Covid-19. Governo chinês indica queda de 97,6% no número de mortes

por Lusa
O surto de covid-19 parece querer abrandar na China Tyrone Siu - Reuters

O Centro de Controlo de Doenças da China assegurou que o número de mortes por covid-19 nos hospitais do país diminuiu 97,6% face ao pico registado em 4 de janeiro.

O número de mortes em hospitais devido à doença caiu do máximo diário de 4.273 para 102 registadas na segunda-feira, avançou o centro, num relatório divulgado na quarta-feira à noite.

Já o número de internamentos por covid-19 atingiu o valor máximo de 1,6 milhões em 5 de janeiro, começando depois a cair até aos 60 mil internamentos registados na segunda-feira, o que representa uma quebra de 96,3%, apontou.

O número de internados com sintomas graves de covid-19 atingiu o pico a 5 de janeiro, com 128 mil, caindo depois para dois mil registados na última segunda-feira.

Especialistas chineses e internacionais alertaram que o período de férias de Ano Novo Lunar, entre os dias 21 e 27 de janeiro, podia resultar numa nova onda de infeções e pressão hospitalar nas zonas rurais, com recursos de saúde escassos, devido ao elevado número de deslocamentos.

A empresa britânica de análise de dados na área da saúde Airfinity previu que o país podia registar cerca de 36 mil mortes por dia, naquela semana de férias.

O Centro de Controlo de Doenças chinês indicou recentemente ter registado 3.278 mortes por covid-19 em hospitais entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro.

Depois de quase três anos de rigorosas medidas antipandemia, como confinamentos e encerramentos fronteiriços quase totais, a China começou a abandonar a política "zero covid", no início de dezembro, e a 8 de janeiro baixou a gestão da doença da categoria A - o nível de perigo mais elevado - para a categoria B, marcando efetivamente o fim desta estratégia.

Desde 11 de março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia e desde 30 de janeiro de 2020 uma emergência de saúde pública internacional.

 

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