Ministro da Saúde de Cabo Verde pede precaução antes de confirmar fase descendente

por Lusa

O ministro da Saúde cabo-verdiano, Arlindo do Rosário, pediu hoje "alguma precaução" antes de confirmar a fase descendente da pandemia no país, depois de recordes de novos casos positivos em finais de dezembro e início de janeiro.

"Tudo indica que estamos numa fase descendente, de todo o modo vamos esperar durante toda esta semana para ver se se mantém essa tendência. Ainda é cedo para se fazer uma avaliação", afirmou o ministro, em declarações à agência Lusa, na cidade da Praia.

Desde o final de dezembro que Cabo Verde estava a registar recordes diários de novos casos de covid-19, até ao pico de 1.469 casos em 07 de janeiro, valores que desde então estão em queda, há vários dias abaixo das mil novas infeções diárias e na segunda-feira com 167 novos infetados.

O titular da pasta da Saúde acredita que o país está a entrar numa fase descendente da pandemia, mas alertou que ainda há indicadores elevados, como a taxa de positividade, o ritmo de transmissão e taxa de incidência.

"Ainda não dá para tirar conclusões, é aguardar, acompanhar", prosseguiu Arlindo do Rosário, que mesmo assim afirmou que os dados agora são mais animadores.

"Há uma tendência para diminuição do número de casos, sendo certo que ainda temos que falar com alguma precaução, na medida em que indicadores importantes, como a taxa de incidência, que ainda é elevada, mas também a taxa de positividade e o ritmo de transmissão, estão ainda em valores muito altos", alertou.

Na segunda-feira, o diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, avançou que Cabo Verde regista uma taxa de incidência acumulada recorde de 1.965 casos de covid-19 a 14 dias por 100 mil habitantes.

Ao fazer o habitual balanço epidemiológico semanal da pandemia de covid-19 em Cabo Verde, o porta-voz do Ministério da Saúde disse também que os últimos indicadores apontam para uma "fase descendente".

Segundo Jorge Noel Barreto, a taxa de transmissibilidade (Rt) nacional está atualmente em 0,60 e uma taxa de positividade de 35,6%.

O responsável referiu ainda que na primeira semana do ano morreram 11 pessoas por complicações associadas à covid-19 e na semana seguinte mais 14, essencialmente entre idosos, com uma média de idades de 78 anos e "vários problemas de saúde".

O país já confirmou este mês que a variante Ómicron está em circulação no arquipélago, que conta atualmente com 2.445 casos ativos de covid-19 e um acumulado de 376 mortes por complicações associadas à doença, entre 54.367 casos confirmados desde março de 2020, e 51.509 considerados recuperados.

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