ECDC. Variante Delta dominante na maioria dos países europeus

por RTP
Alkis Konstantinidis - Reuters

O Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC) confirmou esta sexta-feira que a variante Delta já é dominante em 19 dos 28 países analisados que apresentaram informações de sequenciamento genético suficientemente completas, com uma proporção média de 68,3 por cento em cada nação. Ultrapassa assim a variante Alfa, anteriormente dominante, que agora tem uma proporção média de 22,3 por cento nos vários países.

De acordo com os dados recolhidos por 28 países da Europa entre 28 de junho e 11 de julho, a variante Delta assume uma posição dominante, destronando a variante Alfa na região.

Com base nas tendências atuais, a variante Delta será dominante no mundo nos próximos meses e já foi identificada em quase todos os países europeus”, estima o Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC).

Dos 28 países em análise, 19 já têm a variante Delta como dominante no território, com uma proporção média de 68,3 por cento. Segue-se a variante Alfa, com 22,3 por cento.

Em Portugal, por exemplo, a variante Delta já se aproxima dos 95 por cento, de acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). 

Os casos de Covid-19 têm aumentado em toda a Europa nas últimas quatro semanas, sendo que o crescimento é sobretudo verificado nos jovens entre os 15 e os 24 anos.

Andrea Ammon, diretora do ECDC, sublinhou o papel central da vacinação. “Precisamos de continuar vigilantes e com bom senso para prevenir a propagação do vírus”.

A responsável pede aos europeus que se vacinem logo que possível, mas também que mantenham o distanciamento físico, a lavagem das mãos ou o uso de máscara.

“Devemos pensar nisto como medidas anti-confinamento, porque podem ajudar a prevenir a propagação da doença sem termos de fechar grandes partes da sociedade”, acrescentou.

Apesar dos enormes esforços dos Estados-membros na vacinação, milhões de pessoas continuam não vacinadas, e por isso correm risco de serem hospitalizadas. A boa notícia é que os dados mostram claramente que receber a vacinação completa reduzi significativamente o risco de doença grave e de morte”, sublinha Hans Henri P. Kluge, diretor regional para a Europa da Organização Mundial de Saúde.
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