Desinformação sobre Covid-19. YouTube retira vídeos de Bolsonaro

por Carla Quirino - RTP
Amanda Perobelli - Reuters

A gigante plataforma digital diz não permitir conteúdos que forneçam informações enganadoras sobre a Covid-19. Por isso, decidiu remover 15 vídeos partilhados pelo Presidente brasileiro em que o uso de máscaras é desvalorizado para prevenir a propagação da doença.

Jair Bolsonaro tem feito uso de todas as plataformas de comunicação para passar a mensagem contra confinamentos, máscaras e vacinas, desde o início da pandemia.

Depois do Twitter e do Facebook, o YouTube vem também demonstrar desagrado sobre informações veiculadas pelo Presidente brasileiro.
 
O YouTube, noticia a BBC, removeu 15 vídeos, decisão baseada em princípios éticos de conteúdo e não em ideologia ou política.

Um dos videos em causa mostra Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do Brasil, a comparar a Covid-19 com a SIDA.

"Após a pandemia do HIV, o HIV continua a existir. Ainda há alguns contaminados, a maioria é tratada e a vida continua", declarou Pazuello.

Num outro vídeo, retirado de uma emissão da CNN, um médico brasileiro recomendou hidroxicloroquina e ivermectina como tratamentos contra o SARS-CoV-2.

O YouTube diz "não permitir partilhas de conteúdos que promovam qualquer uma das substâncias como um tratamento eficaz da Covid-19".

A gestão da plataforma digital sublinha as regras do Youtube "proíbem vídeos que dizem que as máscaras não ajudam a prevenir a propagação do vírus".

Em 2020, Bolsonaro tinha partilhado vários vídeos manifestando-se contra as medidas de distanciamento social e defendendo que os múltiplos casos de Covid-19 tornariam o país imune à doença.

O Twitter e o Facebook removeram essas publicações por desinformarem os brasileiros.

O Brasil ultrapassa as 545 mil mortes associadas à Covid-19.

Está a decorrer um inquérito, lançado pelo Congresso brasileiro, para apurar as responsabilidades do Governo Federal na gestão da pandemia.
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