"Atelier de Tempos Mortos"

por João Fernando Ramos, Rui Sá

A Companhia do Chapitô celebra 21 anos com uma nova peça de teatro.
Chama-se "Atelier de Tempos Mortos", uma reflexão sobre o envelhecimento e o respeito devido aos mais idosos.
Este trabalho coletivo está em cena até 26 de março. A peça segue depois para uma digressão pelo país e por diversos palcos estrangeiros.

"Atelier de Tempos Mortos" são quatro vidas num lugar incerto que "pode ser um lar, um centro de dia. Um sítio onde eles se juntam para brincar, contar histórias uns aos outros" diz Cláudia Neves a encenadora da nova peça do Chapitô. "Eles" são os "velhos" que quem lhes dá vida em palco garante "são tratados pela sociedade o melhor que esta pode, mas que esperamos possa descobrir ainda outras formas de os valorizar".

No Jornal 2 a atriz Susana Nunes fala de uma peça que olha para a institucionalização dos mais idosos com ternura, mas também com sátira e uma reflexão crítica.

No palco do Chapitô destroem-se tabus para pensar sobre esse tempo que há-de vir. O da velhice onde muitas das vezes os tempos livres se tornam tempos mortos e onde os protagonistas procuram fugir à solidão e buscam no outro a seu lado a valorização que temem a família e a sociedade não lhes reconhece como direito.
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