Judoca Rochele Nunes conquista medalha de bronze em +78 kg e diz-se "eternamente grata"
Foto: Nuno Veiga - Lusa
A judoca Rochele Nunes conquistou hoje a medalha de bronze na categoria de +78 kg nos Europeus de Lisboa, ao precisar apenas de 50 segundos para vencer a ucraniana Yelyzaveta Kalanina, por 'ippon'.
A medalha de Rochele Nunes é a quarta conquistada por Portugal nos Europeus, depois da medalha de ouro de Telma Monteiro (-57 kg) e de bronze de João Crisóstomo (-66 kg), na sexta-feira, e do ‘bronze’ de Bárbara Timo (-70 kg), no sábado.
A judoca, de 31 anos, nascida em Pelotas, no Brasil, que chegou a Portugal em 2018 para representar o Benfica, e a partir de 2019 a seleção portuguesa, voltou a mostrar que atravessa um dos melhores momentos da sua carreira desportiva.
Depois de duas medalhas de prata, em fevereiro e março, nos Grand Slam de Telavive e Tbilissi – que lhe deram mais pontos na qualificação olímpica do que os Europeus -, Rochele tinha dito que chegava à competição continental para vencer.
Foi por pouco, com a judoca a ‘tropeçar’ nas meias-finais diante da ‘enorme’ francesa Lea Fontaine, uma adversária com mais de 160 quilos, numa categoria em que não existe limite de peso para os atletas.
A luso-brasileira chorou, frustrada por não conseguir garantir a final, mas pareceu estar decidida a não sair destes Europeus sem uma medalha, e, na ‘consolação’ do bronze, já não deixou escapar a vitória.
Kalanina tinha vencido Rochele Nunes em Praga, nos quartos de final, e no Masters de Qingdao, em 2019, mas a judoca do Benfica esteve muito forte e garantiu uma vitória clara: com um ‘waza-ari’, seguido de ‘ippon’, em poucos segundos.
Para trás já tinha ficado a derrota com Fontaine, que saiu dos Europeus com a prata, e as vitórias frente à alemã Renee Lucht e à bósnia Larisa Ceric, ambas com vantagens máximas, ainda no quadro principal.
No último dia destes Europeus, organizados pela segunda vez por Portugal e em Lisboa, o campeão mundial dos -100 kg Jorge Fonseca saiu derrotado na repescagem e terminou em sétimo, numa competição em que deixou críticas à arbitragem.
O judoca do Sporting venceu o grego Georgios Malliaropoulos e o estónio Grigori Minaskin, mas depois foi derrotado pelo russo Niiaz Iliasov, a quem tinha vencido na final do Mundial, e, já na repescagem, foi novamente batido, pelo francês Alexandre Iddir.
Em sétimo lugar terminou também Patrícia Sampaio, com a judoca que regressava de uma longa paragem após uma fratura na perna no Grand Slam de Budapeste, a cair de novo no ‘tatami’, desta vez com uma microrrotura muscular, no seu terceiro combate.
Mais cedo, Vasco Rompão (+100 kg), substituto de Bernardo Tralhão (-60 kg), após este acusar positivo ao novo coronavírus, e Diogo Brites (-100 kg), que se estreavam em Europeus, caíram aos primeiros
Rochele Nunes agradece a Portugal por investir e acreditar em si
A judoca Rochele Nunes agradeceu hoje a Portugal por ter investido e acreditado nela quando nem a própria acreditava, expressando que "tudo tem valido a pena", após conquistar o `bronze` na categoria de +78 kg nos Europeus, em Lisboa.
"Dedico [a medalha] a Portugal. É muito difícil para os emigrantes ter esse carinho e esse amor com que eu fui recebida. Portugal investiu e acreditou em mim quando talvez nem eu acreditava. Tem valido muito a pena e dedico a todos os portugueses que `torcem` por mim", afirmou, visivelmente emocionada.
A atleta, de 31 anos, nascida em Pelotas, no Brasil, que chegou a Portugal em 2018 para representar o Benfica e, a partir de 2019, a seleção portuguesa, voltou a mostrar que atravessa um dos melhores momentos da sua carreira desportiva.
"Sou eternamente grata por tudo o que tem acontecido na minha vida e pela minha história. Hoje, eu entendo o que é ser portuguesa e poder trazer essa medalha, em casa, significa muito. Estou muito emocionada porque realmente tenho muito orgulho de lutar por uma bandeira e por um país e de saber que estou perto de concluir o meu objetivo", expressou.
Rochele Nunes precisou apenas de 50 segundos no combate pelo `bronze` para vencer, por `ippon`, a ucraniana Yelyzaveta Kalanina, uma adversária que nunca tinha superado.
"Eu pensei: Eu não saio daqui sem uma medalha. Vou dar tudo, o meu coração, o meu sangue, se for preciso, mas eu não ia sair daqui sem essa medalha e sem essa vitória", contou.
Nas rondas eliminatórias, a judoca venceu a alemã Renee Lucht e a bósnia Larisa Ceric, antes de cair nas meias-finais, perante a francesa Lea Fontaine, que conquistou o segundo lugar da categoria.
"Fiquei muito frustrada pela semifinal. Queria cantar o hino, mas tive de mudar a `chave` e saber que era muito importante eu estar no pódio. Estou muito feliz, sabendo que estou no caminho de tudo o que tenho feito, de abrir mão das coisas, de não estar sempre com a minha família e longe do meu marido. Tenho treinado muito, mas está a valer a pena", realçou.
Esta é a segunda medalha consecutiva de Rochele Nunes em campeonatos da Europa, depois de também ter vencido o `bronze` em Praga, em 2020, um feito inspirado na "imbatível" Telma Monteiro, que, no primeiro dia de prova, arrebatou a sua sexta medalha de ouro e a 15.ª em outras tantas presenças em provas continentais.
"Inspiro-me muito nela e quero trazer muito sucesso e orgulho para o país. Que seja sempre assim, que quando estiver a competir, possa sempre voltar com uma medalha", desejou.
Para além da medalha de Rochele Nunes e do `ouro` de Telma Monteiro (-57 kg), também os judocas João Crisóstomo (-66 kg) e Bárbara Timo (-70 kg) conquistaram o `bronze`, o que levou a seleção de Portugal a igualar o recorde de `metais` numa edição dos Europeus (quatro), que tinha acontecido igualmente em Lisboa, em 2008.
"Dedico [a medalha] a Portugal. É muito difícil para os emigrantes ter esse carinho e esse amor com que eu fui recebida. Portugal investiu e acreditou em mim quando talvez nem eu acreditava. Tem valido muito a pena e dedico a todos os portugueses que `torcem` por mim", afirmou, visivelmente emocionada.
A atleta, de 31 anos, nascida em Pelotas, no Brasil, que chegou a Portugal em 2018 para representar o Benfica e, a partir de 2019, a seleção portuguesa, voltou a mostrar que atravessa um dos melhores momentos da sua carreira desportiva.
"Sou eternamente grata por tudo o que tem acontecido na minha vida e pela minha história. Hoje, eu entendo o que é ser portuguesa e poder trazer essa medalha, em casa, significa muito. Estou muito emocionada porque realmente tenho muito orgulho de lutar por uma bandeira e por um país e de saber que estou perto de concluir o meu objetivo", expressou.
Rochele Nunes precisou apenas de 50 segundos no combate pelo `bronze` para vencer, por `ippon`, a ucraniana Yelyzaveta Kalanina, uma adversária que nunca tinha superado.
"Eu pensei: Eu não saio daqui sem uma medalha. Vou dar tudo, o meu coração, o meu sangue, se for preciso, mas eu não ia sair daqui sem essa medalha e sem essa vitória", contou.
Nas rondas eliminatórias, a judoca venceu a alemã Renee Lucht e a bósnia Larisa Ceric, antes de cair nas meias-finais, perante a francesa Lea Fontaine, que conquistou o segundo lugar da categoria.
"Fiquei muito frustrada pela semifinal. Queria cantar o hino, mas tive de mudar a `chave` e saber que era muito importante eu estar no pódio. Estou muito feliz, sabendo que estou no caminho de tudo o que tenho feito, de abrir mão das coisas, de não estar sempre com a minha família e longe do meu marido. Tenho treinado muito, mas está a valer a pena", realçou.
Esta é a segunda medalha consecutiva de Rochele Nunes em campeonatos da Europa, depois de também ter vencido o `bronze` em Praga, em 2020, um feito inspirado na "imbatível" Telma Monteiro, que, no primeiro dia de prova, arrebatou a sua sexta medalha de ouro e a 15.ª em outras tantas presenças em provas continentais.
"Inspiro-me muito nela e quero trazer muito sucesso e orgulho para o país. Que seja sempre assim, que quando estiver a competir, possa sempre voltar com uma medalha", desejou.
Para além da medalha de Rochele Nunes e do `ouro` de Telma Monteiro (-57 kg), também os judocas João Crisóstomo (-66 kg) e Bárbara Timo (-70 kg) conquistaram o `bronze`, o que levou a seleção de Portugal a igualar o recorde de `metais` numa edição dos Europeus (quatro), que tinha acontecido igualmente em Lisboa, em 2008.