Ilha do Pico tem um novo festival internacional dedicado ao jazz

por Lusa

A primeira edição do festival internacional de jazz Lava arranca hoje na ilha do Pico, nos Açores, com a eslovaca Andrea Bucko, e os trios de Karlos Rotsen (Caraíbas) e Matteo Bortone (Itália).

"Nós vimos aqui a oportunidade de apresentar um festival novo de um estilo musical que não estava muito presente no Triângulo (ilhas do Pico, Faial e São Jorge). Havia um apontamento aqui e ali, mas achámos que havia espaço cultural para avançar com um festival desta envergadura, um festival internacional e assumidamente de jazz", adiantou, em declarações à Lusa, Daniela Silveira, da organização.

Há oito anos que a promotora de eventos organiza o festival Mais Jazz na ilha Terceira, de onde é natural, e este ano decidiu avançar com uma programação semelhante no Pico, mas o objetivo para a próxima edição é alargar o festival às três ilhas do Triângulo.

"Este ano, não nos foi possível estender às três ilhas. Começamos com este projeto piloto na ilha do Pico. Havia condições financeiras e de logística para isso. Vamos trabalhar para que no próximo ano estendamos os concertos à ilha do Faial e à ilha de São Jorge", apontou.

O Lava já estava pensado para 2018, mas o apoio da direção regional da Cultura chegou a dois meses da data prevista para o festival e a organizadora decidiu adiá-lo por um ano.

Em 2020, para além de estender o evento a mais ilhas, Daniela Silveira quer promovê-lo em feiras internacionais para captar mais público e conta já com "parcerias com duas associações europeias".

"Nós pretendemos ser um polo de atração de público estrangeiro. Este ano, não conseguimos fazer a divulgação atempadamente como queríamos, por diversas dificuldades burocráticas com entidades públicas. O cartaz do festival já estava fechado desde o ano passado em dezembro. Tínhamos tudo pronto para ir a feiras de turismo e a outras feiras de música, mas não nos foi possível chegar a este ponto, este ano", revelou.

De hoje a sábado, o Lava vai passar pelos três concelhos da ilha do Pico, com atuações gratuitas em espaços comerciais e uma exposição de artes plásticas.

A jovem pianista Andrea Bucco leva ao Pico um jazz combinado com o estilo `indie`, com `world music` e com a música tradicional da Eslováquia, de onde é natural.

"É bastante jovem, mas mesmo assim já leva um grande percurso pela música jazz e já tem bastante rodagem por festivais de jazz europeus", salientou Daniela Silveira.

Também Matteo Bortone, "a grande revelação do jazz em 2019, tanto em França como em Itália", se estreia nos Açores, neste festival.

"Foi distinguido como novo talento por variadíssimas revistas de renome dentro da área da música e do jazz. É contrabaixista, já conta com três álbuns originais e o último foi bastante aclamado pela crítica europeia do jazz", frisou a promotora do festival.

O pianista caribenho Karlos Rotsen, acompanhado por dois músicos brasileiros no contrabaixo e na bateria, regressa ao arquipélago, depois de ter estado em maio na ilha Terceira, no festival Mais Jazz.

"O público gostou bastante então nós decidimos apostar novamente neles para o festival Lava. Apresentam um jazz que combina com a música latina", justificou Daniela Silveira.

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