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"Triunfo das Porcas" abre 40.º Festival Internacional de Teatro para Infância e Juventude

por Lusa

O 40.º Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude regressa a 29 de junho ao concelho da Maia (Porto) com o espetáculo "Triunfo das Porcas", baseado no texto de George Orwell, revelou hoje o diretor artístico.

"O espetáculo inaugural da 40.ª edição do Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude é o `Triunfo das Porcas`, baseada no texto original de George Orwell `O Triunfo dos Porcos`, e trata-se de uma coprodução das companhias Teatro Estudo e Fonte Nova (Setúbal) e do teatro mosca (Cacém, Sintra)", conta à Lusa o diretor artístico e programador do festival, Jorge Leitão, cuja primeira edição aconteceu em 1982.

O espetáculo é para maiores de 12 anos e é sobre uma quinta com animais que foi tomada por porcos, que mandam ditatorialmente nessa quinta. "Acaba por ser uma prodção de critica política e social, como há 75 anos, quando Orwell escreveu a obra, que fala também das desigualdades, da luta pelos direitos e liberdades fundamentais que os animais têm de encetar para fazer face aos novos ditadores daquela quinta", explica Jorge Leitão, acrescentando que a quinta é uma metáfora aos países do Planeta Terra.

O espetáculo está agendado para as 19:00, no Auditório do Fórum da Maia.

Ainda no primeiro dia, logo às 16:00, acontece a abertura de uma exposição alusiva às 40 edições do Fazer a Festa, com cartazes e outros testemunhos sobre as quatro décadas do festival. A exposição vai estar patente no Palacete da Quinta da Caverneira.

No dia 01 de julho, vai estrear em Portugal o espetáculo para maiores de quatro anos "Onde Vivem os Monstros", da companhia Os Náufragos, da Galiza (Espanha), no Auditório da Quinta da Caverneira, às 19:00, a partir da obra de referência de Maurice Sendak.

O enredo fala de um menino que quer fugir da realidade e que se faz rei num mundo de seres imaginários. O texto inspirou o compositor Oliver Knussen para compor uma ópera e o realizador Spize Jonze para dirigir um documentário sobre o escritor e ilustrador de obras para a infância.

No último dia do festival, 04 de julho, pelas 11:00, está agendado o espetáculo para bebés "O Portal Encantado", da companhia Dragão 7, de São Paulo (Brasil), que acontece no Auditório da Quinta da Caverneira, com uma duração de 30 minutos. No mesmo último dia do certame, mas pelas 17:00, nos Jardins da Quinta da Caverneira, está prevista a estreia em Portugal do espetáculo "Las tribulaciones del Sr.Pip", de Jesús Puebla Mimo (Espanha), que é para maiores de seis anos e tem entrada livre.

No dia 03 de julho, o certame propõe, às 17:00, o espetáculo "Avós-Histórias germinadas no quintal: A Avó que não foi Avó", pela Monstro Coletivo, de Setúbal, no Jardins da Quinta da Caverneira e, às 18:00, com o espetáculo "Avós-Histórias Germinadas no Quintal: Canção de embalar". Ambos têm entrada livre.

Durante o Fazer a Festa está também planeada a tertúlia intitulada "Para que servem os Festivais de Teatro para a Infância e Juventude", e o lançamento da revista "Novos Cadernos do Fazer a Festa n.º 4" e do mais recente livro de José Caldas, intitulado "50 Anos de Teatro com os Grupos Independentes Portugueses".

O Fazer a Festa, nascido no Porto em 1982, é, de acordo com a organização, "o terceiro festival internacional de teatro mais antigo de Portugal, e o segundo com o maior número de edições realizadas, nunca tendo tido qualquer interrupção".

Segundo Jorge Leitão, nem a pandemia da covid-19 cancelou a edição do festival em 2020, apenas o adiou. "Em 2020, com a pandemia, todos os espetáculos foram de rua e todos os lugares foram ocupados, recebendo cerca de 500 espetadores".

Este ano, vão ser "seis dias para Fazer a Festa do Teatro com um programa prioritariamente dirigido aos mais novos, e que também deverá interessar e ser partilhado com o público adulto, cuja presença é fundamental para os espetáculos, por parte dos mais pequenos espectadores", refere a nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O certame vai apresentar nove peças de teatro e uma instalação performativa, protagonizadas por um total de nove companhias, quatro delas estrangeiras, três de Espanha, uma do Brasil e quatro portuguesas, de diversas localidades do país.

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