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Museu do Santuário de Fátima assinala 60 anos com entradas gratuitas

por Lusa

Fátima, Santarém, 12 ago (Lusa) -- O Museu do Santuário assinala na quinta-feira 60 anos e oferece, nesse dia, entradas gratuitas à exposição "Fátima Luz e Paz" e na Casa-Museu de Aljustrel, informou hoje o reitor do templo, padre Carlos Cabecinhas.

Na conferência de imprensa no âmbito da peregrinação dos migrantes ao santuário, que hoje começou, Carlos Cabecinhas referiu que, até ao momento, o museu "não teve ainda edifício autónomo, embora isso esteja no horizonte" das preocupações da reitoria.

"Apesar disso, tem disponibilizado o seu acervo através de duas exposições permanentes -- a Casa-Museu de Aljustrel e exposição `Fátima Luz e Paz` -- e das diferentes exposições temporárias que organiza", adiantou o sacerdote, explicando que "vai ainda desenvolvendo o seu trabalho menos visível de inventariação, estudo das coleções e conservação".

Segundo informação do santuário, o objetivo deste projeto, estabelecido pelo então bispo da Diocese de Leiria José Alves Correia da Silva, foi o da "conservação do passado histórico testemunhal do santuário, da memória dos seus protagonistas e dos seus peregrinos".

Citado pela sala de imprensa da instituição, o diretor do museu, Marco Daniel Duarte, afirma que o projeto se mantém fiel à intenção original, "ainda que progressivamente se tenha alargado a outras perspetivas", como a realização de exposições temporárias ou visitas `on line`.

A sua "face mais visível" é a exposição permanente "Fátima Luz e Paz", inaugurada no edifício da reitoria em agosto de 2002, adianta Marco Daniel Duarte, explicando que o museu "apresenta uma especificidade própria", pois o "acervo foi-se constituindo através das ofertas dos peregrinos".

"Há, obviamente, peças mais emblemáticas, todas as que se relacionam com os videntes de Fátima e com a história do santuário e, bem assim, do impacto de Fátima no mundo", observou, exemplificando com a coroa da Imagem da Virgem de Fátima (que tem incrustada a bala que atingiu João Paulo II em 1981, em Roma), e com "as diferentes ofertas dos papas, desde as rosas de ouro até outros objetos, que aqui mostram a importância de Fátima para a Igreja universal [e que] são peças importantíssimas".

Contudo, "cada objeto oriundo do mais anónimo dos peregrinos, seja de matéria preciosa ou não, tenha valia artística ou apenas documental", é para o museu "um testemunho único que merece os cuidados da museologia", refere Marco Daniel Duarte.

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