Vendas de automóveis na China sobem 27% mas continuam abaixo do período pré-covid

por Lusa

As vendas de automóveis na China aumentaram 27% no primeiro semestre de 2021, face ao homólogo, mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia, e a produção e as vendas caíram em junho, devido à escassez global de `chips` para processadores.

Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas de veículos utilitários desportivos, `minivans` e `sedans` no maior mercado automóvel do mundo subiram para 10 milhões de unidades, no período entre janeiro e junho.

As vendas totais de veículos, incluindo camiões e autocarros, aumentaram 25,6%, em relação ao ano anterior, para 12,9 milhões de unidades.

Em comparação com os níveis pré-pandemia, referentes a 2019, as vendas de veículos de passageiros caíram 1,4%, no primeiro semestre, segundo a mesma fonte. As vendas totais de veículos caíram 4,4%.

A produção de veículos de passageiros caiu 13,7%, em junho passado, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas caíram 11,1% para 1,6 milhão de unidades.

As vendas revelaram uma "queda óbvia depois de maio", disse a Associação, em comunicado.

"Os veículos de passageiros foram principalmente afetados por um fornecimento insuficiente de `chips`", justificou.

A procura por automóveis da China já estava a enfraquecer devido à insegurança dos consumidores sobre a desaceleração do crescimento económico e uma guerra comercial com os Estados Unidos, antes de as concessionárias encerrarem, no primeiro trimestre do ano passado, para combater o surto do novo coronavírus.

A atividade económica da China recuperou relativamente cedo, depois de o Partido Comunista ter declarado vitória sobre o vírus, em março de 2020.

Mas as vendas de veículos caíram 22,4%, no primeiro semestre de 2020, estabelecendo uma base baixa de comparação homóloga. As vendas anuais caíram em 2020 pelo terceiro ano consecutivo.

A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa.

Fabricantes globais e chinesas estão a gastar milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de veículos elétricos para cumprir as quotas de vendas estipuladas por Pequim.

A procura este ano foi impulsionada pelas vendas de veículos híbridos, embora ainda representem uma fração do total.

As vendas de elétricos, no primeiro semestre de 2020, aumentaram 200% para 1,2 milhão de unidades, mas a procura também está a cair, de acordo com a Associação. O crescimento das vendas em junho desacelerou para 140%, fixando-se em 256.000 veículos.

As vendas de automóveis de passageiros por marcas chinesas no primeiro semestre de 2020 aumentaram 46,8%, em relação ao ano anterior, para 4,2 milhões de unidades. A sua participação de mercado aumentou 5,7%, para 42%.

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