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Caracas sem legitimidade para pedir empréstimos internacionais afirmam EUA

por Lusa

Caracas, 20 abr (Lusa) - O secretário do Tesouro norte-americano advertiu que o Governo da Venezuela não tem legitimidade para pedir empréstimos internacionais e pediu medidas para que os funcionários corruptos não abusem do sistema financeiro internacional.

"Os credores, privados ou públicos, que proporcionem um novo financiamento ao regime [do Presidente Nicolás] Maduro, estão a emprestar a um Governo sem legitimidade para pedir empréstimos em nome da Venezuela", explicou Steven Mnuchin, em comunicado.

O documento foi divulgado à margem do encontro de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), após uma reunião com ministros da Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, França, Guatemala, Inglaterra, Itália, Japão, México, Panamá, Paraguai e Peru.

No comunicado, os responsáveis indicaram ter sido analisada a situação de "catástrofe humanitária e económica na Venezuela" e que "as políticas do regime do Presidente Maduro têm consequências que se estendem além das fronteiras da Venezuela", ameaçando a estabilidade e a segurança da região.

"A destruição da economia, pelo regime de Maduro, tem criado uma crise humanitária" que está a "provocar um grande êxodo de venezuelanos", em fuga da "falta de segurança e de oportunidades económicas", acrescentou.

O Presidente Nicolás Maduro "continua a recusar as ofertas de assistência humanitária internacional, para abordar a saúde e o bem-estar da cada vez mais empobrecida população da Venezuela", sublinhou.

Maduro "tem dirigido uma diminuição das importações de alimentos a uma rede de distribuição administrada pelo Governo", indicou.

De acordo com os participantes, "o controlo do Governo sobre a distribuição de alimentos é um mecanismo para o controlo social".

Segundo o comunicado, "ao notar o declive na produção petrolífera da Venezuela e o incumprimento (venezuelano) das obrigações externas, os participantes concordaram que a recuperação vai demorar tempo e requerer apoio externo significativo".

Os responsáveis "concordaram ainda permanecer coordenados, de modo a que as ferramentas da comunidade internacional estejam preparadas para um rápido arranque, quando as circunstâncias o justifiquem", concluiu.

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