OMS e Instituto Pasteur ajudam Cabo Verde na sequenciação genómica da Ómicron

por Lusa

Cabo Verde ainda não registou qualquer caso da nova variante do coronavírus, Ómiron, mas uma missão da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Instituto Pasteur de Dacar está a ajudar o país na sequenciação genómica, disse hoje fonte oficial.

"Neste momento, temos no país uma missão, composta pela OMS e por profissionais do Instituto Pasteur de Dacar, que está a apoiar na sequenciação genómica, na parte de formação do pessoal e também ver se até final desta semana será possível fazer sequenciação no país e ter resposta a essa questão", disse a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP).

Em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para fazer o ponto de situação da pandemia no país, Maria da Luz Lima garantiu que o país ainda não registou qualquer caso da nova variante, mas está em "vigilância ativa", devido ao ligeiro aumento de novos casos no país nos últimos dias.

A presidente do INSP avançou que o país já tem kits de testes que permitem detetar a circulação de algumas variantes de preocupação, incluindo a Ómicron, mas está igualmente em concertação com Instituto Pasteur de Dacar, para rastrear estas e outras variantes que possam vir a surgir.

"Será sempre necessário enviar amostras para o Instituto Pasteur, porque é o laboratório referência a nível da região", reforçou a responsável institucional, que aproveitou para reforçar o apelo à vacinação no arquipélago.

Cabo Verde já atingiu uma taxa de 83,3% da sua população maior de 18 anos com uma dose de vacina, enquanto 68,7% de pessoas já receberam as duas doses.

Em 22 de novembro o país iniciou a aplicação da dose de reforço nos idosos, doentes crónicos, profissionais de saúde, bombeiros e pessoal da proteção civil.

Desde o início da pandemia, Cabo Verde registou um total acumulado de 38.453 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 37.980 foram dados como recuperados, 351 resultaram em óbito e há 97 casos ativos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.253.726 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,13 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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