Governo timorense prolonga cercas sanitárias e impõe novas em três municípios

por Lusa

O Governo timorense decidiu hoje renovar as cercas sanitárias em vigor em Díli, Baucau e Viqueque devido à covid-19 até ao final do atual período de estado de emergência, no início de maio, impondo outras em mais três municípios.

Fidelis Magalhães, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, explicou em conferência de imprensa que as novas cercas sanitárias vão ser aplicadas nos municípios de Covalima, Ermera e Ainaro e que a decisão foi tomada com base na apresentação "do ponto de situação epidemiológica" no país pela Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).

"Assim, é proibida a circulação de pessoas entre estes municípios e as demais circunscrições administrativas, salvo em casos devidamente fundamentados por razões de segurança pública, saúde pública, assistência humanitária, manutenção dos sistemas de abastecimento público ou de realização do interesse público", detalha-se numa nota do executivo.

O Governo deliberou ainda alterar o decreto de medidas de emergência para permitir que quem venha para Timor-Leste para dar apoio técnico e humanitário na atual situação de calamidade tenha apenas de apresentar o resultado negativo de um teste, sem ter que cumprir 14 dias de quarentena.

Fidelis Magalhães disse que a ministra da Saúde fez uma apresentação sobre o processo e calendário de vacinação, tendo sido mandatada para "acelerar a implementação da vacina" incluindo preparar o país para "receber vacinas de países como a Austrália que se disponibilizaram para apoiar Timor-Leste".

"É imperativo que se acelere a vacinação para que possamos concentrar-nos na reconstrução que é necessária, enfrentando um risco menor de propagação da covid-19", considerou.

Desde 07 de abril e das 24 mil vacinas que chegaram a Timor-Leste, foram administradas vacinas a 2.907 pessoas, das quais 887 são mulheres e 1.742 são homens, tendo sido "vacinados 1.619 profissionais de saúde e 1.010 outros profissionais da linha da frente", nota o Governo.

Na reunião de hoje foi ainda feita uma apresentação do Laboratório Nacional que mostrou uma variante original do SARS-CoV-2, presente nesta região, e um caso da variante com origem no Reino Unido, de uma pessoa que ficou em isolamento e não se espalhou.

"Até agora apenas está espalhada na comunidade a variante original. Não há outras variantes presentes na comunidade", explicou.

Timor-Leste vive atualmente o seu pior momento da pandemia, com duas mortes, 547 casos ativos e um total de 1.103 infetados, situação agravada pelas cheias que assolaram o país e que causaram 36 mortos e 10 desaparecidos, com milhares de famílias deslocadas.

 

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