Castelo Branco, 16 mar (Lusa) - Cinquenta das 97 estátuas do Jardim do Paço, em Castelo Branco, já foram digitalizadas no FabLab do Centro de Empresas Inovadoras (CEI), um laboratório de fabricação digital e prototipagem rápida, foi hoje anunciado.
"Este é um projeto [Património Digital] muito valioso e um bom exemplo do que temos estado a fazer em Castelo Branco. Há várias realidades envolvidas, como o FabLab, o CEI, o património e também a valorização das nossas associações e recursos humanos", afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia.
O autarca falava no Centro Interpretativo do Jardim do Paço durante a apresentação da primeira fase do projeto Património Digital, que envolve o município, o CEI e a Associação de Informática de Castelo Branco (AICB).
O projeto tem como objetivo digitalizar as 97 estátuas em granito do jardim e criar um arquivo digital deste património para que, em caso de necessidade, haja cópias em 3D de toda a estatuária.
Luís Correia sublinhou a aposta no FabLab que se encontra no CEI ao serviço, não só das `startup` que ali estão, como da comunidade albicastrense e de toda a região, e que permitiu o desenvolvimento deste primeiro projeto que visa a preservação do património de Castelo Branco.
"Percebeu-se que o FabLab também pode fazer um trabalho ao serviço do património. É importante porque é um trabalho que vai perpetuar o nosso património", frisou.
Nesta primeira fase do projeto, que decorreu durante um ano, estiveram envolvidas com regularidade oito pessoas da AICB que fizeram o levantamento e o mapeamento da estatuária do Jardim do Paço e a respetiva digitalização em 3D de 50 estátuas.
A segunda fase do projeto já está em curso e vai digitalizar as restantes 47 estátuas, um trabalho que se prevê mais difícil devido às dificuldades de acesso e ao estado de conservação destas estátuas.
João Nuno Carvalhinho, um dos responsáveis do CEI, adiantou que o FabLab, instalado há cerca de um ano e meio, permitiu ter uma ferramenta e um projeto que coloca Castelo Branco na linha da "transformação digital e no topo das novas tecnologias".
"No arranque [FabLab], a Câmara e o CEI perceberam que tinham que procurar parcerias para que o trabalho fosse mais eficaz. Estabeleceu-se a parceria com a AICB, mas no primeiro ano de atividade este foi o primeiro projeto que honra o património de Castelo Branco", sustentou.
Já Carlos Campos, da AICB, explicou todo o trabalho que foi desenvolvido ao longo do último ano e a criação do arquivo 3D da estatuária do Jardim do Paço.
