Máscaras, desinfetante e expetativa de adesão à Feira do Livro de Lisboa

por Mário Aleixo - RTP
A Feira do Livro de Lisboa vai voltar a animar os dias no Parque Eduardo VII | José Sena Goulão - Lusa

A 90.ª Feira do Livro de Lisboa começa esta quinta-feira e termina a 13 de setembro.

A Feira do Livro de Lisboa de 2020 será “uma prova de resiliência do setor” num “ano catastrófico”, avança a organização. A lotação estará limitada a 3.300 pessoas em simultâneo e o uso de máscara é obrigatório.

A feira é uma altura de excelência para tentar recuperar parte daquilo que foi perdido e permitir aos seus leitores e clientes o contacto com o livro. (…) Até ao final do ano (o sector) poderá ter uma perda entre os 30 e os 35 milhões de euros. É um valor que não será recuperado. A palavra adequada para isto é catástrofe”, sublinhou Pedro Sobral, vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a feira juntamente com a Câmara Municipal de Lisboa.

De acordo com dados da APEL, este ano estarão presentes 117 participantes em 310 pavilhões, representando 638 editoras, livrarias e chancelas e haverá regras de acesso e de circulação e de manuseamento dos livros.

Pedro Sobral explicou que o uso de máscara é obrigatório para todos e o recinto estará vedado por baias, para que se possa controlar o fluxo de entrada e saída de pessoas.

A lotação estará limitada a 3.300 pessoas em simultâneo, cumprindo as regras de distanciamento impostas pela Direção-Geral da Saúde e aplicando um manual de boas práticas distribuído pela APEL aos participantes, referiu o responsável.

O que se pode esperar

Este ano haverá ainda menos espaços de restauração, o programa cultural associado à feira foi reduzido e acontecerá apenas em auditórios, com inscrição prévia e lotação limitada.

Segundo Pedro Sobral, os visitantes poderão manusear os livros, mas terão sempre de desinfetar as mãos.

É um espaço muito aberto, a extensão é enorme e basta obedecer às regras e ao senso comum para que não haja aqui nenhum problema. Foi uma adaptação bastante pacífica para nós e para os editores e livreiros”, disse.

Otimista, Pedro Sobral diz que a expectativa é que o número de visitantes este ano “seja muito semelhante ao dos anos anteriores”, que rondou os 475 mil visitantes.

É o primeiro grande evento pós-confinamento é um espaço aberto, está bom tempo, estamos no final do verão, antes de as crianças irem para as aulas, é uma boa altura para passear, dar uma volta. Veremos se isso se converte em vendas”, disse.

Pedro Sobral recorda a adesão de editores e livreiros à feira do livro para compensar o ano difícil e “a completa ausência de apoio por parte do governo”.

Ficámos sozinhos, continuamos sozinhos e a feira do livro é o único evento criado e apoiado pela APEL e é o único apoio que tiveram este ano”, disse.

Este ano voltará a haver a “Hora H”, com descontos mínimos de 50% em livros lançados há mais de 18 meses, funcionando entre segunda e quinta-feira, entre as 21h00 e as 22h00.

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