Teatro São Luiz apresenta-se como "motor impulsionador da criação" para os mais novos

por Lusa

O Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, apresenta-se como o "motor impulsionador da criação para crianças e jovens", com uma nova temporada que contará com mais encomendas a artistas, e mais sessões para aquele público.

No texto de apresentação da temporada 2018/2019, hoje revelada, a programadora do "São Luiz Mais Novos", Sandra Duarte, sublinha o papel deste teatro municipal como "parceiro de referência para a criação em termo de coproduções e de possibilidade de circulação de espectáculos".

E desvenda um objetivo de futuro: "A internacionalização dos nossos projetos, nomeadamente através da participação em redes de programação".

Numa altura em que Lisboa ganhou este ano um teatro municipal exclusivamente dedicado a programação para o mesmo segmento de público, com a reabertura do Teatro Luís de Camões (LU.CA), o São Luiz apresenta uma temporada com mais encomendas a artistas, estreias e um crescimento no número de apresentações.

A temporada 2018/2019 abre em setembro com a série "Antiprincesas", a partir de uma coleção de livros para crianças publicado pela Tinta-da-China. A 15 de setembro, Cláudia Gaiolas estreará a adaptação do volume dedicado à militar boliviana Juana Azurduy, do século XIX, e reporá a encenação dedicada à escritora Clarice Lispector.

Entre as estreias programadas contam-se, em outubro, "Os livros do rei", uma criação de Raimundo Cosme, a partir do livro homónimo de David Machado e Gonçalo Viana, e "Sr. Ninguém", de Gustavo Vicente, a partir de "Rosas de Atacama", de Luís Sepúlveda.

Em matéria de estreias, destaque em abril para "Era uma vez um país assim: Contar bem contadas a ditadura e a revolução", de Joana Craveiro, pelo Teatro do Vestido, e, em junho, António Jorge Gonçalves encena e protagoniza, com manipulação de imagem e objetos ao vivo, o livro que ilustrou para um texto de Ondjaki, "O convidador de pirilampos".

Na música, a 29 de setembro, em articulação com a programação geral, o pianista Mário Laginha fará uma atuação a solo para os mais novos. Em outubro, fevereiro e março, a Big Band Júnior apresenta-se em concertos comentados por Inês Laginha, para aproximar o jazz dos mais novos.

Em novembro haverá uma oficina de movimento orientada por Sara Anjo, intitulada "Um ponto que dança" e, no mês seguinte, Patrícia Portela apresenta "Por amor", convocando textos de Shakespeare, Adélia Prado ou Alexandre O`Neill.

No novo ano, em janeiro, Catarina Requeijo estreia o espectáculo "É pró menina e prá menina", sobre identidade e género. Em fevereiro, depois da estreia no Centro Cultural de Belém, Carla Galvão e Filipe Raposo retomam o espectáculo "A menina do mar", a partir de uma obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, com música de Bernanrdo Sassetti.

Depois de apresentado noutras salas do país, "Marinho", de Margarida Mestre, chegará ao São Luiz em março, altura em que também será reposto "Noturno", de Joana Gama e Vitor Hugo Pontes.

Na próxima temporada, são ainda retomadas as visitas-espectáculo regulares "Os sapatos do sr. Luiz", de Madalena Marques.

Entre maio e junho de 2019, é recuperado "Guardar segredo", com espectáculos que acontecem dentro de um guarda-fatos colocado em espaços públicos.

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