Open House faz roteiro de 50 lugares em Lisboa a visitar entre hoje e domingo

por Lusa

Lisboa, 21 set 2019 (Lusa) - O Open House vai organizar um roteiro de 50 espaços para descobrir uma "Lisboa sem centro", entre hoje e domingo, lançando à população o desafio de descentralizar, diversificar e ampliar o conhecimento arquitetónico da capital.

O evento apresenta 27 espaços em estreia, atividades júnior para os mais novos, e visitas acessíveis para pessoas com limitações físicas, além de um programa com percursos de bicicleta, trotinete e metro.

Partindo da questão comum aos temas emergentes no atual debate público sobre a transformação de Lisboa --- habitação, espaço público, mobilidade, património, segregações ---, a nova proposta de roteiro desta edição, concebida pela arquiteta e investigadora Patrícia Robalo, integra espaços que excluem o centro de Lisboa.

De acordo com a arquiteta, "pretende-se superar a exemplaridade da cidade tradicional como construção única da condição urbana" durante dois dias, cem espaços inéditos no evento, como o Convento de São Domingos.

A Escola Superior de Música ou o edifício da GS1 Portugal --- por norma inacessíveis - são outros espaços que poderão ser visitados.

Também as redes de mobilidade e/ou de organização assumem um papel central nesta edição, segundo a organização, com a inclusão da Rede de Metro, do Mercado de Arroios, da Feira do Relógio, da Rede de Artes e Ofícios de Lisboa e das informações de ciclovia no roteiro.

O público poderá perceber o espaço construído das estações, galerias e oficinas, e a sua interligação, funcionamento, conceção e vivência em rede.

Nesta linha, a organização pensou em percursos inéditos para serem feitos de bicicleta, `skate` ou trotinete, assim como quatro percursos comentados pela comissária, feitos pela Rede de Metro.

Nos espaços do roteiro haverá ainda uma programação paralela que vai contar com 12 eventos, como concertos, `performances`, exposições, aulas e passeios.

Organizado pela Trienal de Lisboa e pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), o Open House Lisboa está integrado no programa Lisboa na Rua.

Para a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, "o Open House é uma forma intimista e democrática de conhecer o património público e privado das cidades, com múltiplas visitas abertas a qualquer pessoa", estebelecendo-se assim como "uma oportunidade única para conhecer Lisboa de uma forma diferente da habitual, e também para refletir sobre as transformações da cidade".

Patrícia Robalo é arquiteta pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, vive e trabalha na capital e é doutoranda na Faculdade de Arquitetura do Porto, com investigação sobre a construção metropolitana de Lisboa.

Lançada em 1992, em Londres, a rede internacional Open House Worldwide reúne, em 2019, um total de 46 cidades em todo o mundo, sendo este ano as novas cidades aderentes Brno (República Checa), Tallinn (Estónia), Valência (Espanha) e Nápoles (Itália).

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