Festival Encontrarte Amares propõe "Diálogo e Construção" sobre a poética dos territórios

por Lusa

O Encontrarte Amares (EA2019) tem, em 2019, como "proposta artística", o tema "Diálogo e Construção: Poética e coletiva dos territórios", procurando que seja feita uma reflexão "sobre as idiossincrasias da região", anunciou hoje a organização.

A decorrer de 26 a 28 de julho, o evento organizado pelo Clube Desportivo Recreativo e Cultural Amarense, convoca "mais de 200 amarenses para a sua construção coletiva", reunindo mais de 300 participantes para uma "programação intensa" de artes plásticas, cinema, conversas, concertos, performance, oficinas, percursos, instalações e teatro.

Afirmando-se como "mais do que um festival de artes", o EA2019 terá ainda um "pré-programa" em que se destaca o "encontro de desenho", contando com nomes como Eduardo Salavisa, João Abel Mota, João Catarino, Miguel Teodoro, Paulo Mendes e Pedro Alves para, durante dois dias, "deambular por Amares" e registar a sua paisagem.

Já no 15, dá-se o arranque do encontro com residências artísticas selecionadas a partir de uma convocatória aberta, na qual Eva Evita propõe uma colaboração com dois artesãos amarenses, Sameiro Leão (lenços dos namorados) e Constante Almeida (réplicas em madeira), num revisitar da herança tradicional local, em diálogo com a radicalidade da contemporaneidade.

O EA inclui ainda nomes como Gonçalo Araújo, Joana Ribeiro, Miguel Ângelo e António Ramos, que "se lançam" na criação de uma peça cinematográfica que "deambula entre o real e o ficcional do território".

Nos dias 22 a 26, o público poderá acompanhar os processos de criação dos vários participantes presentes nesta edição, sendo que o mexicano Bertrand Chavarría Aldrete se aventurou numa proposta musical com os utentes do Centro de Atividades Ocupacionais -- Valoriza, o Teatro do Frio, com a criação de "Selva Coragem", a partir de plantas emprestadas pela população local.

Haverá ainda uma oficina de construção do tradicional "Arco de Goães" com a comunidade da freguesia que lhe dá nome, realizada pelos artistas amarenses João Rat. e César L. Gomes com um "retrato multidisciplinar" do território, a Nómada Art & Public Space, na "procura de novas formas de participação e produção".

Os holandeses Fabulous Future também vão estar em Amares em colaboração com os alemães All Inclusive, na criação de um espaço de encontro capaz de gerar novas dinâmicas internas ao evento, entre outras propostas de criação artística.

O grande destaque do dia 26 julho, vai para o espetáculo de abertura "Largo Poema", às 21:30, uma criação coletiva com nove entidades do município, envolvendo mais de 150 pessoas de cinco freguesias, com dramaturgia de António Durães.

Será feita também uma "revisita" ao Mosteiro de Santo André de Rendufe com a gravação do novo álbum da harpista espanhola Angélica Salvi.

O EA2019 encerra dia 27 julho com a braguesa do amarense Luís Capela, com a viola sertaneja do brasileiro Ivan Vilela e com a viola de sete cordas de Bruno Boaro.

À semelhança das edições passadas, o Encontrarte conta com um espaço para campismo, tem menús a preços especiais em diversos restaurantes e conta com o "calor humano dos amarenses" para três dias de celebração.

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