O Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC) confirmou esta sexta-feira que a variante Delta já é dominante em 19 dos 28 países analisados que apresentaram informações de sequenciamento genético suficientemente completas, com uma proporção média de 68,3 por cento em cada nação. Ultrapassa assim a variante Alfa, anteriormente dominante, que agora tem uma proporção média de 22,3 por cento nos vários países.
“Com base nas tendências atuais, a variante Delta será dominante no mundo nos próximos meses e já foi identificada em quase todos os países europeus”, estima o Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC).
Dos 28 países em análise, 19 já têm a variante Delta como dominante no território, com uma proporção média de 68,3 por cento. Segue-se a variante Alfa, com 22,3 por cento.
Em Portugal, por exemplo, a variante Delta já se aproxima dos 95 por cento, de acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Andrea Ammon, diretora do ECDC, sublinhou o papel central da vacinação. “Precisamos de continuar vigilantes e com bom senso para prevenir a propagação do vírus”.
A responsável pede aos europeus que se vacinem logo que possível, mas também que mantenham o distanciamento físico, a lavagem das mãos ou o uso de máscara.
“Devemos pensar nisto como medidas anti-confinamento, porque podem ajudar a prevenir a propagação da doença sem termos de fechar grandes partes da sociedade”, acrescentou.
“Apesar dos enormes esforços dos Estados-membros na vacinação, milhões de pessoas continuam não vacinadas, e por isso correm risco de serem hospitalizadas. A boa notícia é que os dados mostram claramente que receber a vacinação completa reduzi significativamente o risco de doença grave e de morte”, sublinha Hans Henri P. Kluge, diretor regional para a Europa da Organização Mundial de Saúde.