Acordo no Eurogrupo. Secretário de Estado das Finanças explica "mecanismo de salvaguarda"

por RTP

O secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, refere que este apoio visa apoiar os países que tiveram despesas com a pandemia e ajudar no regresso aos mercados.

Ricardo Mourinho Félix explica que o entendimento alcançado no Eurogrupo serve essencialmente para dar resposta às necessidades de todos: "famílias, trabalhadores, empresas e Estados".

A ajuda destina-se a apoiar os países por via das despesas que venham a ter e as dificuldades destes no acesso ao mercado.

É, por isso, um mecanismo "que ninguém deseja usar, mas que é excelente que exista".

Mourinho Félix garante ainda que o uso deste mecanismo "não tem qualquer condicionalidade" e não trará de volta as medidas de austeridade.

"O que está em causa é o cumprimento a médio e longo prazo das regras", refere. Admite, no entanto, que após a passagem desta pandemia, os países terão de continuar a ter "políticas saudáveis".

Em resposta às críticas de PCP e Bloco de Esquerda, que dizem que o acordo foi uma cedência às maiores economias europeus, o governante discorda dessa visão e destaca que o entendimento serve todas as economias que estão a ser afetadas, muitas delas grandes, como Itália ou Espanha, mas também economias mais pequenas, como a de Portugal.
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