UE diz que material comprado em grupo vai demorar a chegar a Estados-membros

por Lusa

Os equipamentos médicos comprados em grupo a nível europeu para fazer face à pandemia da covid-19 começarão a estar disponíveis apenas "dentro de algumas semanas" em vez de no início de abril, disse hoje um porta-voz da Comissão Europeia.

"Parte do equipamento, dependendo das especificações dos contratos, poderá estar disponível dentro de algumas semanas depois de os Estados-membros assinarem os contratos com os fornecedores", disse, na conferência de imprensa diária, o porta-voz do executivo comunitário para a Saúde, Stefan de Keersmaecker.

O porta-voz não especificou que equipamentos estão em causa, nem quando está prevista a chegada do material comprado em grupo e que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tinha anunciado para início de abril.

"Assim que os processos estejam concluídos e os contratos-quadro assinados, os Estados-membros têm de assinar contratos com cada empresa para o fornecimento dos bens", salientou.

Keersmaecker acrescentou ainda que o processo dependerá da rapidez da assinatura dos contratos, de quão rapidamente os Estados-membros façam os pedidos após a assinatura e de quão rapidamente a indústria poderá entregar o material a cada país.

Em 25 de março, Von der Leyen divulgou um vídeo indicando que o negócio estava quase concluído, faltando apenas a assinatura dos contratos, e que o material chegaria em duas semanas.

"Em duas semanas, as máscaras, as luvas, os fatos e os óculos de proteção estarão nos hospitais", disse então a presidente da Comissão Europeia num vídeo publicado na sua conta da rede social Twitter.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 163 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 439 mil infetados e mais de 27.500 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 11.591 mortos em 101.739 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 8.189, entre 94.417 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (164.610).

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).

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