Escola reabrem em junho em Xangai para receber alguns alunos

por Lusa
Reuters

As escolas do ensino básico e secundário de Xangai reabrirão em junho para receber alguns alunos, disseram hoje as autoridades locais, num sinal de relaxamento do confinamento imposto à capital económica da China para conter a covid-19.

Perante o ressurgimento da covid-19, que atinge a China há alguns meses, grande parte dos 25 milhões de habitantes da cidade - a mais populosa do país - foi obrigada a ficar em casa desde o início de abril.

Com a diminuição acentuada do número de casos positivos nas últimas semanas, várias restrições já foram levantadas. Entretanto, as pessoas geralmente só podem sair por algumas horas por dia.

Os alunos do segundo e terceiro ano do ensino secundário, que devem fazer o exigente exame para a entrada na universidade, poderão regressar às escolas em 06 de junho, disse Yang Zhenfeng, diretor-adjunto do Departamento de Educação de Xangai

Os alunos do 9.º ano do ensino básico poderão voltar à escola a partir de 13 de junho. Quanto aos demais alunos, terão que continuar a acompanhar as aulas por meios digitais em casa.

"Uma organização especializada oferecerá testes PCR para professores e alunos (...) no final das aulas, para que possam obter os seus resultados antes que as aulas recomecem no dia seguinte", disse Yang.

O Ministério da Saúde chinês anunciou hoje 338 novos casos positivos em Xangai nas últimas 24 horas -- contra os mais de 25.000 no final do mês passado.

O longo confinamento e as restrições de viagem estão a afetar muito os habitantes e a economia local. No entanto, a autarquia já autorizou a reabertura de algumas fábricas e linhas de transporte público.

A China, ao contrário da maioria dos países do mundo, ainda aplica uma estratégia de tolerância zero em relação à covid-19, com o objetivo de limitar ao máximo o número de mortes, utilizando os confinamentos massivos quando aparecerem alguns casos.

As autoridades dizem ter poucas alternativas perante a variante Ómicron do novo coronavírus, muito contagiosa, e da taxa relativamente baixa de vacinação entre os idosos.

Cerca de 80% das pessoas com 60 anos ou mais receberam pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19.

As cidades estão a multiplicar os incentivos para aumentar a vacinação entre a população. Em Pequim, um distrito perto do Templo do Céu está a oferecer 1.000 yuans (140 euros) em vales para qualquer pessoa com 80 anos ou mais que decida receber a primeira dose.

A covid-19 já provocou a morte de quase 6,3 milhões de mortes e mais de 527 milhões de casos em todo o mundo, de acordo com o mais recente balanço da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

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