Tabuleiro de jogo gigante é monumento aos combatentes em Ílhavo

por Lusa

A cidade de Ílhavo tem a partir de hoje um tabuleiro em calçada portuguesa de um jogo de estratégia militar, como forma de homenagear os ilhavenses que participaram na I Grande Guerra.

O original monumento inspira-se no "Trench", o primeiro jogo de tabuleiro patenteado 100% português, criado por Rui Alípio Monteiro, e a inauguração marca o encerramento de uma exposição sobre a I Guerra Mundial que esteve durante seis meses patente no Centro Cultural.

Durante a cerimónia foi também lançado um catálogo digital da própria exposição, que vai permitir aceder aos conteúdos que estiveram expostos, nomeadamente através da internet.

Para Paulo Costa, vereador da Cultura da Câmara de Ílhavo, o tabuleiro gigante de estratégia militar que fica agora no Jardim Henriqueta Maia, no centro da cidade, fica como "marca do pensamento da exposição sobre o centenário da primeira guerra mundial", que foi o de homenagear os ilhavenses que combateram naquele conflito e revisitar a história de Ílhavo.

"Pretendemos, além de marcar o encerramento da exposição, fazer um agradecimento muito especial aos familiares dos combatentes que cederam materiais. Esses contributos, entre fotografias e pequenos artefactos, foram muito importantes e simbólicos", disse.

No catálogo digital são ainda incluídos testemunhos em vídeo de filhos de combatentes, em que recordam as memórias que têm dos pais e como foi viver esse período da sua vida.

"Estamos a homenagear os ilhavenses que estiveram na guerra, mas também os seus familiares, com a memória e partilha daquilo que foi parte da história do nosso Município", sublinhou o vereador.

Paulo Costa salientou o sucesso da exposição, visitada por mais de 22 mil visitantes, grande parte dos quais das escolas.

Inaugurada a 6 de abril, a exposição procurou contextualizar a Guerra de 1914/1918 a nível mundial, nacional mas, sobretudo, municipal, como forma de homenagem aos ilhavenses que combateram e morreram no primeiro grande conflito bélico mundial.

Ao todo, o Centro de Documentação de Ílhavo conseguiu identificar 240, através da pesquisa nos arquivos militares, e recolheu informação sobre r a que famílias pertenciam, de onde eram naturais, que profissões tinham, como combateram, quem morreu ou foi ferido em combate, entre outros dados que a exposição revelou ao público.

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