Évora quer "jogar para marcar golos" e ser Capital Europeia da Cultura - Turismo do Alentejo

por Lusa

Évora "tem todas as condições" para ser Capital Europeia da Cultura em 2027, mas, para ser possível dar esse "banho de cultura", é preciso "jogar para marcar golos", defendeu hoje o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo.

"Évora tem, de longe, todas as condições para ser Capital Europeia da Cultura", argumentou aos jornalistas o presidente da Entidade Regional de Turismo, António Ceia da Silva, à margem de um `workshop` internacional sobre esta temática que hoje arrancou na cidade alentejana.

Comparando Évora com outras cidades, a nível internacional, que ostentaram este galardão "nos últimos 10 anos", Ceia da Silva considerou que a cidade alentejana, "do ponto de vista da sua estrutura e da sua potencialidade está muito acima dessas outras capitais europeias da cultura".

Adepto de futebol, Ceia da Silva aludiu ao jogo para a Liga dos Campeões entre o Ajax e o Real Madrid, realizado na quarta-feira e no qual a equipa holandesa foi derrotada em casa pelos espanhóis por uma bola a duas, para defender que a candidatura de Évora quer "jogar" para ganhar.

"O Ajax deu um `banho` de futebol e perdeu o jogo e, portanto, nós não queremos dar um `banho` de cultura e perder. Queremos dar um `banho` de cultura e ganhar", ou seja, "temos de jogar para marcar golos, para ganhar", afirmou, assumindo a metáfora futebolística.

A Câmara de Évora assumiu hoje publicamente ter tomado a decisão de avançar com a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027, tendo o presidente do município, Carlos Pinto de Sá, considerado tratar-se de um processo "para ganhar" e no âmbito do qual se pretende envolver todo o Alentejo.

"Apresentamos a candidatura para ganhar e esse é o objetivo fundamental. É uma candidatura vencedora" e que se pretende que "possa transformar a cidade de Évora", disse o autarca aos jornalistas, à margem do Workshop Internacional "Culture Capital Cities", que decorre até sexta-feira, no auditório da Fundação Eugénio de Almeida.

O presidente da Turismo do Alentejo, que interveio no evento, assumiu que o `workshop` assinala "o `pontapé de saída` público" da candidatura, mas lembrou que o conjunto de entidades envolvido na comissão executiva já está "a trabalhar nos bastidores há dois anos, de forma concertada".

"Estas candidaturas têm processos, têm documentos, têm estudos académicos e, portanto, é importante que todos esses dossiês sejam muitíssimo bem elaborados para que consigamos associar o `banho` de cultura ao `banho` de vitória", assinalou António Ceia da Silva.

Segundo o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, que destacou a dimensão regional da candidatura de Évora, o que a diferencia "de outras cidades cujas candidaturas são micro", a obtenção deste título pode ser "uma oportunidade histórica".

Trata-se de "uma oportunidade para fazer uma pequena revolução como se fez há 30 anos, quando Évora foi considerada Património da Humanidade" pela UNESCO, e que terá impactos positivos nas áreas "da requalificação urbana, da reabilitação, de um conjunto de equipamentos culturais que pode surgir, dos eventos, da animação", afirmou.

Nestes dois dias, o `workshop` internacional, com oradores nacionais e especialistas internacionais de diversas entidades europeias na área da cultura, pretende promover a partilha de conhecimentos sobre o tema das Capitais Europeias da Cultura.

Além da autarquia, a comissão executiva da candidatura integra a Turismo do Alentejo e Ribatejo, Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida e Universidade de Évora.

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