Combustíveis. Marcelo diz que medidas de alívio nos preços são "paliativas"

por RTP

O Presidente da República frisou esta tarde que as causas da subida do preço dos combustíveis são "globais", admitindo que algumas venham a ser "de longa duração".

"O problema do fornecimento de gás e o custo do gás" e "a quebra do investimento em certas formas de energia, nomeadamente renováveis, durante a pandemia, foi uma realidade internacional", explicou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou, por isso, que "certas realidades têm de ser discutidas a nível internacional, a União Europeia está a fazê-lo".

"Vai ser necessário a nível internacional não iludir as causas daquilo que se passa", considerou. "A subida do preço da energia tem causas internacionais, e essas causas internacionais chegam a Portugal por várias vias".

O Presidente promulgou o diploma que estabelece margens com críticas à falta de mudanças na carga fiscal, que o Governo tem explicado com a taxa de apoio às energias verdes. Escolhas que Marcelo sublinhou ser "políticas" e "para o momento preciso", "paliativas".

Sobre o Orçamento do Estado para 2022, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a sua posição foi sempre a mesma, de "desejar e esperar a passagem do Orçamento". "Desde o início achei que era o mais lógico, o mais desejável", afirmou.

Questionado sobre os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, o Presidente disse serem "fundos muito importantes, para gastar num espaço muito curto de tempo" e, portanto, "para prevenir no futuro críticas de que não houve informação, não houve controlo, (...)", é bom "estarmos preparados para isso".
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