Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Autarca de Évora quer Plano de Emergência Social e Económico para região

por Lusa

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), defendeu hoje a elaboração e a aplicação de um Plano de Emergência Social e Económico para o Alentejo, devido à crise provocada pela pandemia da covid-19.

"As consequências da crise pandémica estão a causar efeitos graves na economia do Alentejo, agravando em consequência as condições sociais da população, em particular nos setores mais frágeis da sociedade", alertou o autarca.

Nesse sentido, considerou, "justifica-se e impõe-se que seja elaborado e aplicado um Plano de Emergência Social e Económico para a região", assim como "um Plano Estratégico de Desenvolvimento para a década 2020/2030, tendo em conta o próximo Quadro Financeiro da União Europeia".

A posição do autarca foi agora divulgada num comunicado do município, depois de Carlos Pinto de Sá ter defendido a mesma ideia numa conferência promovida recentemente, por videoconferência, pela Universidade de Évora.

Para Pinto de Sá, este plano deve ser elaborado no âmbito do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e reunir representantes das várias áreas do tecido económico e social da região.

A iniciativa poderia constituir-se como "plataforma negocial com o Governo para reunir os meios para executar as medidas que, de forma concertada, forem entendidas como necessárias para resposta à crise e para a retoma do desenvolvimento regional", disse.

Como exemplo dos efeitos negativos da crise, o presidente da Câmara de Évora citou o indicador do desemprego, assinalando que "o Alentejo Central registou um aumento na taxa de desemprego de 21,4% em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado".

Sublinhando que "mais de 95% do tecido económico se baseia nas micro e pequenas empresas", que são as que "mais dificuldades têm no acesso aos apoios oficiais", o autarca argumentou que "um grande número de famílias" passa "extrema carência", porque "deixou de ter capacidade para atender aos compromissos mais básicos da sua vida".

Pinto de Sá também defendeu a necessidade do reforço, a nível nacional, dos serviços públicos de importância estrutural, como o Serviço Nacional de Saúde, realçando igualmente a importância de promover a diversificação da atividade económica.

Quanto à União Europeia, referiu que deve ser exercida pressão para que Bruxelas "tenha a capacidade e a vontade de tirar conclusões válidas para o futuro" a partir da atual crise provocada pela pandemia da covid-19, colocando "como primeira prioridade a coesão social, territorial e ambiental".

Portugal contabiliza pelo menos 1.447 mortos associados à covid-19 em 33.261 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 11 mortos (+0,8%) e mais 366 casos de infeção (+1,1%).

No Alentejo, segundo a DGS, existem 260 casos confirmados de covid-19 e uma vítima mortal associada à doença.

Tópicos
pub