Governo não ter “diversificado a aquisição das vacinas”.

16h52 - Desconfinamento. Peritos propõem quatro níveis com regras comuns

Os especialistas pedem cautela na gestão da pandemia nos próximos meses. As máscaras e o distanciamento físico são para manter, em especial, quando há encontros alargados de pessoas.

A estratégia da equipa de Raquel Duarte, a especialista que tem aconselhado o governo nos planos de desconfinamento, defende agora quatro níveis para o alívio de medidas com o avanço, entre as várias fases, a depender da taxa de vacinação no país.

Asssim, recomenda-se ventilar espaços interiores, promover atividades ao ar livre, manter o uso de máscara e o distanciamento físico até que o país alcance a chamada imunidade de grupo.

Reportagem de Ana Isabel Costa.

16h47 - Ritmos de vacinação distintos condicionam controlo de fronteiras, diz ministra

Os diferentes ritmos de vacinação contra a covid-19 entre os países levantam dificuldades no controlo de fronteiras para vigilância da situação epidemiológica, reconheceu hoje a ministra da Saúde, que acredita, porém, na retoma da normalidade.

“Desde há vários meses que sabemos que este é um tema que mais dificuldades vai trazer. Os países não estão todos com o mesmo ritmo de vacinação, não podem todos aceder às vacinas da mesma forma”, afirmou Marta Temido aos jornalistas, após a reunião no Infarmed.

As variantes do vírus SARS-CoV-2, sustentou, “têm entrado pela circulação de nacionais de outros países”, razão pela qual defendeu a necessidade de uma atenção particular ao trabalho de monitorização de fronteiras. “Com regras é possível retomar alguma normalidade”, notou.

Por outro lado, a ministra com a tutela da área da Saúde relembrou o “esforço enorme na afetação de tempo de trabalho dos profissionais para vacinação e mais recentemente na concretização da possibilidade de receber mais vacinas”, sem deixar de indicar as últimas aquisições conseguidas para acelerar a cobertura vacinal da população.

16h30 - CDS-PP diz que é tempo de “devolver a liberdade” a pessoas e empresas

A porta-voz do CDS-PP, Cecília Anacoreta Correia, defendeu hoje que, face aos dados divulgados pelos especialistas, “é tempo de devolver a liberdade às empresas e às pessoas”, diminuindo as restrições de acesso a hotelaria, restauração e supermercados.

“Face aos dados hoje divulgados na reunião do Infarmed, o CDS entende que não é possível responder ao país com mais medidas restritivas. Mais um verão sem verão significa o fecho de muitos negócios, significa perspetivar o futuro com dívidas e desemprego para muitas famílias. Ora, isto também mata e também destrói a saúde de muitos de nós”, defendeu Cecília Anacoreta Correia num vídeo enviado aos jornalistas.

A dirigente centrista, que assistiu por videoconferência à reunião no Infarmed que voltou a juntar hoje especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição, sublinhou que, “o CDS entende que é tempo devolver a liberdade às empresas e às pessoas”.

“Ao nível da economia é fundamental diminuir as restrições que existem, nomeadamente dos horários da hotelaria, dos restaurantes, dos supermercados. É fundamental deixar exigir testes Covid para se aceder a estes serviços, porque é desproporcionada esta exigência”, argumentou.

16h25 - IL diz que desconfinamento não pode ter por base “calendários eleitoralistas”

A Iniciativa Liberal defendeu hoje que o processo de desconfinamento não pode ter por base “calendários eleitoralistas”, numa referência às autárquicas, acusando o Governo de querer aparecer como “o grande libertador” perto das eleições.

“Está na hora de libertar a economia, está na hora de libertar o país, e não gostávamos de continuar a assistir a movimentos calculistas por parte do Governo que mais não são do que decisões políticas”, apontou hoje Bruno Horta Soares, candidato da IL à Câmara Municipal de Lisboa.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, logo após a reunião no Infarmed que voltou a juntar especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica do país, o liberal voltou a insistir na antecipação do desconfinamento do país, apontando que os especialistas se focaram na “responsabilização individual”.

“Vamos naturalmente esperar por quinta-feira [dia de Conselho de Ministros] para ver o que é que o Governo nos diz, mas as decisões não podem estar a ser tomadas com base naquilo que são calendários eleitoralistas, nomeadamente das autárquicas”, vincou.

A IL disse ainda não querer esperar por “meados de setembro para, à última da hora, o Governo aparecer como o libertador do país”

“A única coisa que o Governo vai fazer vai ser devolver a liberdade às pessoas, não vai libertar ninguém”, atirou.

16h08 - Ministra da Saúde admite "abertura" para presença de público na Supertaça

A Supertaça de futebol, agendada para sábado entre Sporting e Sporting de Braga, pode vir a ter adeptos nas bancadas, admitiu hoje a ministra da Saúde, descrevendo o jogo como um possível "evento-teste" para o regresso de público.

"Em relação ao público nos eventos organizados em ambiente aberto, aquilo que ficou hoje referido pelos peritos foi que há, face a esta situação de aumento da vacinação, possibilidade de fazer essa abertura", adiantou Marta Temido, contrapondo uma "maior restrição" para eventos que decorram em espaços fechados e citando a recomendação dos especialistas para um maior arejamento desses recintos.

Em declarações aos jornalistas após a reunião no Infarmed, em Lisboa, que voltou a juntar dois meses depois peritos, membros do governo, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República para a análise da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, a governante avançou também com a possibilidade de a decisão da Supertaça ser viabilizada "como um evento-teste".

"É uma hipótese que está em cima da mesa. Ficámos mais confiantes e mais certos daquilo que eram as nossas perspetivas pelo que ouvimos nesta sessão. É possível isso, é até desejável isso, desde que as regras sejam cumpridas", observou, lembrando a importância do uso de máscara, distanciamento físico e a possível utilização de testes ou de certificados para viabilização de entrada dos adeptos.

Embora tenha aberto a porta ao regresso dos adeptos, Marta Temido evitou comprometer-se de forma definitiva sobre essa matéria e remeteu uma decisão para quinta-feira, quando se realiza o próximo Conselho de Ministros.

15h34 - PAN aponta para a necessidade de antecipar o regresso às aulas

O PAN apontou hoje a necessidade de antecipar o regresso às aulas, defendendo que é fundamental garantir que existem condições de segurança sanitária nas escolas, face às reservas que continuam a existir quanto à vacinação de crianças e jovens.

“Aquilo que é fundamental garantir, até pelas reservas que continua a haver relativamente à vacinação, é que quando regressarmos às escolas existe a capacidade de termos arejamento, qualidade do ar, distanciamento dos meninos e das meninas na sala de aula e garantir que se volta em segurança”, sustentou a porta-voz do Pessoas, Animais e Natureza (PAN), Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

Depois de ter estado na reunião no Infarmed, que voltou a juntar hoje políticos e especialistas de saúde para avaliar a situação epidemiológica do país, a deputada considerou que “para além das atividades económicas”, é necessário antecipar o regresso às aulas.

“E neste aspeto, o Ministério da Educação não pode continuar a falhar naquela que tem sido uma ausência de um planeamento mais adequado”, defendeu, apontando que os especialistas alertaram para a possibilidade de as crianças serem “um risco do ponto de vista do contágio”.

15h23 - Chega quer fim das restrições horárias e reabertura de bares e discotecas

O Chega apelou hoje ao Governo para que acabe com as restrições de horários nas restauração, comércio e serviços e que reabra setores encerrados desde o início da pandemia, como bares e discotecas.

“Temos todas as condições para o fazer agora”, afirmou, em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado único e presidente do Chega, André Ventura.

Depois de ter assistido, por videoconferência, à reunião no Infarmed que voltou a juntar hoje especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição, o deputado pediu ao executivo que no Conselho de Ministros de quinta-feira, além destas duas decisões, avance ainda com a preparação do próximo outono/inverno, através do reforço de meios e capacidade hospitalar.

Questionado sobre a vacinação de crianças e jovens entre os 12 e os 16 anos - anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, como estando pronta a avançar entre agosto e setembro, mas ainda condicionada a uma decisão final da Direção Geral da Saúde -, o líder do Chega admitiu que pode ser “uma possibilidade” para “um ano letivo mais seguro”, mas recusou comprometer-se com uma posição definitiva.

“Não gostaria de o fazer sem ter pareceres muito profundos e consensualizados da comunidade científica sobre o impacto da vacinação”, disse, apelando a um maior esclarecimento sobre este assunto para “tranquilizar os pais”.

15h12 - PSD apela ao Governo que “rapidamente” siga recomendações e altere matriz de risco

O PSD defendeu hoje que o Governo deve “rapidamente” acolher as recomendações dos especialistas e alterar a matriz de risco, apelando também a uma campanha de esclarecimento antes de se avançar para a eventual vacinação dos mais jovens.

“Finalmente, depois de uma discussão de semanas sobre a necessidade de rever a matriz de risco - os indicadores que as autoridades usam para determinar medidas mais ou menos restritivas - há um reconhecimento por parte dos especialistas de que não podemos continuar a responder à pandemia em julho de 2021 como respondíamos em março de 2020”, defendeu o vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Depois de ter assistido, por videoconferência, à reunião no Infarmed que voltou a juntar hoje especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição, o deputado recordou que os sociais-democratas já propuseram essa revisão há algumas semanas e deixou um apelo ao Governo.

“O PSD espera que o que são as recomendações dos especialistas sejam refletidas rapidamente no Conselho de Ministros e em articulação com os vários setores da economia”, disse, considerando que “há um verão inteiro pela frente” e esperança de alguns setores de recuperarem parte das perdas do último ano e meio.

Sobre a vacinação de crianças e jovens entre os 12 e 16 anos - anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, como estando pronta a avançar entre agosto e setembro, mas ainda condicionada a uma decisão final da Direção Geral da Saúde -, o médico e deputado do PSD considerou ser necessário, primeiro, “tranquilizar os pais”.

15h06 - PS diz que foi acertado marcar eleições autárquicas já para setembro longe do Inverno

O secretário-geral adjunto do PS defendeu hoje que a campanha de vacinação está a resultar, existindo condições para começar a aliviar medidas restritivas, e que foi acertado marcar as eleições autárquicas já para setembro, afastando-as do Inverno.

Esta posição foi transmitida por José Luís Carneiro após a 22.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que decorreu no auditório do Infarmed, em Lisboa, mas na qual participou por videoconferência.

O “numero dois” da direção do PS considerou que “a campanha de vacinação está a conseguir alcançar os seus resultados, permitindo diminuir a incidência da doença e reduzir o indicador de transmissão, o Rt, que hoje é de 1,04 em todo o país”.

“Isto mostra que a campanha de vacinação é um direito de todos, mas é também um dever de todos. Todos devem contribuir para que o nível de imunização ocorra em todo o país e em todas as faixas etárias”, advertiu.

Depois, o secretário-geral adjunto do PS referiu-se também a uma intervenção de um dos especialistas oradores na sessão do Infarmed, mais concretamente ao professor Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que alertou para a possibilidade de uma “onda pequena” de covid-19 no próximo Inverno.

“Como hoje se pôde ouvir por parte de um dos responsáveis de saúde pública, o Inverno comporta um acréscimo de perigosidade (cerca de 30%) em relação ao contágio. Isto mostra bem que a decisão de termos eleições autárquicas o mais cedo possível – o mais próximo do Verão possível – encontra fundamento e respaldo na própria opinião da comunidade científica”, declarou José Luís Carneiro, aqui numa crítica indireta ao PSD, que defendeu a realização de eleições autárquicas em novembro ou dezembro.

14h53 - Portugal aloja sete das 366 fábricas da UE para produção de vacinas

Portugal aloja sete das 366 fábricas que, na União Europeia (UE), participam no processo de produção de vacinas anticovid-19, nomeadamente de fabrico e de fornecimento de matérias-primas e outros componentes, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.

A informação consta do mapa interativo, hoje lançado pelo executivo comunitário, que exibe as capacidades de produção de vacinas contra a covid-19 na UE ao longo de toda a cadeia de abastecimento, passando pelo fornecimento (de matérias-primas, consumíveis, descartáveis e equipamentos), produção (fabrico e formulação), acabamentos, armazenamento e expedição e ainda por outras áreas (como investigação e desenvolvimento e serviços de gestão de ensaios clínicos).

14h44 - PEV elogia vacinação e diz que agora é “convencer os que ainda não estão convencidos”

Partido Ecologista “Os Verdes” fez hoje uma “avaliação positiva” do processo de vacinação em Portugal, salientando a importância de vacinar todos os adultos e “convencer aqueles que ainda não estão convencidos”.

“Os ‘Verdes’ consideram e fazem uma avaliação positiva do processo de vacinação”, declarou a deputada Mariana Silva, na Assembleia da República, logo após a reunião no Infarmed que voltou a juntar hoje especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição associadas ao processo de desconfinamento.

No entanto, a deputada disse acreditar que se o Governo “tivesse tido outras opções de compra noutras marcas que não aquelas que estavam restritas à União Europeia” o país poderia estar muito mais avançado no “número de pessoas vacinadas com primeira e segunda dose”.

“Para nós, o que é mais importante é vacinar todos os adultos, convencer aqueles que ainda não estão convencidos de que estando vacinados estarão mais protegidos”, acrescentou.

Esse é o “caminho” a fazer agora, continuou, e perceber até que ponto está ou não a maioria da população protegida contra a covid-19.

14h19 - Mais seis óbitos e 2316 casos confirmados em Portugal

Nas últimas 24 horas o país registou mais seis mortes e 2.316 casos de Covid-19. No total, registam-se 17.307 mortes e 956.985 casos desde o início da pandemia.

Há ainda 5.051 recuperados, de um total de 888.423 desde o início da pandemia.

O boletim da Direção-Geral da Saúde desta terça-feira dá ainda conta de uma ligeira subida no número de internamentos: mais nove pessoas internadas em enfermaria e duas em cuidados intensivos. Há nesta altura 928 internados em enfermaria e 200 pessoas nos cuidados intensivos.

Quanto à distribuição geográfica, o Norte apresenta o maior número de casos, com 920 novas infeções e um óbito. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 835 novos casos e quatro óbitos.

No Centro, contabilizam-se mais 283 casos e um óbito. Segue-se o Algarve com mais 147 casos e o Algarve com 66 novos casos.

Nas regiões autónomas, os Açores contabilizam 34 novos casos e a Madeira mais 31 casos de infeção.

14h08 - Marta Temido admite possibilidade de público em eventos organizados em espaços abertos

Nos eventos organizados em ambiente aberto, onde há lugares marcados e é mantido o respeito por um conjunto de regras, a ministra da Saúde afirma que houve uma abertura por parte dos especialistas do Infarmed relativamente à presença de público.

“Há uma maior restrição relativamente a eventos em espaços fechados”, sublinha, destacando que aqui mantém-se a obrigatoriedade de uso de máscara.

14h06 - Limiar de alerta para os cuidados intensivos aumenta para 255

“O que recolhemos em termos de recomendações dos peritos foi a variante Delta que está já prevalente em mais de 95 por cento do território nacional e, por outro, sabemos que temos mais de nove milhões de portugueses a viver em concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, o que permitirá alguma uniformidade de medidas”, anunciou Marta Temido.

A ministra da Saúde avançou ainda que o limiar de alerta para os cuidados intensivos passou dos 245 para 255 camas ocupadas. "Foi também recomendado que pudéssemos tornar mais uniforme a nossa comunicação com outros indicadores, como a positividade, o acompanhamento de novos casos e internamentos", acrescentou.

14h04 - Vacinação de jovens entre os 16 e 18 anos e acima dos 12 anos em caso de comorbidades “está já clarificada”

À saída da reunião do Infarmed, a ministra da Saúde anunciou que uma das questões que estará em cima da mesa no próximo Conselho de Ministros, na quinta-feira, será a questão da vacinação entre os adolescentes.

Marta Temido adiantou aos jornalistas que neste momento “está já clarificada a decisão de vacinação de adolescentes dos 18 aos 16 anos”, assim como “a vacinação entre os 12 e os 16 anos em casos de comorbidades, que nos vão ser agora listadas pela DGS”.
“Estamos já preparados para vacinar estas faixas etárias em termos logísticos, dependemos agora desta avaliação técnica” da DGS, acrescentou Marta Temido.

13h50 - Açores com 43 novos casos de infeção e 66 recuperações

Os Açores diagnosticaram, nas últimas 24 horas, 43 novos casos positivos de covid-19, sendo 29 em São Miguel, 11 na Terceira, dois em São Jorge e um no Pico, e 66 recuperações, informa hoje a Autoridade de Saúde.

13h40 - Rússia já ultrapassou as 150.000 mortes com a pandemia

A Rússia já regista 155.380 mortes com covid-19, 779 das quais nas últimas 24 horas, informaram hoje as autoridades de saúde russas, que se mostram preocupadas com o aumento da mortalidade.

As autoridades estão alarmadas com as estatísticas de mortes em excesso desde o início da pandemia, que triplicam os números oficiais de mortes diretas com o novo coronavírus e fazem da Rússia um dos países do mundo mais afetados pela pandemia.

Nas últimas 24 horas, as autoridades russas detetaram 23.032 novos casos de covid-19, que totalizaram mais de 6,17 milhões registados desde o início da pandemia.

13h30 - Bruxelas defende reabertura dos EUA a viajantes da UE após restrição a Portugal

A Comissão Europeia defendeu hoje existirem “fortes razões” para os Estados Unidos abrirem as suas fronteiras a viajantes da União Europeia (UE), não comentando a nova restrição norte-americana a Portugal, após o país ter considerado como destino a evitar.

“Estamos em estreito contacto com a administração norte-americana sobre a questão do reinício seguro de todas as viagens entre a UE e os Estados Unidos […] e recebemos garantias de que esta é uma questão de alta prioridade” para o lado norte-americano, declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área dos Assuntos Internos, Adalbert Jahnz.

Notando existirem contactos técnicos entre Bruxelas e Washington para ultrapassar a proibição de viagens norte-americanas, adotada devido à pandemia de covid-19, Adalbert Jahnz acrescentou acreditar que existem “fortes razões para os Estados Unidos reabrirem aos viajantes da Europa”, numa altura em que 57% dos europeus está totalmente vacinado e 70% recebeu a primeira dose da vacina.

13h20 - 200 mil vacinas da Astrazeneca chegaram esta manhã a Portugal

Chegaram esta manhã ao aeroporto de Figo Maduro 200 mil vacinas da Astrazeneca provenientes da Hungria. As vacinas foram transportadas por um avião de carga da Hungria.
O ministro dos negócios estrangeiros da Hungria diz as vacinas foram vendidas ao preço pelo qual tinham sido adquiridas. Augusto Santos Silva destacou como um exemplo de solidariedade entre Estados.

13h11 - Vacinação UE. 57% da população adulta já tem processo completo

70% da população adulta da União Europeia já recebeu uma dose da vacina contra a covid-19 e mais de metade, 57%, já está completamente vacinado. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia que, no entanto, voltou a apelar à necessidade da vacinação de toda a população, para contrariar o aparecimento de variantes perigosas.


12h57 - Portugal compra à Hungria vacinas para doações a países lusófonos

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, elogiou hoje o “espírito da cooperação europeia” que permitiu a Portugal adquirir à Hungria 200 mil doses de vacinas anticovid-19 para reforçar a cooperação com países lusófonos.

O acordo com a Hungria “mostra bem o espírito da cooperação europeia”, disse Augusto Santos Silva na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, tendo a seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Externo húngaro, Péter Szijjártó, que chegou hoje a Lisboa para uma visita de trabalho.

12h54 - Madeira começa a vacinar jovens a partir dos 12 anos no sábado

A Madeira vai começar a vacinar os jovens a partir dos 12 anos no próximo sábado com a administração das vacinas recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento, anunciou esta terça-feira o secretário da Saúde desta Região Autónoma.

12h53 - Mais de 17.000 números de utente atribuídos a imigrantes para a vacina

Mais de 17.000 números nacionais de utente foram atribuídos a imigrantes sem este documento em Portugal, para que estes recebam a vacina contra a Covid-19, os quais já começaram a ser chamados para a vacinação, adianta a agência Lusa.

12h51 - 4,17 milhões de mortos em todo o mundo

A pandemia provocada pelo coronavírus já fez pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo segundo o balanço diário da agência France-Press.

Neste balanço com base em fontes oficiais, mais de 194.611.850 pessoas foram infetadas pela Covid-19 desde o início da pandemia.

Na segunda-feira, registaram-se 7.731 mortes e 541.492 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência.

12h25 - Ferro Rodrigues insiste em dados sobre vacinados e certificado digital

O presidente da Assembleia da República também pediu para intervir no final da reunião. Destacou a importância de transmitir "abudantemente" os números sobre as percentagens de não vacinados nos novos casos, enfermarias, cuidados intensivos e óbitos.

Uma informação "importante para todos os portugueses e pode ser muito importante para o processo de vacinação", ressalva Ferro Rodrigues.

O presidente da AR sublinha ainda a importância do certificado de vacinação no momento de transição em que o país se encontra, apelando à sua utilização em várias áreas, desde a restauração, à hotelaria e ao desporto.


12h09 – Marcelo Rebelo de Sousa: “Onde avança a vacina, recua o vírus”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou depois dos especialistas e começou por sublinhar a importância das sessões do Infarmed. Das várias intervenções, o chefe de Estado destaca que se conclui: “Onde avança a vacina recua o vírus”, com a incidência a ser mais grave nos menos vacinados ou em quem só tem uma toma.

Este efeito é “visível em todas idades”, mesmo nos grupos de risco, onde “só uma pequena parte é que está internada ou em UCI”, sendo que se tratam de “casos esporádicos” e “marginais”.
Destaca ainda que o R(t) tem vindo lentamente a descer em todas as regiões, “o que podemos associar à vacinação”, conclui.

Numa altura em que a variante Delta é “esmagadora” em Portugal, Marcelo destaca a “efetividade das vacinas” em todas as idades. Dados que são importantes para os portugueses que acreditam na vacinação, mas sobretudo para “a minoria que ainda tem dúvidas sobre a vacinação”.

O Presidente da República ressalvou ainda o esforço dos especialistas no sentido de incluir outros fatores de ponderação para “completar e enriquecer a matriz de risco”, nomeadamente os internamentos em cuidados intensivos, a letalidade e o avanço da vacinação e destacou a intervenção de Henrique de Barros, sobre o impacto da Covid-19 no próximo inverno.

Voltando à vacinação, Marcelo Rebelo de Sousa destaca que Portugal tem uma das maiores taxas de aprovação na Europa e que o processo de vacinação está a decorrer a um ritmo “excecional”.

Na visão do PR, os portugueses estão a perceber que a vacinação “faz a diferença”. “Estou um bocadinho irritantemente otimista”, conclui.

12h05 - Adolescentes com 16 e 17 anos começam a ser vacinados a partir de 14 de agosto

A 14 de agosto inicia-se a vacinação dos adolescentes dos 16 aos 17 anos, anunciou Gouveia e Melo.

Já a vacinação das crianças entre os 12 e 15 anos arrancará nos dois fins-de-semana a seguir, mas apenas se a DGS aprovar a vacinação nesta faixa etária, sublinhou o responsável pela task-force.

“Esta faixa da população ainda é muito significativa. As crianças até aos 15 e 16 anos são cerca de 1,5 milhões de pessoas e, portanto, em termos de suscetíveis ao vírus é uma quantidade muito elevada e com grande mobilidade e contacto comunitário”, explica Gouveia e Melo.

O vice-almirante acrescentou que foi também enviado um pedido à DGS para encurtar o intervalo entre as duas doses.

12h00 - Gouveia e Melo espera atingir meta dos 70 por cento de vacinados com uma dose a 8 de agosto

“Vamos atingir os 70 por cento de primeiras doses à volta do dia 8 de agosto e 70 por cento das segundas doses em finais de agosto e inícios de setembro”, anunciou o vice-almirante Gouveia e Melo, responsável pela task-force da vacinação.

11h48 – Especialistas identificam valores mais elevados de resistência à vacina

Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, refere que há 25 por cento de resistentes à toma da vacina dos 26 aos 45 anos e de 20 por cento, dos 46 aos 65 anos. Por isso, as faixas etárias mais ativas são também as que apresentam maior resistência, tendo respondido “não vou tomar” ou “ainda não decidi”.

Dos inquiridos “70 por cento dos que responderam já iniciaram processo de vacinação”. Carla Nunes adianta que a maior resistência à vacina “é normal” e tende a aumentar perante o avanço do processo de vacinação.

Os principais motivos apontados pelos resistentes à vacinação são: “Sente que não tem informação suficiente”, “Tem receio de desenvolver efeitos secundários” e ainda “Pensa que esta vacina não é eficaz”.

11h37 – Grande maioria dos portugueses acredita no fim das restrições só no próximo ano

Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, analisou as perceções sociais sobre a Covid-19. A grande maioria dos portugueses (70,9) estima que o fim de restrições só acontecerá no próximo ano. Há ainda 12 por cento a admitir que as restrições nunca sejam levantadas. Apenas dez por cento acredita que restrições chegam ao fim em setembro.
Sobre a perceção dos portugueses sobre a adequação das medidas implementadas pelo Governo, a especialista destaca que 42,7 por cento consideram que as medidas são pouco ou nada adequadas. Este indicador tem apresentado muitas oscilações ao longo da pandemia e desde maio de 2021 tem um aumento muito expressivo. Em maio era de cerca de 20 por cento.

11h25 - Henrique Barros apela à vacinação das crianças para evitar “pico de casos” no Inverno

Mesmo com pouco mais de 50 por cento das pessoas com o esquema vacinal completo, Henrique Barros prevê um Inverno “no qual a vida se pode aproximar muito daquilo que era antes”.

No entanto, o perito sublinha que “para isso é fundamental a vacinação das crianças”. “Se nós não vacinarmos as crianças iremos ter um pico inequívoco de casos, portanto está nas nossas mãos resolver o problema”, alerta Henrique Barros.

11h20 - Inverno poderá trazer uma “nova onda pequena” de casos

Henrique Barros, Presidente do Conselho Nacional da Saúde (CNS), apresentou o que se pode esperar para o Inverno.

O perito explicou que existe uma “excelente relação” entre a queda das temperaturas mínimas e o aumento do número de casos de Covid-19. Por esse motivo, e assumindo um aumento de casos e uma taxa de vacinação de 70 por cento na população adulta, Henrique Barros prevê “uma nova pequena onda” de infeções no próximo Inverno, que terá, porém, “pouco relevo nos internamentos e nas mortes”.


11h16 – “É mais prudente apostar na vacinação mantendo, para já, as medidas de prevenção individuais”

Nos eventos de grandes dimensões em interior, Raquel Duarte propõe um aumento da lotação nos vários níveis, à medida que avança o desconfinamento.

Quanto à circulação espaços públicos ao ar livre, deve manter-se a utilização da máscara. A partir do nível 2, a circulação poderá ser feita sem máscara, mas mantendo a distância, recorrendo-se à máscara apenas quando não é possível manter o distanciamento.

Raquel Duarte voltou a insistir na questão da ventilação e climatização adequada, mantendo as janelas abertas e até mesmo monitorizar a qualidade do ar em espaços fechados.

“É mais prudente apostar na vacinação mantendo para já as medidas de prevenção individuais”, permitindo uma maior abertura da atividade em segurança, estando protegidos e reduzindo o “risco de futuras restrições”, completou.

11h03 – Raquel Duarte destaca importância da ventilação, certificado digital e autoavaliação de risco

Raquel Duarte, especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, tem aconselhado o Governo em matéria de desconfinamento. A especialista apresentou na sessão de hoje uma proposta de continuidade para o plano de redução das medidas restritivas de controlo da pandemia.

Essa proposta tem em conta o desconfinamento de outros países, desde logo o exemplo do Reino Unido, mais arriscado, ou de Israel, mais cauteloso.
A especialista salienta a importância da ventilação nos espaços interiores já a pensar no outono e no inverno, mas também a necessidade de uma maior responsabilização individual, à medida que avança o desconfinamento, com uma “autoavaliação do risco”: cumprir o distanciamento, preferir ambientes abertos, evitar aglomerados populacionais, usar máscara em ambientes fechados, públicos ou sempre que não seja possível manter distância.

O país deve “avançar no desconfinamento tendo em conta a taxa de vacinação”, sublinhou.

Raquel Duarte enfatizou de novo a importância da ventilação e climatização adequada nos espaços fechados, incluindo transportes públicos. Recomenda a utilização do certificado digital por rotina nos espaços públicos

No contexto laboral, deve manter-se o distanciamento e teletrabalho sempre que possível. Na restauração, aumenta do número de pessoas à volta de uma mesa à medida que o desconfinamento for avançando.

10h55 - “Atrasando o momento de levantamento de medidas, vamos dar tempo à vacinação e à proteção conferida pela vacina”

Na sua apresentação, Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, explicou que foram estudados vários países para analisar a cobertura vacinal para definir o levantamento de medidas.

Tendo em conta o exemplo do Reino Unido, a especialista explica que o levantamento de medidas “implica a aceitação da circulação do vírus, de um elevado número de casos, e isso pode ter consequências”. Andreia Leite explica que passa, nomeadamente, por aceitar a possibilidade de Covid longa e o aparecimento de novas variantes.
A especialista explicou ainda que analisando a primeira simulação, “ao atrasar o momento de levantamento de medidas não farmacológicas vamos dar tempo à vacinação e vamos ter a proteção conferida pela vacina”, o que se traduz num pico de “menor número de camas em UCI”.

A especialista sugere, assim, manter os indicadores da matriz de risco, mas "atualizar os limiares de incidência", aumentando para 480 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.

10h47 – Especialista alerta para desproteção de idosos no período entre doses

Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, destaca que há um aumento da efetividade comparando uma dose e duas doses, sendo que o esquema completo confere uma proteção muito mais completa.

No período entre doses já existe “alguma efetividade”, sendo que a vacina confere alguma proteção, mas não está “no seu expoente máximo”, alerta a especialista.

Conclui-se que existe uma “elevada efetividade da vacina mRNA para população acima dos 65 anos”.

10h43 – Elevada efetividade da vacina contra hospitalizações dos mais idosos

Sobre a efetividade da vacinação, Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, adianta que a efetividade da primeira dose de uma vacina mRNA (Pfizer ou Moderna) é de 37 por cento para o grupo entre os 65 e os 79 anos e de 35 por cento acima dos 80 anos.

Com duas doses, a efetividade sobe para 78 por cento no grupo entre os 65 e os 79 anos e 68 por cento acima dos 80 anos. (passados 14 dias).
Ausenda Machado destaca a elevada efetividade da vacina sobretudo ao evitar hospitalizações entre o grupo dos mais idosos (mais de 80 anos). Uma efetividade na ordem dos 85 por cento.

10h35 - Crescimento da variante Delta foi acompanhado por um crescimento exponencial do número de casos

João Paulo Gomes explica que quando a variante Delta começou a crescer exponencialmente, “ela foi acompanhada, também de uma forma exponencial, por um aumento do número de casos no nosso país, o que vem confirmar que se trata de uma variante muito mais transmissível”.

10h32 - Variante Delta com uma prevalência superior a 95% em todas as regiões

João Paulo Gomes acrescentou que todas as regiões de Portugal têm a variante Delta como dominante, sendo a Madeira a única região onde esta tem uma menor prevalência, mas ainda assim está acima dos 95 por cento.

10h30 – Variante Delta tem uma prevalência nacional de 98,6 por cento

João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, fez uma análise sobre a vigilância das variantes genéticas do novo coronavírus em Portugal.

A variante Alpha, anteriormente designada por variante do Reino Unido, teve uma tendência crescente até maio “e a partir daí teve uma tendência decrescente sendo substituída pela variante Delta”. Hoje, esta variante tem uma expressão “totalmente residual”.

Em maio, a variante Delta rondava os cinco por cento em termos de prevalência nacional “e em LVT estimamos que estivesse já em cerca de dez por cento”.
Esta variante, originária da Índia, “passou a ter um crescimento exponencial” entre junho até hoje, “onde ela é totalmente dominante”. Nas últimas semanas, esta variante teve uma representação nacional acima dos 90 por cento e neste momento estamos com cerca de 98 por cento.

O especialista sublinhou que se somarmos a mutação da variante Delta, conhecida por Delta Plus, temos uma prevalência de 98,6 por cento da variante Delta em Portugal.

10h25 – Menos pessoas internadas nas faixas etárias com maior peso nos internamentos em vagas anteriores

Há muito menos casos nos grupos com maior cobertura da vacinação, o que não acontece na população adulta mais jovem. Ana Paula Rodrigues destaca que há menos pessoas internadas nos grupos que tinham maior peso nas vagas anteriores.

“A magnitude da pressão sobre os serviços de saúde é menor”, destaca.

Quanto à letalidade, há uma “tendência decrescente em todos os grupos etários”, em particular entre os mais idosos. Um reflexo da vacinação, indica Ana Paula Rodrigues.

“Temos um decréscimo importante no risco de morte”, aponta.

Ainda assim, o risco de morrer de infeção é ainda um risco significativo, o que justifica “medidas específicas nestes grupos”. Nesta faixa etária também dos mais idosos, grande parte dos óbitos ocorreu com pessoas não vacinadas.

10h24 – “Epidemia a diferentes velocidades”

A segunda intervenção é de Ana Paula Rodrigues sobre a evolução da incidência e transmissibilidade. A especialista fez a comparação entre o atual momento e a segunda onda epidémica, ou seja, entre o outono do ano passado e o momento atual.

Nesta altura há uma aproximação do Rt a 1, pelo que Portugal deverá estar próximo do pico da epidemia a nível nacional.

Na comparação com há dois meses, aquando da última reunião do Infarmed, houve crescimento da incidência em todas as regiões do país, sendo que a pandemia evolui “a diferentes velocidades”.
Continua a haver incidência elevada no Algarve e em Lisboa e Vale do Tejo, mesmo com o R(t) mais reduzido. Os dados indicam uma “provável inversão da onda epidémica” e a redução do número de casos.

Ana Paula Rodrigues destacou ainda a situação no Norte e na Madeira têm um elevado Rt neste momento, embora incidências mais baixas.

10h20 - Mortalidade com tendência crescente, apesar de “atenuada pela vacinação”

Relativamente à mortalidade, esta reflete uma tendência crescente, “mas muito diferente daquilo que já foi e muito atenuada pelo esforço de vacinação”, afirma Peralta Santos.

Portugal regista dez mortes por milhão de habitantes.

10h15 - Apenas dois por cento dos internados em enfermaria e cinco por cento em UCI tinham esquema vacinal completo

Até à semana de dia 26, André Peralta Santos afirma que em enfermaria predominavam as pessoas que não tinham ainda iniciado o esquema vacinal, sendo que só dois por cento tinham o esquema vacinal completo. Nos internamentos em UCI, apenas cinco por cento tinham esquema vacinal completo.

O especialista sublinha que “é muito notória a redução do risco de hospitalização consoante vamos progredindo no esquema vacinal”, afirmando que existe uma “redução de risco de mais de três vezes de hospitalização se tiver infetado”.

10h10 - Faixa etária com maior ocupação em UCI é dos 40 aos 79 anos

Relativamente às hospitalizações, André Peralta anunciou que desde o início de junho se tem observado uma tendência crescente e a taxa de ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) é de 78 por cento relativamente ao valor de referência de 255 camas.

Verifica-se ainda uma tendência crescente nas faixas etárias acima dos 20 anos. “É na faixa dos 20 aos 79 que há maior ocupação em enfermaria”, afirma o especialista. Em UCI, a faixa que tem maior ocupação é a dos 40 aos 59 anos.

10h00 – Incidência com tendência “crescente a estável”

André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS), deu início à reunião do Infarmed, onde anunciou que a incidência é superior a 400 casos por 100 mil casos, com uma média diária de casos de três mil.

“A velocidade de aumento tem vindo a diminuir e a tendência é neste momento ligeiramente crescente a estável”, afirmou.

O especialista acrescentou que os focos de maior incidência são na Área Metropolitana de Lisboa (AML), na Área Metropolitana no Porto (AMP) e Algarve.
Na AML, existem hoje muitos concelhos e freguesias com uma tendência decrescente da incidência e “é notório a evolução  positiva na semana de 12 a 18 de julho para a semana de 19 a 25 de julho”.

Na AMP, “há mais zonas com crescimento”, mas Peralta Santos sublinha que esta região “iniciou o processo de aumento da incidência depois da AML” e por isso é natural que tenha algum atraso no início da descida.

9h25 - Ordem dos Médicos reitera necessidade de nova matriz de risco

A Ordem dos Médicos propõe uma alteração da matriz de risco que contemple a nova realidade das vacinas, das mortes e dos doentes em cuidados intensivos.

9h08 - UE atinge meta de 70% de adultos vacinados com primeira dose

A União Europeia atingiu esta terça-feira a meta dos 70 por cento de adultos vacinados contra a Covid-19, ainda com a primeira dose, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia, que fala num "marco importante" para a luta contra a pandemia.

"Hoje, atingimos um marco importante, tendo 70% da população adulta da UE recebido uma primeira dose de uma vacina anticovid-19. É um momento de que a UE se pode orgulhar coletivamente", declara a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa reação enviada à agência Lusa.

A responsável pela tutela sanitária diz também estar "satisfeita por 57% dos adultos da UE estarem agora totalmente vacinados, com mais cidadãos a serem vacinados todos os dias".

"As projeções mostram que vamos atingir o nosso objetivo de assegurar uma vacinação completa de pelo menos 70% até ao final do verão", sendo essa a grande meta estipulada por Bruxelas, acrescenta.

Ainda assim, Stella Kyriakides vinca nesta posição enviada à Lusa que "agora não é o momento de ser complacente e baixar a guarda".

"A ameaça de variantes mais transmissíveis está presente e é real, com o número de casos a aumentar novamente em todos os Estados-membros e alguns a ficarem preocupantemente para trás na vacinação", assinala a responsável, pedindo aos "cidadãos para que confiem na ciência e se vacinem, para se protegerem a si próprios e aos outros à sua volta".

"Precisamos de fechar a lacuna da imunidade e a porta para novas variantes e as vacinas devem ganhar a corrida sobre as variantes", insiste Stella Kyriakides, numa alusão nomeadamente à estirpe Delta, detetada na Índia e mais transmissível do que qualquer outra.

8h45 - Insónia duplica em Portugal durante a pandemia, revela inquérito

Estar em casa, sozinho ou com toda a família, continuamente, mexeu com as rotinas de muitos portugueses. A amostra de 940 indivíduos, que foi inquirida sobre a qualidade do sono revela que, antes da pandemia, sete por cento de portugueses passavam as noites em claro. Com as incertezas da Covid-19 e o segundo confinamento a percentagem subiu para 17 por cento.

8h16 - Mais de 11.300 suspeitas de reações adversas às vacinas

Mais de 11.300 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a Covid-19 foram registadas em Portugal. Houve ainda 68 casos de morte comunicados em idosos.

De acordo com o último relatório a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, até ao dia 22 de julho foram notificadas 11.314 reações adversas (uma por cada 1.000 vacinas administradas), a maior parte (6.485) referentes à vacina da Pfizer/BioNtech (Comirnaty), seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 3.480, a da Moderna (Spikevax), com 970, e a da Janssen, com 379 casos.

Os dados do Infarmed indicam que por cada 1.000 doses administradas foram comunicadas uma reação adversa no caso das vacinas da Pfizer (Comirnaty), Moderna e Jansen, enquanto no caso da caso da AstraZeneca (Vaxzevria) o valor passa para 1,7.

No entanto, frisa o Infarmed, "face ao número total de vacinas administradas, verifica-se que as reações adversas às vacinas contra a Covid-19 são pouco frequentes (cerca de 1 caso em mil inoculações) e esta relação tem-se mantido estável"

No total de 11.002.983 doses administradas em Portugal continental e nas Regiões Autónomas, o Infarmed registou 11.314 casos de reações adversas, das quais 4.015 graves (36%), entre elas 68 casos de morte entre pessoas com uma média de 78 anos de idade.

"Os casos de morte ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 78 anos e não pressupõem necessariamente a existência de uma relação causal entre cada óbito e a vacina administrada, decorrendo também dentro dos padrões normais de morbilidade e mortalidade da população portuguesa", escreve o Infarmed.

7h42 - Quase 70% dos internados em UCI têm menos de 59 anos

De acordo com os dados recolhidos pela Ordem dos Médicos, quase 70% dos doentes com covid-19 em unidades de cuidados intensivos (UCI) têm menos de 59 anos. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirma à agência Lusa que estes dados refletem o efeito da vacinação.

Os dados até 12 de julho mostram que 68,1 por cento dos doentes com Covid-19 em UCI tinham menos de 59 anos, 26,4 por cento dos quais na faixa etária entre os 50 e os 59 anos, 23,9 por cento com idades entre os 40 e 49 anos e apenas 12,3 por cento entre os 30 e 39 anos. Já os doentes nestas unidades entre os 20 e os 29 são uma minoria (5,5 por cento).

Nas enfermarias, 50 por cento tem menos de 59 anos. Os mais idosos destacam-se, no entanto, com 18,4% dos doentes na faixa etária acima dos 80 anos, mas o bastonário da Ordem dos Médicos sublinha que os casos mais graves são menos frequentes e em cuidados intensivos apenas 1,8% dos internados pertenciam a esse grupo.

"O efeito da vacinação faz-se notar", sublinha o bastonário da Ordem dos Médicos, considerando que o facto de 67% da população já ter recebido, pelo menos, a primeira dose da vacina contra o SARS-CoV-2 é um dos principais fatores explicativos da evolução da pandemia, sobretudo ao nível de óbitos e internamentos.

7h30 - EUA voltam a colocar Portugal na lista de destinos a "evitar viajar"

Os Estados Unidos incluíram novamente Portugal à lista de países em que recomenda a "evitar viajar", colocando-o no nível "muito alto", devido ao agravamento da pandemia da Covid-19.

Os avisos de viagem foram emitidos com base na recomendação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), que colocaram Portugal e Espanha no "nível 4", devido à pandemia.
Mais de metade da população portuguesa com a vacinação completa

Em Portugal, 52,4 por cento da população já tem a vacinação completa. O número foi avançado à RTP pela equipa do plano nacional.

Há ainda 66,6 por cento da população com a primeira dose da vacina.

Portugal está agora a comprar vacinas a outros países. É o caso da Hungria, Bulgária e Itália. Algumas são aquisições diretas, outras para reembolsar depois.
Partidos querem aceleração do desconfinamento

Os partidos defendem um aceleramento do processo de desconfinamento no mês de agosto. CDS, Verdes, Chega e Iniciativa Liberal dizem que é tempo de levantar as restrições horárias, apesar de o número de casos ainda não ter descido significativamente.

Estas preocupações foram levadas na segunda-feira ao Presidente da República, que recebe todos os partidos até quarta-feira.

Peritos e políticos reúnem-se no Infarmed dois meses depois

O Infarmed acolhe esta terça-feira a primeira reunião entre peritos e políticos nos últimos dois meses para avaliar a situação epidemiológica da Covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a ministra da Saúde, Marta Temido, e representantes dos partidos políticos vão ouvir as intervenções de diversos especialistas a partir das 10h00.

Além da habitual análise da evolução epidemiológica e da monitorização de variantes do vírus SARS-CoV-2 em Portugal, sobressaem as palestras dedicadas à efetividade da vacina contra a Covid-19 e ainda à avaliação de risco na era da vacinação.