Câmara do Porto vai custear manutenção e seguro da coleção Juan Miró

por Lusa

Porto, 12 dez (Lusa) -- A Câmara Municipal do Porto vai custear a manutenção e o seguro da coleção do artista catalão Juan Miró, depois de o Governo escolher a cidade para a acolher em permanência, anunciou hoje o autarca Rui Moreira.

Na segunda-feira à noite, durante a Assembleia Municipal do Porto, que durou cerca de cinco horas, o presidente do município afirmou que existe um protocolo entre a Câmara e o Ministério da Cultura, na sequência de um contrato de cedência.

"Já ficaram definidas as condições", referiu, acrescentando que o processo está "agora parado" porque a coleção ainda não está totalmente na posse do Estado Português.

Este anúncio de Rui Moreira surge depois do deputado socialista Pedro Braga de Carvalho o questionar sobre se estavam previstas verbas para fazer obras na Casa de Serralves para acolher a coleção.

No portal de notícias, a Câmara divulgou, em outubro de 2016, que o acordo para o Porto receber as obras de Miró incluía "um polo de Serralves no Matadouro".

De acordo com a nota informativa, Serralves vai criar no Matadouro de Campanhã "um museu municipal que receberá em permanência a coleção de obras de Juan Miró".

No fim de 2016, o Governo anunciou que seria o Porto a acolher as 85 obras do artista catalão Juan Miró provenientes do antigo Banco Português de Negócios (BPN).

A coleção foi apresentada pela primeira vez na Casa de Serralves, entre outubro de 2016 e junho passado, tendo recebido um total de 240.048 visitantes, segundo a Direção-geral do Património Cultural e a Fundação de Serralves.

A mostra, que está patente até 08 de janeiro no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, abarca um período de seis décadas da carreira de Joan Miró (1893-1983), de 1924 a 1981, debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver nos anos 20 do século passado.

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