Fórum GTM regressa ao Centro Histórico de Gaia para mais uma "festa da cidadania"

por Lusa

Vila Nova de Gaia, Porto, 22 set (Lusa) -- Música, artes visuais, teatro, cinema, debate e são algumas das vertentes da "festa da cidadania" que Vila Nova de Gaia acolhe entre quinta e domingo, na segunda edição do Fórum GTM, dedicada à cooperação para o desenvolvimento sustentável.

Durante quatro dias, o Fórum Internacional GTM -- Gaia Todo um Mundo quer ser "uma festa da cidadania, onde todos são convidados a participar", destaca, no programa, a organização do evento, que terá como epicentro o Centro Histórico de Gaia, onde se reunirão "pensadores e criadores, de várias nacionalidades" para ali criar "um cais ligado ao planeta".

"Se todos somos responsáveis por este espaço comum em que vivemos, todos temos de enfrentar o enorme desafio de encontrar estratégias e ações para a sustentabilidade", destaca.

Na vertente reservada ao Pensamento, cujo programador é Nuno Cobanco, os debates terão temas como "Recursos Hídricos: Os Desafios para a Sustentabilidade e Sobrevivência do Homem", bem como "O Impacto Económico da Água", destacando-se uma conferência sobre o prémio nobel alternativo do ambiente, o `Goldman Environmental Prize`.

"Pretende-se envolver todos na responsabilidade partilhada com o planeta, que no limite pode pôr em causa o nosso Mundo e até mesmo a nossa existência", assinala, citado no documento, o programador.

Já no campo musical, vertente a cargo de André Gomes, haverá espetáculos de artistas de várias latitudes e de vários ritmos e estilos, em palcos tão distintos como a Capela do Convento Corpus Christi, o Armazém 22, a Mercearia do Bernardino e o espaço Zé da Micha.

A música voltará a juntar nomes confirmados com valores emergentes da música nacional e internacional, desde a country norte-americana das Maiden Radio, à poesia caribenha de Anthony Joseph, ou as canções folk de Joan Shelley. Soma-se o pop dos Oso Leone e a eletrónica das Haema, as centrifugações de géneros de Bruno Pernadas o pós-clássico de Alberto Montero, bem como o rock de Bombino e o folk-rock de Marem Ladson.

Com curadoria de Óscar Faria, a vertente de Artes Visuais terá exposições, visitas guiadas, intervenções de rua e `masterclasses`, destacando-se a mostra que se desenvolve num percurso paralelo ao rio Douro com o nome "Não é ainda o mar", título é inspirado num verso de Eugénio de Andrade.

O GTM terá cinema, com o tema da água a marcar a programação da autoria de Sérgio Marques, enquanto a vertente de Performance foi desenhada pela programadora Mariana Amorim e pela consultora Tânia Guerreiro que criaram um proposta "baseada na noção de que as ruas de uma cidade contêm, até nos mais recônditos lugares, a essência da sua comunidade".

Já a Ricardo Alves coube desenhar a vertente de Teatro e de encontro de contos, o qual será composto por duas linhas programáticas com lançamento de um livro e sessões dinamizadas por contadores profissionais.

Além das sessões dirigidas a públicos escolares e geral, está ainda agendada uma "Roda do Conto" que será um encontro/conversa com os artistas presentes, com vista a refletir sobre o conto a sua importância e mecanismos.

"À margem - Percurso Sonoro" é outra das atividades do GTM, sendo objetivo da programação de Tiago Correia "percorrer e (re)descobrir as ruas da zona histórica de Gaia", através de uma ficção acompanhada pelo discurso de um personagem mistério, um velho habitante que tenta recuperar a memória de si mesmo e cuja história se confunde com a do próprio lugar.

No Fórum Gaia Todo um Mundo também cabem coros, vertente dirigida por Carmina Repa Gonçalves, instalações por Manuel Alão, e uma rota de petiscos preparada pelo chefe Cordeiro com cerca de três dezenas de restaurantes a aderir à iniciativa.

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