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Portugal disputa liderança do grupo da Liga das Nações no regresso a França

por NUNO MATOS

Foto: Rosário Salgueiro - RTP

Portugal, detentor do título, e França, campeão mundial, disputam esta noite a liderança do Grupo 3 da Liga das Nações de futebol, naquele que promete ser o encontro mais difícil da seleção lusa no acesso à fase final.

Nos arredores de Paris, as duas seleções vão subir ao relvado do Stade de France, de grande memória para o lado português, empatados na liderança do agrupamento com seis pontos, com a equipa gaulesa a ter o rótulo de favorita devido ao excelente momento que está a passar e de ter o estatuto de atual campeão mundial.

Além de somar 10 triunfos consecutivos, o último uma goleada num particular por 7-1 sobre a Ucrânia, equipa que dificultou muito a vida a Portugal na fase de qualificação para o Euro2020 (0-0 na Luz e derrota 2-1 em Kiev), o conjunto de Didier Deschamps deverá querer ‘vingar’ a derrota bem amarga de há quatro anos, na final do Euro2016 (1-0).
O França-Portugal está agendado para as 19:45 (20:45 horas locais) e terá arbitragem do espanhol Carlos Del Cerro Grande e tem transmissão garantida na RTP 1 e Antena 1.
Este será apenas o quinto jogo oficial entre as duas seleções, o primeiro fora de uma fase final de uma grande competição, com o último a ficar na história do futebol luso.

Em quatro encontros oficiais, Portugal soma apenas um triunfo, na tal final do Euro2016, mas antes a França tinha sempre eliminado a seleção nacional nas grandes competições, e sempre nas meias-finais, como aconteceu no Euro84, no Euro2000 e no Mundial2016.

Fernando Santos vai tornar-se no selecionador com mais jogos de sempre por Portugal (75), ultrapassando o brasileiro Scolari (orientou a equipa lusa entre 12 de fevereiro de 2003 e 19 de junho de 2008), precisamente no mesmo estádio e no mesmo dia em que há seis anos fez a sua estreia, o Stade de France.
As regras sanitárias impostas de forma rigorosa em França para associações, cafés e restaurantes vão impedir a festa no França-Portugal, da Liga das Nações de futebol, uma situação que entristece a comunidade e faz questionar como serão as celebrações futuras.
A preparação de Portugal ficou marcada por dois casos positivos da covid-19, primeiro com o defesa central José Fonte, que abandonou o estágio na terça-feira, e depois com o guarda-redes Anthony Lopes, na sexta-feira, que obrigou a comitiva lusa a adiar por um dia a viagem até Paris.

Por essa razão, Fernando Santos chamou primeiro Domingos Duarte e depois Bruno Varela.

Rafa, Domingos Duarte e Sequeira falham jogo de Portugal com a França
Rafa, Domingos Duarte e Sequeira foram excluídos da lista final de 23 jogadores entregue pela seleção portuguesa na UEFA e vão falhar hoje o duelo com a França, da terceira jornada da Liga das Nações de futebol.

Para os jogos da janela de outubro, o selecionador Fernando Santos convocou 26 jogadores e, por isso, está obrigado a excluir pelo menos três da ficha de jogo, devido ao limite de 23 inscritos.

Por decisão do selecionador, Rafa, avançado do Benfica e campeão europeu em 2016, vai falhar o regresso de Portugal ao Stade de France, nos arredores de Paris, e vai ter de assistir ao encontro nas bancadas.

O jogador de 27 anos perdeu a ‘corrida’ para Daniel Podence, Diogo Jota e Francisco Trincão, que foram inscritos e poderão atuar frente aos gauleses.

Com menos surpresa, Domingos Duarte, do Granada, e também Nelson Sequeira, do Sporting de Braga, vão ficar igualmente ausentes do encontro da terceira jornada do Grupo 3.
Portugal, detentor do título, e França, campeão mundial, disputam a liderança do Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações, estando empatados no topo da classificação com seis po
Duarte foi chamado já durante o estágio, para substituir José Fonte, que abandonou os trabalhos por estar infetado com a covid-19, enquanto Sequeira é estreante e chegou para ocupar o lugar de Mário Rui, impedido de viajar de Itália devido à pandemia.

Destaque ainda para o guarda-redes Bruno Varela, que aparece nos 23, depois de ter chegado à seleção nacional apenas na sexta-feira à noite, para substituir Anthony Lopes, que testou positivo ao novo coronavírus.


Em quatro encontros oficiais, Portugal soma apenas um triunfo, na final do Euro2016 (1-0), mas, antes, a França tinha sempre eliminado a seleção nacional nas grandes competições, e sempre nas meias-finais, como aconteceu no Euro84, no Euro2000 e no Mundial2006.

Fernando Santos vai tornar-se no selecionador com mais jogos de sempre por Portugal (75), ultrapassando o brasileiro Scolari (orientou a equipa lusa entre 12 de fevereiro de 2003 e 19 de junho de 2008), precisamente no mesmo estádio e no mesmo dia em que há seis anos fez a sua estreia, o Stade de France.

Comunidade portuguesa em França "triste" por acolher seleção nacional sem festa
As regras sanitárias impostas de forma rigorosa em França para associações, cafés e restaurantes vão impedir a festa no França-Portugal, da Liga das Nações de futebol, uma situação que entristece a comunidade e faz questionar como serão as celebrações futuras.

"É muito triste termos o prazer de receber Portugal em França nestas condições", afirmou António Costa, presidente da associação Union Luso Française Européenne (ULFE), sediada em Dijon, em declarações à agência Lusa.

Inicialmente, a ULFE, uma das maiores associações portuguesas em França, tinha previsto um jantar com um número limitado de lugares para este domingo, mas com a progressão da pandemia um pouco por todo o país, a realização do convívio foi posta em causa.

"Eu tenho previsto um jantar com a transmissão do jogo de futebol, mas como saíram novas regras em Dijon, não sei o que vou fazer", indicou o dirigente associativo, lembrando os tempos do França-Portugal da final do Euro2016, onde na mesma sala teve 150 pessoas e "uma festa completa".

O Bistrot de Longchamp, junto ao Trocadero, foi um dos epicentros da festa lusa em 2016 em Paris, mas este domingo nem vai abrir. Não só por causa da covid-19, mas por se tratar de um jogo de qualificação para a Liga das Nações.

"Não vai compensar abrir. É um jogo de qualificação, é importante, mas não é o último jogo. Se fosse mais importante, abria", disse Bruno Amaral, proprietário do restaurante.

No entanto, resta saber em que condições poderia abrir. Devido à sua localização, o restaurante atrai mais do que os seus 42 lugares sentados e chegam a estar centenas de pessoas a acompanhar o jogo.

"Se fosse o Euro ou o Mundial ou um jogo importante, era impossível de o passar aqui. Ou as pessoas tinham de estar todas sentadas, mas não era o mesmo ambiente. As pessoas de pé, copo na mão e abraçarem-se quando há um golo é uma coisa diferente", referiu Bruno Amaral.

As novas regras impostas na região de Paris depois de esta ter sido qualificada como zona de alerta máximo obrigam a que o restaurante apenas tenha 32 lugares sentados, que os clientes façam reserva e deixem os seus dados para deteção de possíveis casos contacto, impedindo ainda a venda de bebidas alcoólicas após as 22:00.

Regras que não vêm ajudar o restaurante que serve exclusivamente comida e produtos portugueses.

"Não voltou ao normal, há uma perda de 20% a 30%, mas já há trabalho para toda a gente. Compensar, nunca vai compensar. É um comércio que esteve com porta fechada durante dois meses. Mas temos de ir para a frente e, sobretudo, não voltar a fechar", sublinhou Bruno Amaral.

Também a ULFE, que lançou durante o confinamento uma angariação de fundos para ajudar a pagar as suas despesas correntes, está a voltar à sua atividade de forma "tímida".

"Estamos a trabalhar de forma tímida, as pessoas têm receio de vir à associação. O que está a funcionar bem são os almoços para casa. Mas estamos com dificuldades porque não tivemos ajudas nem do Governo português nem do Governo francês", referiu António Costa.

Graças à generosidade dos associados e à disseminação da angariação de fundos nas redes sociais, a ULFE conseguiu angariar os mais de oito mil euros necessários para manter as portas abertas e continuar, entre outras atividades, a acolher permanências consulares e dar apoio social à comunidade portuguesa em Dijon.

França registou 27 mil novos casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, com uma taxa de positividade de 11% e quase 1.500 surtos da doença estão sob investigação, segundo as autoridades francesas.

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