O chefe de Estado, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e líderes partidários reúnem-se esta segunda-feira com especialistas para avaliar a situação da covid-19 em Portugal, antes de nova renovação do estado de emergência.
Parte dos participantes, na sua maioria especialistas, deverão fazer as suas intervenções a partir das instalações do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa.
Nas reuniões do Infarmed participam também dirigentes das centrais sindicais e confederações patronais e os membros do Conselho de Estado.
Nas últimas sessões, as intervenções iniciais dos especialistas têm sido transmitidas na Internet através das redes sociais do Governo, o que está previsto que aconteça novamente na segunda-feira.
O atual período de estado de emergência termina às 23h59 de 1 de março. A próxima renovação terá efeitos entre 2 e 16 de março.
Para o decretar, o Presidente da República tem de ouvir o Governo e de ter autorização da Assembleia da República, que nas últimas três renovações foi dada com votos a favor de PS, PSD, CDS-PP e PAN, abstenção do BE e votos contra de PCP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.
Presente e futuro
Os estabelecimentos de ensino foram entretanto encerrados, a partir de 22 de janeiro, primeiro com uma interrupção letiva por duas semanas, e depois com aulas em regime à distância.
O decreto do estado de emergência em vigor prevê que seja definido um plano faseado de reabertura das aulas presenciais, inclui uma ressalva a permitir a venda de livros e materiais escolares e admite limites ao ruído em certos horários nos edifícios habitacionais para não perturbar quem está em teletrabalho.
Sobre o futuro desconfinamento, advertiu: "Temos de, durante essas semanas, ir estudando como, depois da Páscoa, evitar que qualquer abertura seja um novo intervalo entre duas vagas".
Em Portugal, já morreram mais de 15 mil doentes com covid-19 e foram contabilizados até agora mais de 797 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca esta doença, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).