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Casa da Arquitetura elogia opção por "notável arquiteto da nova geração"

por Lusa

Matosinhos, Porto, 15 dez (Lusa) -- O diretor executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, enalteceu hoje a escolha de Manuel Aires Mateus como Prémio Pessoa deste ano, considerando que o arquiteto será "talvez o mais notável arquiteto da nova geração".

Em declarações à agência Lusa, Nuno Sampaio disse ter recebido "com muita satisfação" a notícia de que o prémio Pessoa tinha sido atribuído pela terceira vez a um arquiteto, depois de Carrilho da Graça, em 2008, e de Souto de Moura, dez anos antes.

O diretor executivo da Casa da Arquitetura realçou três motivos principais como razões da sua satisfação para a atribuição do prémio a Manuel Aires Mateus, a começar pelo facto de ser um arquiteto, o que significa que "está a ser valorizada uma área com várias disciplinas".

Manuel Aires Mateus "tem feito um trabalho nacional e internacionalmente de grande relevo" e pertence a "uma nova geração de arquitetos que fez o seu percurso, [sendo] talvez o mais notável arquiteto da nova geração, que fez o seu caminho, encontrou o seu espaço de produção na arquitetura contemporânea e teve o seu reconhecimento internacional com vários concursos vencidos".

Nuno Sampaio frisou, assim, o reconhecimento da arquitetura pela sociedade, em particular através do prémio atribuído a um arquiteto da nova geração.

O responsável da Casa da Arquitetura, em Matosinhos, constatou que Aires Mateus é um amigo da instituição, onde ainda na quinta-feira esteve para apresentar o livro "Aires Mateus Architecture Faculty in Tournai".

O arquiteto Manuel Aires Mateus, vencedor do Prémio Pessoa 2017, mostrou-se hoje "muito contente" com a atribuição do galardão, sublinhando, no entanto, que, mais importante do que o prémio individual é o facto de ter sido distinguida a arquitetura portuguesa.

O júri desta 31.ª edição destacou, na obra de Manuel Aires Mateus, com muitos projetos assinados com o irmão Francisco, "a arquitetura moderna, abstrata e contemporânea", com apelo a "formas e materiais vernaculares portugueses, que integra de um modo exemplar", com "caráter inovador", numa "continuidade entre o passado e a atualidade".

Nascido em 1963, Manuel Aires Mateus licenciou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, em 1986, tendo trabalhado com o arquiteto Gonçalo Byrne, entre 1983 e 1988.

O júri do prémio Pessoa deste ano foi presidido por Francisco Pinto Balsemão e constituído por Emídio Rui Vilar, Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião e Rui Vieira Nery.

O Prémio Pessoa, com o valor pecuniário de 60.000 euros, é atribuído anualmente a um português, que, durante esse período, e na sequência de uma atividade anterior, tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país.

 

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