Médico timorense em quarentena testa positivo e vai para isolamento

por Lusa

Um médico timorense que tem estado a acompanhar infetados com a covid-19 em Díli e que estava em quarentena testou positivo ao vírus e foi transferido para isolamento, disse hoje uma responsável de saúde.

Odete da Silva Viegas, coordenadora geral da comissão responsável pelo combate à covid-19, explicou à Lusa que se trata de um médico de 35 anos que fazia parte de um dos grupos destacados para acompanhar pacientes infetados no centro de isolamento Vera Cruz, em Díli.

"É um grupo de 22 pessoas que estava a tratar os pacientes em isolamento entre 22 de dezembro e 05 de janeiro. Quando terminaram esse período de turno foram para quarentena num hotel em Díli", explicou.

"Ao nono dia foram feitos testes e um dos dois médicos do grupo testou positivo e, por isso, foi transferido para isolamento em Vera Cruz", referiu.

Do grupo faziam parte outros profissionais de saúde, funcionários de limpeza, segurança e motoristas de ambulância.

Com o novo caso confirmado, aumenta para sete o total de casos ativos em Timor-Leste, com 45 recuperados desde o início da pandemia.

Os dados do Ministério da Saúde mostram que há atualmente cerca de 180 pessoas em quarentena e confinamento obrigatório em Díli e noutros locais de Timor-Leste, estando ainda 280 pessoas por conhecer os resultados dos testes.

O médico atualmente infetado, que está assintomático, é o segundo profissional de saúde timorense a contrair o vírus desde o início da pandemia.

Odete da Silva Viegas recordou que essa diferença nos números se deve ao facto de o Governo continuar a realizar operações de "vigilância sentinela", testando pessoas em todo o país que apresentam sintomas que podem ser de covid-19, quando se deslocam a centros de saúde.

"A vigilância sentinela é um aspeto importante das medidas preventivas para tentar minimizar o risco de contágio comunitário", referiu.

A responsável disse que, nesse âmbito, o Governo está a estudar iniciar já na próxima semana um processo de "testes em massa" em vários pontos do país, especialmente "devido à preocupação com as entradas ilegais na fronteira", em que já se detetaram quatro casos positivos.

"Fazer os testes em massa, em alguns pontos do país onde se concentram muitas pessoas, como os mercados e os centros comerciais, é uma forma de manter a vigilância", notou.

Apesar da redução no número de casos, depois do aumento significativo em dezembro, e de o Governo ter relaxado as medidas a aplicar no atual período do estado de emergência, Odete Viegas diz que é importante que continue a haver esforços de uso de máscaras, higienização de mãos e distanciamento social.

 


 

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