Estudo. Mistura de vacinas aumenta efeitos colaterais ligeiros

por Cristina Sambado - RTP
Reuters

Os adultos são mais propensos a reportar efeitos colaterais ligeiros e moderados quando inoculados com a mistura das vacinas da AstraZeneca e Pfizer, revela um estudo da Universidade de Oxford.

Os sintomas mais relatados foram calafrios, dores de cabeça e musculares. Estas reações adversas foram ligeiras e duraram pouco tempo.

“É uma descoberta intrigante e que não esperávamos”, afirmou Matthew Snape, chefe da investigação à BBC.

O estudo Com-Vac, que foi lançado em fevereiro, serviu para confirmar se uma dose diferente da segunda pode dar maior e mais prolongada imunidade, mais proteção contra as novas variantes ou simplesmente permitir que os centros de vacinação troquem as vacinas em caso de falha no abastecimento. As províncias canadianas de Ontário e Québec já revelarem que estão a planear brevemente misturar vacinas.

No estudo, liderado pela Universidade de Oxford, participaram 830 voluntários com mais de 50 anos. Os resultados completos devem ser conhecidos em junho. Mas os preliminares já foram publicados na revista cientifica Lancet.

Um em cada dez voluntários que recebeu duas doses da vacina da AstraZeneca com quatro semanas de intervalo afirmou ter tido febre. Nos que receberam uma dose da AstraZeneca e uma da Pfizer, independentemente da ordem de administração, a proporção aumentou para 34 por cento.

“As mesmas diferenças aplicam-se a outros sintomas, como calafrios, fadiga, dor de cabeça, indisposição e dores musculares”, acrescentou Matthew Snape.

Em abril, o estudo foi alargado com a participação de mais 1050 voluntários para testar combinações das vacinas Moderna e Novavax com as da AstraZeneca e Pfizer.
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