Eurovisão. Vitória coube à Holanda, protagonismo foi de Madonna

por RTP
Madonna fez aparecer em palco bandeiras de Israel e da Palestina Orit Pnini - EPA

A Holanda, com a canção Arcade, conquistou a edição de 2019 do Festival Eurovisão da Canção, cuja final decorreu este sábado em Telavive, Israel. Mas os holofotes incidiram também sobre a convidada especial, Madonna, que evocou em palco o conflito israelo-palestiniano.

Foi esta a prestação de Duncan Laurence na final de Telavive, que deu à Holanda a vitória no Festival Eurovisão.



Quarenta e um países marcaram presença, este ano, na 64ª edição do Festival Eurovisão da Canção. Atuaram na final os artistas de 26 nacionalidades.

Este sábado, aos 20 países apurados nas duas semifinais da última semana juntaram-se os denominados “cinco grandes” - França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido – e o país anfitrião.

Na semifinal realizada a 14 de maio, quando o representante português, Conan Osíris, acabou por ser eliminado, apuraram-se Grécia (Katerine Duska, Better Love), Chipre (Tamta, Replay), Austrália (Kate Miller-Heidke, Zero Gravity), Islândia (Hatari, Hatrið mun sigra), Sérvia (Nevena Bozovic, Kruna), República Checa (Lake Malawi, Friend of a friend), Eslovénia (Zara Kralj & Gasper Santl, Sebi), Estónia (Victor Crone, Storm), Bielorrússia (Zena, Like it) e São Marino (Serhat, Say Na Na Na).

Na passada quinta-feira, dia da segunda semifinal, apuraram-se Macedónia do Norte (Tamara Todevska, Proud), Holanda (Duncan Laurence, Arcade), Albânia (Jonida Maliqi, Ktheju Tokës), Suécia (John Lundvik, Too Late For Love), Rússia (Sergey Lazarev, Scream), Azerbaijão (Chingiz, Truth), Dinamarca (Leonora, Love Is Forever), Noruega (KEiiNO, Spirit In The Sky), Suíça (Luca Hänni, She Got Me) e Malta (Michela Pace, Chameleon).

A julgar pela média das casas de apostas, estimada pelo portal eurovisionworld.com, a eliminação de Conan Osíris e do tema Telemóveis era previsível. Ainda assim, o desfecho da semifinal em que participou o cantor português motivou uma onda de protestos nas redes sociais.
Luís Vigário, Carlos Valente - RTP

Portugal participou pela primeira vez neste evento em 1964. Falhou cinco edições: 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016.

De 2004 a 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014 e 2015 o país falhou o apuramento para a final. Em 2017, pela primeira vez, conquistou o troféu da Eurovisão com Salvador Sobral, que deu a voz à canção Amar pelos dois, da autoria da irmã, Luísa Sobral.

Esta vitória valeu a Portugal a organização do evento em 2018. Em Lisboa venceu a israelita Netta, com o tema Toy.Um festival contestado
A realização do festival em território do Estado hebraico motivou várias ações de protesto e mesmo apelos a boicotes, um dos quais dirigido por Roger Waters, músico fundador dos Pink Floyd, a Conan Osíris.

Na quinta-feira, uma ativista conseguiu “fazer-se ouvir” na semifinal, empunhando um cartaz com palavras de ordem contra o comportamento das autoridades israelitas para com os palestinianos: “Atreve-te a sonhar o fim do apartheid”, numa referência ao tema do festival, “Atreve-te a sonhar”.

A ativista, que envergava uma camisola alusiva à Palestina, foi expulsa por elementos da segurança, num episódio que a realização da KAN, televisão pública de Israel, não registou.

Algo que não pôde fazer na noite de sábado quando Madonna subiu ao palco do espetáculo televisivo.

Maryline Sales, Virgílio Matos - RTP

A cantora norte-americana cantou após as atuações dos 26 concorrentes. Foram vários os apelos dirigidos à estrela da pop para que boicotasse o concurso. Madonna rejeitou-os, mas não deixou de assumir uma posição, ao fechar a atuação em Telavive com dois bailarinos a envergar bandeiras de Israel e da Palestina nas costas e a caminharem abraçados.

"Wake Up" (acordem) foi a frase projetada em ecrãs no culminar da performance do tema de 1989 Like a Prayer e da estreia de Future, a par do rapper norte-americano Quavo.

c/ Lusa
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