O primeiro-ministro, António Costa, acaba de apresentar em Coimbra o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que abrirá caminho à chegada a Portugal das verbas da bazuca europeia para fazer frente à crise provocada pela pandemia. Antes disso, pela manhã, António Costa já tinha levado o PRR a Belém, para conhecimento do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
António Costa anunciou que o Governo vai gastar 5.100 milhões de euros para enfrentar a pandemia, com redução de investimento público e aposta no apoio às empresas. Dessas verbas, 10% de um total de 14 mil milhões de euros vão para as regiões autónomas. As autarquias são consideradas os parceiros fundamentais neste processo.
O primeiro-ministro lembra que este é um plano com prazo de execução de três anos. António Costa prometeu ainda habitação a preços acessíveis e uma intervenção nas áreas mais desfavorecidas.
O chefe do Governo defende que o Plano não pode limitar-se a repetir o que vêm fazendo o fundos comunitários.
Na apresentação do PRR, a partir de Coimbra, António Costa fez questão de citar o Presidente da República, referindo que o país tem de se focar na construção do futuro.
O PRR totaliza 16.643 milhões de euros: 13.944 milhões em subvenções e 2.699 milhões em empréstimos.
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, o primeiro-ministro realçava ter apresentou ao Presidente da República um plano que descrevia como "um documento estrutural alicerçado numa visão estratégica de longo prazo e fruto de um amplo processo de discussão"."O PRR ficou mais rico e mais completo após acolher os contributos da consulta pública", acrescenta.
Apresentei esta manhã ao Presidente da República o Plano de Recuperação e Resiliência.
— António Costa (@antoniocostapm) April 16, 2021
É um documento estrutural alicerçado numa visão estratégica de longo prazo e fruto de um amplo processo de discussão. #prrpt pic.twitter.com/JBwAixwaeM
Marcelo Rebelo de Sousa está a realizar desde o início deste mês uma ronda de audiências com economistas, gestores e empresários sobre o PRR, em que já ouviu o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e o coordenador do documento "visão estratégica", que serviu de base a este plano do Governo, o professor universitário e gestor António Costa e Silva.