Vencedor do Prémio Pessoa trata áreas científicas "de absoluto interesse público"

por Lusa

O cientista Miguel Bastos Araújo foi distinguido hoje com o Prémio Pessoa por um "mérito científico" no trabalho sobre biodiversidade, clima e geografia, e as "áreas científicas que trata são de absoluto interesse público", afirmou Viriato Soromenho Marques, do júri.

"Um grande cientista, com uma vasta obra muito referenciada, é dos mais citados autores portugueses na literatura científica. Há um mérito científico. As áreas científicas que trata são de absoluto interesse público", disse Soromenho Marques aos jornalistas.

No entender de Viriato Soromenho Marques, Miguel Bastos Araújo trabalha as questões das alterações climáticas, da macroecologia "há muitos anos, e que se tornam críticas devido à situação" em que nos encontramos hoje, de falta de consenso internacional sobre os problemas das alterações climáticas.

Segundo este elemento do júri, Miguel Bastos Araújo, nascido em 1969, licenciado em Geografia, é um "investigador já maduro, embora jovem, muito reconhecido internacionalmente, que nunca deixou o país", pelo que o prémio dará maior visibilidade ao percurso científico "que é invisível do grande público".

O presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão, disse aos jornalistas que o nome de Miguel Bastos Araújo foi proposto pelo público, por alguém exterior ao júri, e frisou que o prémio é atribuído a uma pessoa e não a uma causa, ainda que se tenha falado da urgência de discussão sobre o problema ambiental.

"Partimos de uma lista muito grande até chegarmos a um nome", afirmou o presidente do júri, referindo que não foi unânime, mas consensual.

 

Tópicos
pub