"Revenge of the 90`s" vai percorrer Portugal em digressão depois do festival

por Lusa

Lisboa, 30 jun (Lusa) -- O que começou como uma festa para 500 amigos, em fevereiro do ano passado, em Lisboa, transformou-se num fenómeno que arrasta alguns milhares de `90`s kids`, e não só, e vai percorrer Portugal numa digressão que começa em outubro.

Apesar de ser referida como `festa`, para os organizadores, o "Revenge of the 90`s" (algo como Vingança dos anos 1990) "não é uma festa, não é um evento, é um `show`, é uma viagem em modo quase teatral ou musical pelos anos 90 e tudo o que isso envolveu".

Tudo isto, referiu Miguel Galão, um dos organizadores, em declarações à Lusa, "não só a nível de música, mas a nível de brindes, de jogos, de coreografias, danças, receberes um pega monstro, um ioiô".

Miguel Galão recordou, na sexta-feira à tarde, no Rock in Rio Lisboa, horas antes de o "Revenge of the 90`s" ocupar o palco Music Valley, que tudo começou com "um grupo de amigos que estava com algum saudosismo, malta que trabalhava em música e eventos há algum tempo".

"Começou com uma festa pequena para 500 pessoas [em fevereiro do ano passado, na discoteca Lontra], a última foi para 12 mil pessoas, em Lisboa, e agora estamos aqui no Rock in Rio", resumiu.

Embora quando começaram, Miguel Galão, André Henriques e Paulo Silver não estivessem certos que o "Revenge of the 90`s" iria tornar-se um fenómeno, não fizeram "isto à toa".

"Trabalhamos no meio há muito tempo e sabíamos que a ideia era boa, era sólida e construímos toda uma estratégia à volta disso, para que pudesse ser viral e dar o `boom`, porque nós sabíamos que tínhamos estrutura para isso", partilhou.

Foi no final daquela primeira noite na discoteca Lontra que perceberam "o quão boa era a ideia e quão bons" que até são "a fazer isto". Foi aí que se capacitaram que "it`s gonna go big" ("isto vai tornar-se grande").

"Estávamos todos `isto acabou de acontecer`, as pessoas estavam em êxtase, pessoal a chorar, toda a gente a dizer `foi a melhor festa da minha vida` e tudo malta do meio artístico em geral, tudo com mais de 30 anos, malta que já viu tudo, já fez os Rock in Rio todos, os festivais todos para trás e para a frente, pessoas que não são facilmente impressionáveis e que têm um sentimento para julgar que se for muito mau estás lixado, se for muito bom é porque foi mesmo", recordou Miguel Galão.

No Rock in Rio Lisboa aproveitaram para apresentar uma nova temática, "Welcome to the jungle" ("Bem-vindos à selva"), porque não podiam apresentar-se no festival "com mais do mesmo".

O título é uma música dos Guns and Roses, mas o evento é "muito mais do que isso, é tudo o que possam pensar em `jungle`, selva, que aconteceu nos anos 90".

A nova temática vai ter direito a uma digressão que, revelou Miguel Galão, vai arrancar a 13 de outubro, em Lisboa, num local que só é revelado na véspera, como costuma acontecer, e irá percorrer "12 cidades [de Portugal Continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira] até abril do ano que vem, em macro eventos, tudo acima das quatro, cinco, seis mil pessoas".

As 12 cidades são as datas já fechadas, "mas se aparecerem mais, alargaremos e faremos mais sítios".

O futuro inclui a digressão, "entre outras coisas, quem sabe fora de Portugal".

Na equipa que organiza o "Revenge of the 90`s", "têm todos mais de 30 anos, alguns já muito próximo dos 40".

A maior parte do que se vive em cada evento "era inato", recordações de quem viveu a época, "mas há uma pesquisa", desde o VJ (vídeo jockey), coreografia, guarda-roupa, seleção musical, bandas convidadas, porque tem de haver, "quando queres fazer as coisas bem feitas". E, embora seja difícil restringir o acesso quando um evento acolhe mais de duas mil pessoas, têm "uma política de não deixar entrar menores de 21 anos".

Apesar disso, lembrando que um `90`s kid` (miúdo dos anos 1990) "não é necessariamente quem nasceu nos anos 90, é quem viveu os anos 90", admite que agora se calhar quem viveu a música dos anos 90 pode ser alguém com 20 ou 25 anos".

"Todos são bem-vindos desde que venham com alegria e vontade de dançar e cantar até que a voz falte", disse.

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