Pulitzer Adam Johnson e Miguel Sousa Tavares fecham Festival Literário da Madeira

por Lusa

Funchal, 21 fev (Lusa) -- O Prémio Pulitzer Adam Johnson e o escritor Miguel Sousa Tavares encerram o 7.º Festival Literário da Madeira (FLM), que decorre no Funchal, entre os dias 14 e 18 de março, com uma conversa moderada pelo jornalista Paulo Moura.

Organizado pela Eventos Culturais do Atlântico, o Festival Literário da Madeira é este ano dedicado ao tema "Literatura e a Web -- entre o medo e a liberdade", tendo como palco o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal.

No encerramento do evento, o escritor norte-americano Adam Johnson, vencedor do Prémio Pulitzer de Ficção pelo romance "Vida Roubada" ("The Orphan Master`s Son"), de 2012, e o jornalista e escritor português Miguel Sousa Tavares sobem ao palco do Teatro Municipal Baltazar Dias para uma conversa moderada pelo jornalista Paulo Moura.

Adam Johnson e Miguel Sousa Tavares juntam-se assim aos já anunciados Svetlana Alexievich, prémio Nobel da Literatura, Pepetela, Ondjaki, Valter Hugo Mãe, Marcelino Freire, Pedro Mexia, Daniel Jonas, Maria Fernandes, Eimear McBride, Tatiana Salem Levy, Viriato Soromenho-Marques e Frederico Lourenço.

O momento musical desta 7.ª edição será marcado pela voz da cantora Teresa Salgueiro, ex-vocalista do grupo Madredeus.

"Literatura e a Web -- entre o medo e a liberdade" é o tema para uma semana de encontros, debates, concertos, sessões de autógrafos, entre muitos outros momentos que o evento proporciona em vários pontos da ilha, durante os cinco dias do encontro.

Adam Johnson é professor de escrita criativa na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, é autor de vários livros, entre os quais o vencedor do Pulitzer e "Fortune Smiles", pelo qual recebeu o National Book Award de 2015.

O escritor, que está traduzido em mais de trinta línguas, recebeu ainda o Whiting Award (2009), bem como bolsas da National Endowment for the Arts, da Guggenheim Foundation e da American Academy in Berlin.

Miguel Sousa Tavares formou-se em Direito, mas abandonou a advocacia pelo jornalismo e, mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo comentário, embora tenha recebido diversos prémios como repórter.

Depois de incursões na literatura infantil e de viagens, estreou-se na ficção com "Não te deixarei morrer, David Crockett", um conjunto de contos e textos dispersos e em 2003, publicou o seu primeiro romance, "Equador", Prémio Grinzane Cavour 2006, ao qual se seguiram "Rio das Flores" (2007), "No Teu Deserto" (2009) e "Madrugada Suja" (2013).

Paulo Moura foi jornalista do Público desde a sua fundação até ao início deste ano, tendo feito a cobertura de conflitos em diversos pontos do mundo, que lhe valeram vários prémios.

Publicou vários livros, entre os quais "Passaporte para o Céu", um relato sobre a imigração ilegal de africanos para a Europa, uma biografia de Otelo Saraiva de Carvalho e "Longe do Mar", conjunto de reportagens recolhidas ao longo de uma viagem pela Nacional.

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