Museu da Música terá exposição permanente em 2018 em Mafra

por Lusa

Lisboa, 16 jan (Lusa) -- O Museu Nacional da Música, atualmente em Lisboa, terá a exposição permanente no Palácio Nacional de Mafra, estando ainda por definir um pólo dedicado à etnomusicologia, disse hoje o ministro da Cultura no parlamento.

Numa audição parlamentar, na qual foi questionado pelos deputados sobre várias áreas da tutela cultural, Luís Filipe Castro Mendes revelou que, até ao final do ano, o Museu Nacional da Música será inaugurado no Palácio Nacional de Mafra. "O projeto é para levar para a frente".

O Museu Nacional da Música encontra-se instalado num espaço provisório desde 1994, disponibilizado pelo Metropolitano de Lisboa, na estação do Alto dos Moinhos.

Em Mafra, "não será um pólo barroco". "O Museu da Música terá em Mafra a exposição permanente. Não fazia sentido distinguir o polo barroco com o romântico. O que irá para outro polo é o Arquivo Nacional Sonoro e algumas..., nomeadamente o que respeita à etnomusicologia e à música popular portuguesa, irá para um pólo, que não está definido", disse.

No ano passado, o ministro da Cultura tinha anunciado que o museu seria dividido em dois locais -- Lisboa e Mafra -, indo ao encontro da "política de desconcentração dos museus e monumentos".

Para Mafra, pretendia transferir o espólio do museu entre os séculos XVI e XVIII, incluindo o do barroco sacro e profano, e criar uma ala dedicada às charamelas reais e bandas filarmónicas e militares.

"Certamente que o polo de Mafra estará aberto antes do final de 2018, uma vez que nessa altura teremos de desocupar as atuais instalações do Museu da Música, na estação do Metro do Alto dos Moinhos", justificou na altura.

Na capital -- chegou a ser anunciada a transferência para o Palácio Foz -- ficaria o espólio associado à música palaciana dos séculos XVIII e XIX, bem como a documentação relativa às escolas, músicos e tertúlias dos séculos XX e XXI e o arquivo sonoro nacional.

O Museu da Música detém "uma das mais ricas coleções da Europa", de acordo com a sua apresentação, contando com cerca de 1.400 instrumentos, entre os quais o cravo de Joaquim José Antunes (1758), o cravo de Pascal Taskin (1782), o piano Boisselot, que o compositor e pianista Franz Liszt trouxe a Lisboa, em 1845, e o violoncelo de Antonio Stradivari, que pertenceu ao rei D. Luís.

Espólios documentais, acervos fonográficos e iconográficos, como os de Alfredo Keil, autor do Hino Nacional, fazem igualmente parte do Museu da Música.

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