Lusa
O Parlamento aprovou esta sexta-feira a renovação do Estado de Emergência, apenas com votos favoráveis do PS e PSD. A medida vai vigorar durante mais duas semanas, para tentar impedir a subida dos números de infeções por Covid-19.
Durante o debate, a deputada socialista Constança Urbano de Sousa afirmou que o estado de emergência é essencial para dar a segurança jurídica para aplicar medidas restritivas.
Os sociais-democratas, apesar de terem votado a favor, não pouparam críticas à estratégia do Governo.
O líder parlamentar Adão Silva exigiu mais clareza e acusou o Executivo de optar por um silêncio cúmplice em relação ao Congresso do PCP, marcado para a próxima semana.
Nas restantes forças políticas o Bloco de Esquerda chamou a atenção para o impacto das medidas do estado de emergência na economia e na vida da população. Defendeu ainda mais agilidade no recurso aos hospitais privados para tratar os doentes com Covid 19.
O PCP votou contra, justificando a posição com o facto de o país não aguentar mais confinamentos.
Os centristas lamentaram que as medidas restritivas só sejam anunciadas depois deste debate e votação na Assembleia da República.
O PAN afirmou que a evolução dos números da pandemia não permitem o chumbo da renovação do Estado de Emergência.
E o Partido Ecologista os Verdes e o Chega também confirmaram o voto contra.
A mesma posição foi assumida pela Iniciativa Liberal que alertou para o impacto económico das medidas, dando como exemplo os restaurantes, que estão a ser afectados na actividade, sem que haja uma relação de causa efeito relativamente ao crescimento do número de contágios.
Jornalista João Vasco.