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Abanca quer volume de negócios de mais de 9.400 ME em Portugal em 2021

por Lusa

Lisboa, 12 jun 2019 (Lusa) - O administrador-delegado do Abanca, Francisco Botas Ratera, disse hoje que, o objetivo, após a integração do segmento de retalho do Deutsche Bank em Portugal, é superar os 9.400 milhões de euros de volume de negócio em 2021.

De acordo com o responsável, em conferência de imprensa na sede do Abanca em Lisboa, o banco traçou como objetivos para a atividade em 2021 "superar um volume de 9.400 milhões de euros de volume de negócio", ter "5.400 milhões de euros em recursos de clientes e 4.150 milhões de euros em volume de ativos".

Em relação a outros bancos espanhóis a operar também em Portugal, o Abanca considera ter como vantagens o "conhecimento local que permite dinamizar o financiamento", a tecnologia, com uma aplicação para telemóveis que é a "mais valorizada para IOS e Android na Península Ibérica" e uma visão internacional, salientou Francisco Botas Ratera.

O Abanca tinha na sua agenda a aposta no mercado ibérico, segundo o presidente daquela entidade, Juan Carlos Rodríguez, também presente na conferência de imprensa, daí terem avançado com a aquisição do negócio português do Deutsche Bank em março de 2018 e em novembro com a compra da operação espanhola da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

"Mantemo-nos sempre alertas e atentos às oportunidades que existem. Já somos um banco com perfil ibérico e Portugal passa a ser a nossa operação internacional mais relevante", referiu Juan Carlos Rodríguez.

Quando questionado sobre o valor da compra do Deutsche Bank, o presidente do Abanca esclareceu que existe um acordo de confidencialidade, limitando-se a dizer que "foi um bom preço de venda e um bom preço de compra".

Hoje, o presidente do Abanca disse também que foi concluída em 09 de junho a integração de 69.163 clientes e a equipa de 430 pessoas do Deutsche Bank, acrescentando que a operação local vai ser "100% portuguesa".

Juan Carlos Rodríguez, congratulou-se com a conclusão de um processo que considera "importante" e de "valor estratégico enorme" no posicionamento do banco no mercado ibérico.

O presidente do Abanca referiu também que não vê necessidade de transferir colaboradores de Espanha, uma vez que o banco conta já com 19 anos de presença em Portugal, com uma equipa liderada pelo responsável para Portugal, Pedro Pimenta, que considera capaz de levar o negócio "a bom porto".

O Abanca conta agora com 70 balcões em Portugal, presentes em 16 distritos, e com 500 colaboradores (os que foram integrados do Deutsche Bank e os que já estavam com o Abanca Portugal), no entanto Juan Carlos Rodríguez não descartou a hipótese de, no futuro, alargarem o número de balcões, marcando presença nos distritos onde ainda não estão.

Em 22 de junho do ano passado, a Autoridade da Concorrência deu `luz verde` à compra do negócio de retalho em Portugal do Deutsche Bank, considerando que o negócio "não é suscetível de criar entraves significativos" à concorrência efetiva nesse mercado.

O Deutsche Bank Portugal transferiu toda a sua carteira de clientes da área de Particulares e de Pequenas Empresas, continuando em Portugal apenas no segmento das Grandes Empresas.

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