Confiança dos consumidores no valor mais alto em quase 20 anos

por RTP
José Manuel Ribeiro - Reuters

Aumentou em maio o indicador de confiança dos consumidores, indicou esta manhã o Instituto Nacional de Estatística, "prolongando a trajetória positiva observada desde o início de 2013 e atingindo o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997".

No mesmo sentido, as expectativas relativas à situação económica do país aumentaram em maio, dando continuidade ao perfil positivo iniciado em setembro e atingindo o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997.

“O indicador de clima económico aumentou entre janeiro e maio, após ter diminuído nos três meses precedentes. No mês de referência, os indicadores de confiança aumentaram na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo estabilizado na Indústria Transformadora e diminuído ligeiramente no Comércio”, acrescenta o relatório do INE.

Segundo o INE, “pelo sexto mês consecutivo, o saldo das apreciações sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar aumentou em maio, prolongando a trajetória positiva iniciada em junho de 2013”.

Em relação à evolução do desemprego, o INE refere que o “saldo das perspetivas diminuiu em maio, pelo nono mês consecutivo, prolongando a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2013 e renovando o valor mínimo da série iniciada em novembro de 1997”.

“O indicador de clima económico aumentou entre janeiro e maio, após ter diminuído nos três meses precedentes. No mês de referência, os indicadores de confiança aumentaram na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo estabilizado na Indústria Transformadora e diminuído ligeiramente no Comércio”, sublinha o Inquérito de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.

A evolução do indicador de confiança dos consumidores no último mês resultou do contributo positivo de todas as componentes, de forma mais expressiva nos casos das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país.

Já o “indicador de confiança da Indústria Transformadora estabilizou em maio, interrompendo a expressiva trajetória positiva iniciada em junho de 2016”.

Em maio, “as opiniões sobre a procura global contribuíram positivamente para o comportamento do indicador, enquanto as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados e as perspetivas de produção apresentaram contributos negativos”

Por outro lado, “o indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou entre janeiro e maio, atingindo o máximo desde junho de 2008 e refletindo no último mês, o contributo positivo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das opiniões sobre a carteira de encomendas registou uma evolução negativa”.

Após ter aumentado no mês anterior, em resultado do contributo negativo das perspetivas de atividade e das apreciações sobre o volume de stocks, o indicador de confiança do Comércio diminuiu ligeiramente em maio.

“O indicador de confiança dos Serviços aumentou nos últimos seis meses, atingindo o valor máximo desde agosto de 2001. Em abril, verificou-se uma evolução positiva de todas as componentes, opiniões sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas sobre a evolução da procura”, sublinha o INE.
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