José Capela nomeado para representação portuguesa na Quadrienal de Praga 2019

por Lusa

O arquiteto e cenógrafo José Capela foi nomeado responsável pela representação oficial portuguesa na Quadrienal de Praga 2019, indica hoje um despacho do Ministério da Cultura publicado em Diário da República.

De acordo com o despacho, a José Capela "competirá planear e conceber a obra objeto da representação nacional em causa, mediante os critérios organizativos e culturais da exposição e de acordo com os objetivos definidos pela Direção-Geral das Artes".

O Ministério da Cultura justifica esta designação por considerar "o elevado interesse" em assegurar a representação oficial portuguesa na Quadrienal de Praga 2019, que se realizará nesta cidade de 06 a 16 de junho de 2019.

José Capela é um dos fundadores do grupo Mala Voadora, criado há 15 anos, e instalado no Porto, que apresentou recentemente o espetáculo "Fausto", resultado de uma encomenda do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para celebrar os 25 anos de existência.

Capela doutorou-se com a dissertação "Operar conceptualmente na arte. Operar conceptualmente na arquitetura", é docente na Universidade do Minho desde 2000, onde leciona nos cursos de arquitetura e de teatro, e é investigador do Lab2PT, de acordo com os dados biográficos constantes no sítio da Associação Portuguesa de Cenografia.

Foi um dos comissários da Trienal de Arquitetura de Lisboa 2010 e do seminário "Um Manual sobre Trabalho e Felicidade".

Iniciou-se no teatro no Teatro Universitário do Porto e é cofundador e codiretor artístico do grupo Mala Voadora, com Jorge Andrade, sendo responsável pela cenografia dos espetáculos.

Trabalhou como cenógrafo, entre outros, com Rogério de Carvalho, João Mota, Álvaro Correia, Teatro Praga, Raquel Castro, Companhia Maior, Voadora (Espanha), Companhia Nacional de Bailado, Rodula Gaitanou, Nicola Raab, em colaboração com Third Angel (Reino Unido) e Association Arsène (França).

Também colaborou com a Casa-Museu Guerra Junqueiro, o programa Cultura em Expansão, da Câmara Municipal do Porto, o Teatro Maria Matos e o Teatro São Luiz, em Lisboa.

Foi nomeado para o Prémio Autores relativo a Melhor Trabalho Cenográfico em 2012 e 2017, e recebeu o prémio em 2016 por "Pirandello", da Mala Voadora.

Em 2013, publicou o catálogo de cenografia "Modos de não fazer nada".

Foi presidente da direção da Associação Portuguesa de Cenografia entre 2016 e 2018.

 

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