Wall Street sai de novembro em baixa mas Dow Jones vive melhor mês desde 1987

por Lusa

Wall Street começou hoje a semana em baixa, mas o índice mais emblemático, o Dow Jones Industrial Average, fechou o melhor mês desde 1987, graças às perspetivas sobre a vacina anti-coronavirus e à redução da incerteza política.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones terminou em perda de 0,91%, para 29.638,64 pontos, arrastado designadamente por Chevron (-4,52 %), Dow Inc (-4,31 %), Travelers (-3,56 %) e JPMorgan (-2,76 %).

Com desvalorizações menores, mas também em terreno negativo, fecharam o alargado S&P500, que recuou 0,46%, para as 3.621,63 unidades, e o tecnológico Nasdaq, que desceu 0,06%, para as 12.198,74.

Os investidores aproveitaram para realizar alguns ganhos na última sessão de novembro, que viveu uma tendência mensal de subida das cotações, que, no caso do Dow Jones, se traduziu em uma valorização de 11,9%, uma estreia no nível acima dos 30 mil pontos e a vivência do melhor mês nos últimos 33 anos.

Os ganhos mensais para o S&P500 e o Nasdaq foram, respetivamente, 10,8& e 11,9%, percentagens que não se viam desde abril, nas altas posteriores ao início da crise sanitária.

O mercado bolsista voltou a abrir hoje, depois de uma semana encurtada pelo feriado do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, e em sessão reduzida na sexta-feira.

Apesar de a pandemia do novo coronavirus estar sem controlo nos EUA, ocorreram nestes dias centenas de milhares de deslocações no país.

Neste contexto, a farmacêutica Moderna anunciou que ia pedir autorização para o uso da sua vacina nos EUA e na União Europeia, o que lhe valeu uma valorização de 20%.

A notícia foi o culminar de um mês fulgurante, que viveu "três segundas-feiras de vacinas", segundo o analista Ed Yardeni, presidente da firma Yardeni Research, com os anúncios sobre a eficácia dos produtos dos laboratórios Pfizer-BioNTech, Moderna e Oxford-AstraZeneca.

O desempenho da praça nova-iorquina também teve a influência da vitória eleitoral do democrata Joe Biden, que removeu a preocupação com a incerteza eleitoral, apesar de o incumbente Donald Trump ainda não ter reconhecido a derrota.

"Wall Street vai estar agora fixada nos n+úmeros do desemprego, que vão ser divulgados esta semana, que podem ser a gota de água para levar o Congresso a aprovar uma ajuda muito necessitada para as famílias e empresas, uma vez que muitos subsídios de desemprego moratórias de empréstimos estão a expirar como final do ano", considerou Ed Moya, analista da firma Oanda.

Tópicos
pub